quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Disponível

O monumento aí da foto é o Ray Sandoval, coordenador da campanha de um dos candidatos a prefeito da cidade de Santa Fe, capital do estado de Novo Mexico, nos Estados Unidos. Esta é uma foto caseira que ele mesmo havia publicado no facebook há algum tempo e que agora está causando furor depois de ter sido usada sem o consentimento dele em alguns sites de busca de sexo gay com o objetivo de difamá-lo. Campanhas políticas, lá como aqui, vêm acompanhadas de montanhas de golpes baixos.

Não há nada de errado em buscar sexo onde o sexo está, mas todo mundo sabe que eleições significam hipocrisia elevada à máxima potência nas cabecinhas de eleitores geralmente conservadores. Para quem se interessou, Ray Sandoval é gay sem grilos, costumava levar o maridão em todos os eventos oficiais dos quais participava, mas está solteiro no momento.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Como querer caetanear o que há de bom

Este ano não está sendo muito bom para Caetano. Primeiro foi a defesa dos mascarados e a foto que estampou sua cara com máscara quando o movimento dos black blocs começava a se aproveitar da sinergia das manifestações de rua. Não demorou muito para os vândalos mascarados caírem em desgraça e passarem a ser odiados por 98% da população.

Depois veio a polêmica das biografias não autorizadas e Caetano defendendo o controle da informação em plena era da Internet. É, este ano não está sendo muito bom para Caetano. O pior é que ainda faltam dois meses para o ano acabar, e Caetano poderia aproveitar para cantar mais e falar menos, ou vai ficar cada vez mais difícil caetanear o que há de bom.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Bridegroom


Lembra daquela história super triste que fez todo mundo chorar há pouco menos de dois anos, dos dois garotos que tinham uma linda história de amor e estavam prestes a se casar, e então um deles morre em uma queda acidental do quarto andar de um prédio enquanto fotografava? E de como a família do rapaz morto nem permitiu que o companheiro dele participasse da cerimônia do enterro, e da tristeza enorme que ele conseguiu capturar no vídeo contando a história deles e que fez um sucesso estrondoso na Internet?

Não há quem tenha tomado contato com a história do Tom e do Shane sem derramar um rio de lágrimas. Uma história verdadeira que pode acontecer com qualquer casal que convive com a família hostil do companheiro.

Muita gente se comoveu com a história, e a diretora Linda Bloodworth Thomason resolveu transformá-la em documentário. Bridegroom (que é o sobrenome de Tom, o rapaz morto, e coincidentemente em inglês também é a palavra usada para se referir ao noivo no dia do casamento) estreou exatamente ontem nos Estados Unidos no canal OWN da Oprah Winfrey. Por sorte nossa, o filme já está disponível também aqui no Brasil, com legendas opcionais em português, pelo Netflix. Então pega uma caixa de lenços e corre lá para ver - você vai certamente acordar com os olhos inchados amanhã, mas vai ter valido muito a pena.

Te contei?

A indústria da fofoca não deve desaparecer tão cedo. Sempre haverá quem se interesse por detalhes da vida das celebridades e sub-celebridades, às vezes até mesmo como simples exercício de leitura para antes do café da manhã. Mas no mercado americano da indústria da fofoca, um segmento passa por uma verdadeira crise: aquele especializado em colocar dúvidas sobre a sexualidade das estrelas, normalmente em notícias enviesadas cheias de expressões de duplos sentidos. Segundo artigo publicado ontem no New York Times, com a crescente aceitação da homossexualidade e a aprovação da equiparação do casamento, ser gay deixou de ser notícia. Melhor ainda, deixou de despertar interesse.

Estes ventos também sopram por aqui e não vai demorar muito para que pessoas como a Fabíola Reipert, do R7, especializada em redações tortuosas de sentidos dúbios, tenham que tentar emprego na seção de culinária.

sábado, 26 de outubro de 2013

Raridades

Ane Brun, a cantora norueguesa que vive na Suécia e faz sucesso no mundo todo com sua voz angelical etérea, acaba de lançar um álbum duplo com a raspa do tacho de seu arquivo musical. Juntou todas as faixas e gravações feitas ao longo de vários anos e que nunca tinham visto a luz do dia em Rarities, lançado oficialmente há duas semanas.

Ane Brun nunca falha na tarefa de evocar sensações oníricas com a voz que muitas vezes chega a se confundir com o som de um instrumento. Gostei de tudo, principalmente desta versão de Halo (original da Beyoncé), ideal para estas noites quentes de primavera.

Ane Brun - Halo:

Felicidade é...

