sábado, 30 de março de 2013

Entre tapas e beijos

Nestas horas eu tenho muito dó da mãe da Joelma da Banda Calypso. Porque ter uma filha com cara de biscate, que se veste mal, canta mal, dança mal, e que só abre a boca para falar merda... mãe nenhuma merece. Mas não me surpreendo - afinal há pouco mais de seis meses ela já tinha dado os primeiros sinais públicos de homofobia quando foi surpreendida em vídeo pedindo a um fã gay que se "convertesse".

Eu nem deveria estar perdendo meu tempo falando aqui desta mulher tão brega e insignificante. O que me leva a escrever é outro motivo. É eu ter lido o depoimento de um rapaz gay justificando e defendendo a Joelma "porque ela é um amor de pessoa e só fala estas coisas porque leva a Bíblia muito a sério - ela não quer o mal para os gays". Aham, senta aqui, Cláudia!

É inacreditável que nos dias de hoje ainda exista gente tão burra que não tenha percebido que homofóbicos não têm rabo e chifres. Eles podem ser gente com carinhas de santos, podem ser nossos irmãos, amigos, vizinhos. Não precisam necessariamente sair por aí arrebentando a cabeça de gays com lâmpadas fluorescentes.

Joelma acredita que todo gay deve buscar o caminho da "cura", da "conversão". Ela vê gays como doentes ou drogados. Esta forma de homofobia insidiosa é tão ou mais danosa do que a homofobia declarada dos que assassinam gays cruelmente no cara a cara. Joelma exala burrice por todos os poros e seu depoimento mais recente só comprova isso.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Noites de Istambul

Salve Jorge tem sido notícia ultimamente pelas razões erradas. Mas a uma coisa há que se dar crédito: Glória Perez está conseguindo, através da personagem vivida pela Cláudia Raia, mostrar uma das forças mais avassaladoras e arrasadoras da natureza: o amor de pica.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Já ganhou


A revista semanal TIME resolveu deixar a direita religiosa americana em polvorosa publicando um beijo gay sem disfarces na capa com a manchete O Casamento Gay Já Ganhou. A manchete secundária A Suprema Corte ainda não se decidiu, mas o país sim refere-se às últimas pesquisas, que comprovam que nos dias atuais mais de 50% da população americana aprova a igualdade no casamento.

A TIME é uma publicação que há 90 anos tem sido referência no mundo da notícia. Para não deixar ninguém insatisfeito lançou duas versões de capa, uma com um beijo masculino e outra com um beijo feminino. Muitos pastores e outros radicais homofóbicos devem estar arrancando os cabelos logo cedo com a chegada da revista na bandeja do café da manhã.

quarta-feira, 27 de março de 2013

É preciso ser muito macho...

Primeiro, porque soltar a franga sem tropeçar no salto não é para qualquer um. Segundo, porque é preciso ser muito macho para fazer bichice para um público tão grande. Terceiro, porque bichice também é cultura. E, se tudo isto não bastasse, os machinhos de boné no cantinho da piscina são uns gatos.

segunda-feira, 25 de março de 2013

O arco-íris da Globo

Plim plim! A Globo está fora do armário. Se você ainda não percebeu, melhor ainda - sinal de que tudo está acontecendo da forma natural comme il faut.

Foi só a história do Marco Feliciano começar a incomodar que a Globo também subiu o tom. Na semana passada teve o programa da Fátima Bernardes em tom assumidamente simpatizante, praticamente uma aula bastante didática sobre como vencer o preconceito na família. O Jornal Nacional também fez questão de noticiar, assim como quem não quer nada, que a Associação de Pediatras dos Estados Unidos se declarara a favor da igualdade no casamento e que os filhos de casais gays não são em nada diferentes dos filhos de casais héteros. Todas as reportagens tiveram um cuidado bastante grande com a nomenclatura, como o uso do termo "homossexualidade" em lugar de "homossexualismo". Tudo isso, sem dúvida nenhuma, contribui enormemente para a desconstrução do preconceito tão profundamente arraigado.

