sábado, 17 de julho de 2010

Analisando o tamanho

Nate Silver é um escritor e analista de dados americano que concebeu uma maneira original de analisar dados. No site FiveThirtyEight ele e seus colaboradores publicam análises de cenários políticos e econômicos a partir de perspectivas inusitadas.

Logo após a aprovação da lei da igualdade no casamento na Argentina, Nate Silver atualizou o gráfico que mostra a evolução da população que vive atualmente em jurisdições que reconhecem a igualdade entre os casamentos hetero e homossexuais:


No dia de hoje, cerca de 250 milhões de pessoas já vivem em jurisdições que reconhecem plenamente a igualdade dos casamentos hetero e homossexuais.

O gráfico permite algumas observações interessantes. O pico verde (Estados Unidos) no final de 2008 é causado pela situação da California, que reconheceu a igualdade e depois voltou atrás. O último degrau roxo (Europa) em 2010 representa a adesão de Portugal. Pelo gráfico é fácil perceber que o impacto da aprovação da lei na Argentina é muito maior uma vez que a população da Argentina é de cerca de 40 milhões  de habitantes, enquanto a população de Portugal é de apenas pouco mais do que 11 milhões. Hoje, a soma de todas as populações dos países europeus que reconhecem a igualdade representa menos da metade da população do Brasil.

Por aí é possível prever o impacto que teria a aprovação da lei no Brasil. Um país populoso como o Brasil - com quase 200 milhões de habitantes - praticamente dobraria o número de pessoas no mundo vivendo atualmente em jurisdições que reconhecem a igualdade dos casamentos.

5 comentários:

  1. E o detalhe mais importate: em todos, a população seguiu aumentando! Não houve nenhuma implosão populacional causada pela infertilidade dos casais homos! Oh! Como lidar?

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  2. Daniel,
    Mais importante ainda: nenhum destes países foi destruído por catástrofes provocadas pela ira divina...

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  3. pois então ... é pagar para ver não é povo brasileiro???

    bjux

    ;-)

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  4. Ponto de vista interessante. Ainda bem que, em larga escala, o gráfico tem uma curva ascendente.

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  5. Ui, que susto! Você me recomenda? Poxa, obrigado, Luciano!

    (as colegas que vêm em caravana agitam seus pompons no auditório)

    (risos)

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