E quando a gente pensa que já viu de tudo na revolução bolivariana que a ridícula esquerda da América Latina tenta implantar a qualquer custo no continente, Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, cria mais um órgão: o Vice-Ministério para a Suprema Felicidade Social do Povo. Para mim soa como ideia da Rainha de Copas de Alice no País das Maravilhas, especialmente em se tratando de um país onde falta tudo, de leite até papel higiênico. Vamos ver quanto tempo vai demorar para alguém do lado de cá ter alguma inspiração semelhante.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A vida real

Fiquei triste de saber que a Grazi e o Cauã Reymond estão se separando e que a briga parece ser dolorida, com lances de traição e outros detalhes sórdidos que as revistas de fofoca vão adorar explorar. Revelada em uma edição do Big Brother Brasil (a mesma que nos deu Jean Wyllys) Grazi era um dos melhores exemplos atuais de Cinderela - a moça pobre, trabalhadora, que dá duro e vence na vida para finalmente casar com o príncipe encantado - tudo isso desenrolando na frente dos nossos olhos.

Espero que eles consigam um mínimo de privacidade para poder atravessar tudo isso se machucando o menos possível - um desejo quase irrealizável no mundo atual em que a vida privada das celebridades é praticamente transformada em um reality show. Cauã e Grazi eram o Tarcísio e Glória da nova geração.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Etiquetando

A baixíssima qualidade da educação nas últimas décadas produziu no país uma geração de pessoas que mal sabem escrever e que têm uma enorme dificuldade para discutir diferentes pontos de vistas. Impossibilitadas de se expressar de forma minimamente compreensível em um debate, encerram qualquer argumento colocando uma etiqueta no interlocutor e abandonando a disputa com a certeza de que venceram. Tenho visto isso com uma frequência alarmante, e sinto muita pena dessa geração do vazio intelectual.

Se você tenta discutir os programas sociais do governo, vira "de direita". Fim do debate. Tenta discutir sobre testes em animais, vira "idiota insensível". Fim do debate. Tenta lutar contra tudo isso que está aí, vira "vândalo". Fim do debate. Tenta defender seus valores, vira "classe média". Fim do debate.

E assim passam o dia inteiro classificando gente. "Judeu". "Bicha". "Homofóbico". "Evangélico". "Comunista". "Fascista". Quando você estiver em dúvida sobre o que dar a qualquer um desta geração que o faça muito feliz, dê-lhe um carimbo.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Stephen Fry é o cara

Stephen Fry é o protagonista de um de meus filmes favoritos: Para o Resto de Nossas Vidas (Peter's Friends, 1992). Mas ele é muito mais do que apenas um ótimo ator britânico: ele é também poeta, roteirista, escritor, jornalista, comediante, radialista, e arrisco-me a afirmar que Stephen Fry é uma das mais brilhantes mentes pensantes da atualidade.

No final de 2009 Stephen Fry apresentou-se em um debate com um discurso arrasador sobre a perversidade da Igreja Católica e os males que ela tem causado ao mundo como instituição organizada. O vídeo é para ser visto e revisto várias vezes e o texto de Stephen é de uma lucidez raras vezes vista. Quem entende inglês certamente vai gostar de ler o texto original do discurso, que merece ser emoldurado e exibido em público.

O projeto mais recente do ativista/jornalista para a BBC é o documentário Out There, que envolve visitas a lugares de grande repressão às comunidades homossexuais, incluindo entrevistas com personalidades homofóbicas do local. As regiões escolhidas foram Rússia, India, Uganda e Brasil. O programa já começa a ter repercussões ao redor do mundo. No segmento dedicado ao Brasil, uma entrevista  com o deputado Jair Bolsonaro (abaixo).

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Luzes


O investimento na nova câmera está se mostrando compensador. Minha câmera antiga já tinha cinco anos, e a evolução da tecnologia de imagem em cinco anos é considerável. Fiz a foto acima de forma despretensiosa, sem nem me levantar da mesa onde tomava um café com algumas amigas. Queria testar o recurso de compensação de contraluz, e me surpreendi positivamente com o resultado. A câmera deteta a condição de luz adversa e registra na memória várias imagens para internamente obter o melhor resultado pela soma das médias. Gostei. Acho que eu e a nova Sony DSC-HX300 vamos ser grandes companheiros.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Saia justa, situação godê


Foi ao ar ontem o Saia Justa com a participação da Paula Lavigne discutindo sobre a polêmica das biografias. Segundo as apresentadoras, o programa foi o mais polêmico de toda a sua história (dá para ver aqui) e incluiu até um golpe baixo de Paula Lavigne que tentou usar a homossexualidade da apresentadora Barbara Gancia para constrangê-la.