Hoje foi a vez do Jornal Hoje, no meio do dia, com uma reportagem sobre a razão que impede muitos gays de se assumirem. A declaração do pai, que fecha a reportagem, é direta e reta. É isso aí, seu Jaílson, parabéns pelo depoimento!



Mas as coisas não param por aí. Dizem as revistas de fofoca que a próxima novela das nove, escrita por Walcyr Carrasco, terá vários personagens gays, inclusive o casal de protagonistas feito por Marcello Antony e Thiago Fragoso, que farão um casal gay com uma filha. Vamos ver para conferir

Eu ♥ NY

Enquanto a multidão se empurrava ontem em Paris no protesto violento contra a igualdade no casamento, em Nova York a população saiu às ruas para uma vigília pela causa oposta. Nesta semana a Suprema Corte americana começa as oitivas sobre dois casos que envolvem direitos básicos da comunidade LGBT e que devem redesenhar toda a política americana de direitos para a próxima década e impulsionar a sociedade americana para novos rumos. A vigília foi pacífica e usou o tema Iluminar o Caminho para a Justiça para pedir que os ministros da Suprema Corte decidam favoravelmente aos direitos dos gays.







Raquel não nos representa

Um blog da Folha de S. Paulo noticiou hoje:

Climão: Um grupo de funcionários do SBT, incluindo artistas, está indignado com alguns comentários feitos pela âncora Raquel Sheherazade no “SBT Brasil”.

Climão 2: Esses funcionários dizem estar organizando um abaixo-assinado batizado de “Raquel não nos representa”, que será encaminhado à direção do canal. O SBT desconhece a iniciativa.

E aí, Raquel, como fica?

domingo, 24 de março de 2013

Lá e cá


A foto de cima foi feita hoje em Paris durante a passeata contra o casamento igualitário. A foto de baixo mostra a bancada evangélica do congresso brasileiro abrindo uma sessão qualquer em um dia qualquer. Qualquer semelhança será mera coincidência?


Falta de banho


Gente, o quê está acontecendo com os franceses? Será que a famosa aversão ao banho diário está contaminando as mentes? Mais aqui, direto da fonte.

Bela adormecida



O que você sentiria se entrasse no Museu de Arte Moderna de Nova York e desse de cara com a Tilda Swinton, em carne e osso, dormindo dentro de uma caixa de vidro assim como quem não quer nada? Eu acho que teria um enfarto de tanta emoção...

sexta-feira, 22 de março de 2013

Homofobia - você pode ter e não sabe

Todas as celeumas que estamos vivendo no momento têm servido para solidificar na nossa sociedade alguns valores novos. Por exemplo, hoje em dia ninguém quer ser chamado de homofóbico. Já se solidificou o conceito negativo, o que é bom. O único problema é que a grande maioria das pessoas ainda não sabe realmente o que é homofobia.

"Eu não tenho nada contra os gays. Só acho que não precisa ficar dando beijo na boca na frente de todo mundo".
"Se não fizerem na minha frente não tem problema nenhum".
Não vejo nenhum problema. Só acho estranho as bichinhas muito fervidas ou os gays muito chamativos".
"Meu cabeleireiro é gay e eu adoro ele. Mas se ele fosse meu irmão eu acho que teria um pouco de vergonha".
"Meu vizinho é gay e nem parece! Tem cara de homem, voz de homem, e é super discreto".

Todos já ouvimos frases como estas, ditas por pessoas que se julgam moderninhas. Muita gente realmente não consegue perceber o preconceito insidioso que existe em cada uma das afirmações acima - todas com doses indisfarçáveis de homofobia.

Uma das melhores e mais amplas definições de homofobia que já ouvi foi dada pelo deputado Jean Wyllys no programa da Fátima Bernardes de ontem. O programa foi ótimo, versou sobre relações de adolescentes gays com os pais - e pode (e deve!) ser visto na íntegra aqui no site do MixBrasil, e a excelente definição do Jean eu reproduzo no vídeo abaixo. (Se tiver problema para visualizar o vídeo, veja diretamente na página do G1).

Desenhando

Será que agora o pastor misógino-racista-homofóbico-machista vai entender? Mais claro que isso, só desenhando...

quinta-feira, 21 de março de 2013

Das mil e uma noites

Existem vários vídeos contundentes de Rachel Sheharazade, jornalista do SBT, pululando pelo facebook onde ela dá duro em políticos. Por isto é um choque que no jornal de ontem a jornalista, que coincidentemente é evangélica, tenha defendido Marco Feliciano. Rachel, que demonstra tanta inteligência em outros depoimentos, desenha sua defesa com argumentos furadíssimos. Primeiro, porque afirma que Marco Feliciano foi eleito democraticamente, quando todo mundo sabe que a votação aconteceu em assembleia realizada a portas fechadas e é resultado do conluio espúrio do condomínio de partidos que fazem parte da base governista.

Segundo, porque ela parece achar que Marco Feliciano é simplesmente um homem de opiniões polêmicos. Dona Rachel, opinião polêmica é achar que vestido vermelho decotado cai bem para um velório! As opiniões do Marco Feliciano são racistas e calcadas no fato de ele achar que algumas pessoas são inferiores pela cor da pele ou pela identidade sexual. Isto não é opinião polêmica; isto é um desvio de caráter e um crime.

E por último, ela parece achar que todo o imbróglio está acontecendo só pelo fato de ele ser pastor. Dona Rachel, a senhora agora só faltou relinchar!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Volta ao mundo


Em matéria de reconhecimento da igualdade no casamento ao redor do mundo, o Brasil não está fazendo feio não. O mundo vai cada vez se colorindo mais, e cada país ou estado tem uma história rica de detalhes sobre a luta que levou à vitória.

domingo, 17 de março de 2013

Paixão cruel desenfreada

Gabriel e o Daniel são mesmo dois fofos. E a ideia de transformar o pedido de casamento em um evento memorável envolvendo todos os amigos é muito boa. Aconteceu em Maringá (obrigado pela informação, Marcelo!). Desejo toda a felicidade do mundo ao casal. Criatividade é um dos segredos da convivência.

Danuza, um leão

Danuza Leão, na tradicional coluna de hoje na Folha de S. Paulo, vai direto ao assunto: "Em 10 anos de PT, existe uma minoria que não foi contemplada com nenhum cargo importante: a minoria gay, que nem é tão minoria assim".

A íntegra do texto está nos Comentários e vale uma boa reflexão.

Marco Failiciano

O barulho que está sendo feito e que parece longe de se calar já pode ser considerado um grande trunfo. O pior é imaginar que este estropício já era deputado há tanto tempo e conseguia passar despercebido. Quantos outros não haverá? Este vídeo é de meados de 2011. Como um energúmeno deste calibre consegue chegar tão longe?

sexta-feira, 15 de março de 2013

Bilhete de um pai para o filho adolescente gay


O bilhete foi publicada hoje na página do facebook da campanha FCKH8, e mostra que "sair do armário" é um gesto que em pouco tempo vai virar obsoleto.

Nate,

Eu ouvi sem querer a sua conversa com o Mike ao telefone ontem à noite falando sobre os seus planos de sair do armário para mim. A única preocupação que eu quero que você tenha para hoje é lembrar de trazer suco de laranja e pão depois da escola. Eu e sua mãe tivemos que sair, da mesma forma que você (que agora está fora do armário).
Eu sei que você é gay desde que você tinha seis anos de idade, e nunca deixei de amá-lo desde que você nasceu.
Assinado:  PAPAI

P.S.: Sua mãe e eu achamos que você e Mike formam um lindo casal.