No programa muito se falou dos Estados Unidos como exemplo de país onde as leis e a sociedade já estão mais evoluídas. O que nenhuma delas se lembrou foi que a disputa "liberdade de expressão" x "privacidade" já foi considerada recentemente em decisão da Suprema Corte daquele país. O caso envolveu a odiosa Westboro Baptist Church, processada pelo pai de um fuzileiro naval morto em combate que sentiu seu direito à privacidade invadido pela Igreja que fez um protesto horroroso no funeral do soldado. O caso foi acompanhado de perto por muita gente indignada pelo desrespeito da Westboro Baptist Church em um momento de luto e extrema dor em que a família de um soldado que sacrificara a vida pelo país precisava de privacidade.

O resultado: a Suprema Corte reconheceu o valor da privacidade, mas decidiu que a liberdade de expressão é um bem muito maior e mais precioso. Na época comentei aqui. A premissa é simples: em uma sociedade livre que pretende aperfeiçoar continuamente os mecanismos da liberdade, não é concebível alimentar monstros como a censura. A se atender à turma da Paula Lavigne, cria-se um monstro cujo poder ninguém pode prever onde vai acabar.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Todas as mulheres que eu amei

Aos 80 anos de idade, Willie Nelson continua sendo um dos cantores americanos mais produtivos, chegando muitas vezes a lançar mais de três álbuns no espaço de um ano. Um dos principais responsáveis pela transposição da música caipira americana para o cenário pop, Willie Nelson já conseguiu imprimir sua marca a todos os tipos de música - seus CDs com regravações dos standards americanos vendem muito bem até hoje.

Willie Nelson é queridíssimo por cantores de todos os gêneros e tem atuado intensamente na causa pela igualdade de direitos dos gays e pela aprovação do casamento igualitário. Não só participou de campanhas como também gravou há algum tempo Cowboys are Frequently Secretly Fond of Each Other, música de letra explicita sobre cowboys gays.

Willie Nelson enfrentou problemas sérios no final dos anos 80 quando perdeu a maior parte de seus bens para pagar impostos sonegados ao longo de vários anos, e no começo dos anos 90 com o suicídio de um de seus filhos - mas nunca parou de lançar discos com uma frequência impressionante. Do final de 2011 para cá são quatro álbuns: Remember Me, Vol. 1 - com regravações de sucessos da música country americana dos últimos 70 anos, Heroes - com uma combinação de músicas novas e antigas cantadas quase todas em parceria com seu filho Lukas Nelson, Let's Face the Music and Dance - uma coleção de standards menos conhecidos (que inclui uma gravação inspirada de Twilight Time), e nesta semana de outubro está lançando To All The Girls....

To All The Girls... homenageia as vozes femininas que lhe fazem companhia, uma em cada faixa. São 18 duetos com vozes conhecidas como Norah Jones, Rosanne Cash, Wynonna Judd, Shelby Lynne, Loretta Lynn, Alison Krauss, Brandi Carlile, Emmylou Harris, Sheryl Crow, Carrie Underwood, Dolly Parton, e outras, incluindo sua filha Paula Nelson neste delicioso dueto de Have You Ever Seen The Rain? (original do Creedence).

Willie Nelson (feat. Paula Nelson) - Have You Ever Seen The Rain?

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Criolo doido



Eu gosto muito do Criolo e tenho que confessar que ele é uma das poucas coisas que consigo ouvir entre o novo que surgiu na música brasileira nos últimos anos. E acho incrível esta iniciativa dele de distribuir as músicas de graça (para quem faz questão de pagar, as músicas também estão à venda no iTunes e em outros sites de música).

Ontem ele lançou duas músicas inéditas (Duas de Cinco e Cóccix-ência) que já estão disponíveis para baixar em alta qualidade no site do cantor. No site, na opção Músicas, continua também disponível o excelente álbum Nó na Orelha (de 2011) para download gratuito na íntegra.

As músicas novas continuam com o mesmo mojo, aquele charme misterioso que atrai a gente sem a gente saber explicar porquê.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

De castelos e cavaleiros

Eu tenho trabalhado muito nas últimas semanas e quase não tenho tido tempo para as coisas que gosto. Mas, tudo bem, é só uma fase que passa. Então eu decidi que quando eu voltar a ter mais tempo para o meu ócio criativo eu quero voltar a fotografar mais. Pensando nisso eu comecei a modernizar meu equipamento e comprei neste fim de semana uma câmera nova - a Sony DSC-HX300 - que tem zoom óptico de 50 vezes e por isso é excelente para retratar flagrantes do cotidiano sem perder a qualidade da imagem e sem que o assunto perceba que está sendo fotografado. E eu adoro fotografar estranhos na rua fazendo coisas comuns. No sábado de manhã eu fiz este teste da sacada do meu apartamento e me surpreendi com a potência do zoom.

Estes castelos pertencem ao Dr. Fernando Mendonça, um visionário aqui de São José dos Campos que teve papel fundamental na corrida espacial brasileira. Ele já foi diretor do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), morou muito tempo nos Estados Unidos onde fez mestrado e doutorado em áreas de ciência espacial, e hoje é um senhor de cerca de 80 anos que tem um papo interessantíssimo, muitas histórias para contar, adora vinho, e mora com a esposa neste castelo (cuja construção ele mesmo supervisionou) onde muitas vezes promove concertos e apresentações para grupos seletos de amigos. A filha dele mora no castelo da frente.

A olho nu da minha sacada os castelos são apenas uma mancha distante no meio da floresta.

domingo, 13 de outubro de 2013

Na alegria e na tristeza

Daniela Mercury dá mais um exemplo de como a vida deve ser vivida. Casou-se oficialmente ontem com Malu Verçosa em Salvador e aproveitou para comemorar com os amigos em festa para mais de 200 convidados. 

Coincidência ou não, o casamento aconteceu no dia seguinte ao dia que os americanos escolheram como Dia Nacional de Se Assumir (National Coming Out Day) e Daniela Mercury não poderia ter escolhido forma melhor para comemorar a data.

sábado, 12 de outubro de 2013

Gravidade


Gravidade (Gravity, 2013) é realmente tudo isso que estão falando por aí, e muito provavelmente o melhor filme do ano. James Cameron não exagerou, e estava até sendo modesto, ao dizer que o filme dirigido pelo colega Alfonso Cuarón é o melhor filme já feito sobre espaço. Gravidade é simplesmente fenomenal.

Fenomenal na realização dos visuais estonteantes de uma história que se passa toda no espaço, mas não no espaço profundo das aventuras estelares. O espaço de Gravidade se situa a cerca de 600 quilômetros de altura, de onde se pode ter uma visão absolutamente privilegiada do planeta Terra que permite distinguir oceanos e continentes, tufões e tempestades.

Fenomenal na direção de imagens em um ambiente onde não existem planos e o conceito de vertical ou horizontal é totalmente relativo. A câmera se movimenta continuamente e livremente pelo espaço, como se flutuasse, muitas vezes penetrando os capacetes dos astronautas em sequências sem cortes e assumindo o ponto de vista do personagem.

Fenomenal no roteiro eletrizante que consegue fazer com que uma história com apenas dois atores em cena não tenha um único minuto cansativo. Pelo contrário. Não foram poucas as vezes em que me impacientei no assento, tamanha a angústia e a intensa aflição pelo desenrolar dos acontecimentos. 

O filme abre com uma equipe de astronautas executando um reparo na estação espacial americana. Alguns minutos depois a calma é quebrada por uma chuva de destroços causada por um satélite russo atingido, que destrói praticamente tudo e deixa apenas os astronautas Ryan Stone (Sandra Bullock) e Matt Kowalski (George Clooney) soltos na imensidão do espaço. A partir deste ponto tudo que pode dar errado dá. A lei de Murphy provavelmente nunca foi explorada antes na tela do cinema com tanta crueldade e infalibilidade.

Desde 2001: Uma Odisséia no Espaço, que é de 1968, não se fazia um filme tão bom sobre o espaço.

Fogo e Chuva

Foi exibido na última quarta-feira nos Estados Unidos o episódio especial de Glee em homenagem ao Finn - personagem do ator Corey Monteith, morto recentemente. Impossível não se emocionar com a pungente apresentação de Make You Feel My Love na voz de Lea Michele - que era namorada de Corey na vida real. A Fox liberou os vídeos das homenagens musicais apresentadas no episódio (o site Towleroad fez uma compilação deles para assistir um a um, aqui). Um dos meus momentos favoritos foi esta homenagem carinhosa com a clássica Fire and Rain, composta e gravada por  James Taylor em 1970.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Mato Sem Cachorro


Eu não sou grande fã das comédias românticas americanas com bichos - geralmente cachorros - que "pensam" e "conspiram" para seus donos ficarem juntos e fazem toda espécie de gracinha animal. Felizmente o brasileiro Mato Sem Cachorro não se encaixa nesta categoria. É boa diversão, ágil, bem escrito e bem realizado, engraçado, e o cachorro Guto é só um cachorro - um personagem importante mas que não ganha a faculdade de "pensar" e "conspirar" para unir seus donos (Bruno Gagliasso e Leandra Leal, ótimos, e que têm a pitada certa de ingenuidade para o papel).

O filme não é para crianças, e a quantidade de palavrões cabeludos pode chocar até mesmo alguns adultos mais pudicos. Gabriela Duarte faz uma ótima participação como a garota de boca mais suja do que um bueiro, e Danilo Gentili solta palavrões com a naturalidade de quem respira.

O filme tem algumas sacadas geniais, como a cantora Sandy fazendo ela mesma e tendo a oportunidade de rir de uma piada de si mesma. Na história, o personagem de Bruno Gagliasso (que faz montagens musicais) está sendo processado por ter colocado na Internet uma montagem com cenas capturadas de um flagrante da Sandy que passa longe de confirmar a fama de certinha da cantora.

Uma grata satisfação foi ver a sala de cinema lotada no final de semana de estreia de um filme nacional, e perceber a reação positiva do público. Mato Sem Cachorro é ótima diversão para adultos.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Cher - Closer to the Truth

O tempo parece que não passa para a Cher, em mais de um sentido. Closer to the Truth soa exatamente como uma continuação de Believe (quem não rodopiou perdidamente ao som de Do you believe in life after love?) de 15 anos atrás, e isso não é uma coisa ruim.

Pode ser cedo demais para se perder em reminiscências do século passado, mas Closer to the Truth funciona muito bem como antídoto para quem arde de saudades do álbum com o qual Cher fechou o milênio em 1998.

Jordan + Devon


Nada como começar o dia com os óculos embaçados por lágrimas de emoção. Se você também estava com saudade dos inspiradores vídeos de casamento, emocione-se com a felicidade do Jordan e do Devon, que se casaram recentemente na California ao lado de amigos e família.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Enquanto isso, no Olimpo...



Depois de ver a prévia do calendário Les Dieux du Stade 2014 só sei que quero chegar no céu logo.


Heyward Howkins


Eu não conhecia o Heyward Howkins e nem tenho ideia de como o meu nome foi parar no mailing dele, mas só sei que fiquei muito contente de receber um e-mail do cantor promovendo o novo disco com um link especial para baixar o álbum na íntegra diretamente da conta dropbox dele.

As dez faixas de Be Frank, Furness são uma delícia, com arranjos minimalistas de violão acústico que privilegiam a voz gostosa do cantor - mas, tentar entender o estilo de Heyward Howkins através de uma descrição não vai ser tão eficiente quanto vê-lo e ouvi-lo em um dos vários vídeos que ele tem no YouTube. Então, corra lá que vale a pena.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Cubão


Adorei esta pegadinha que enganou muita gente, principalmente porque é muito bem feita.

Esta escultura do Cubo (o nome oficial da obra é Alamo) é uma obra de arte que faz parte da paisagem de rua de Nova York desde 1967. Pois na semana passada surgiu este vídeo no YouTube de um rapaz que comprova, pelas imagens, que mora há alguns anos dentro do Cubo. O vídeo é muito bem feito e muita gente realmente acreditou que havia uma pessoa morando lá dentro. É o que eu chamo de 'morar com arte'.

Três letrinhas

No começo de 1991 eu embarquei em São Paulo em classe executiva para uma viagem de negócios à Suiça. Ao meu lado foram acomodadas duas crianças pequenas viajando desacompanhadas, que chegaram no vôo de Brasília e foram colocadas no vôo para a Europa. As crianças tinham constante supervisão da tripulação, e foram dois amores durante toda a viagem - pareciam estar acostumadíssimas com o procedimento. O casal era lindinho, o garoto não tinha mais do que 7 anos e a garotinha aparentava ser um pouco mais nova. Lá pelas tantas perguntei o nome ao garoto. "Meu nome é Nelson. Nelson Piquet. Júnior". O vôo terminou em Paris onde eu peguei uma conexão para Basileia e nunca mais os vi, exceto pela imprensa.

Lembrei disso agora ao ler que Nelson Piquet Jr. acaba de ser multado em dez mil dólares pela NASCAR por ter feito um comentário homofóbico pelo Instagram. Foram só três letrinhas (fag!, termo ofensivo comparável a veado!) que acabaram custando quase sete mil reais cada. Bom isso. As figuras públicas precisam ter ciência da repercussão de seus atos.