Outlook

O novo anúncio do Outlook da Microsoft veiculado nos Estados Unidos mostra cenas de um casamento gay. Está ficando cada vez mais difícil para as empresas homofóbicas boicotar todos os produtos das empresas que apoiam o casamento igualitário. Só mesmo voltando para as cavernas.

Em tempo: esta semana perguntaram a Bill Gates porque a Microsoft apoia a suspensão da proibição a associados e colaboradores assumidamente gays pelos Escoteiros Americanos. E Bill Gates respondeu sem hesitar: "Porque estamos em 2013".

Mads Langer


Mads Langer é dinamarquês e, apesar de já estar beirando os 30, ainda mantém uma carinha de eterno menino. Há duas semanas ele lançou seu quinto álbum, In These Waters, uma delícia do começo ao fim, que traz este dueto na faixa que dá nome ao disco.

Mads Langer - In These Waters (feat. Ida):

Os discos anteriores já confirmavam sua marca de garoto tímido de voz que denota fragilidade e poesia. Mas apesar de já ter cinco álbuns no currículo, Mads Langer parece ainda não ter despertado para a fama. Sua página no facebook é cheia de fotos informais zoando com os amigos, vizinhos e parentes.



quarta-feira, 13 de março de 2013

Quando fuck ainda se escrevia com ph

Ser gay não é fácil hoje. Imagine então há 50 anos, quando nem existia uma palavra que não fosse pejorativa para descrever os homossexuais. Quando não existiam modelos de homossexuais bem sucedidos, quando não se falava em orgulho, quando o mundo absolutamente inteiro desabava sobre a cabeça de uma pessoa que se descobria homossexual.

Neste interessante documentário Coming Out In the 1960s, quatro jovens ativistas entrevistam homossexuais e uma transexual que se assumiram na década de 60 do século passado, e descobrem muito mais do que poderiam supor.

 

terça-feira, 12 de março de 2013

Às armas!

E de repente nós brasileiros descobrimos a força da mobilização e do protesto iniciado pelas redes sociais. Meia hora depois da descoberta de um vídeo da safadeza mais recente do pastor racista homofóbico Marco Feliciano e o material já está sendo replicado nas redes sociais, disseminado na velocidade da luz. Abaixo-assinados virtuais ganham destaque até na imprensa estrangeira. Tentativas de reverter a situação acabam saindo pela culatra. A mobilização ganha as ruas até mesmo nas cidades do interior.

Em Brasília os políticos já estão acostumados a fazer ouvidos moucos para a voz da sociedade, mas de repente o barulho subiu. E ficou alto demais para ser ignorado.

É casado? Tem filhos?

Deve ser muito engraçado o manual que esta nova pseudo esquerda latino-americana usa para governar, mas basta observar Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela, e Brasil para ver que muita coisa ali provavelmente saiu da mesma mente torta. A ideia de controlar a imprensa, por exemplo. Para esta gente desacostumada ao debate e com ideia fixa na "propaganda", só pode existir notícia a favor.

E tem também a estratégia de insinuar que o candidato da oposição é gay. Quem não se lembra da Martha Suplicy atacando o Kassab há tão pouco tempo? Pois Nicolás Maduro, na Venezuela, abriu a cartilha na mesma página e já começou os ataques ao bonitão Henrique Capriles, o candidado da oposição.

quinta-feira, 7 de março de 2013

No México

As fronteiras entre a garantia dos direitos individuais e a livre expressão é discussão recorrente no mundo livre. O argumento tem sido bastante utilizado pelos pastores homofóbicos no Brasil, que alegam que a aprovação de uma lei contra a homofobia feriria o direito de livre expressão dos cidadãos. Afinal, se alguém o insulta na rua gritando "Veado!" com o objetivo de ofender, isto é livre expressão?

Os Estados Unidos, por exemplo, que têm uma história mais sólida de garantia de direitos, costumam pender para o lado da proteção da livre expressão. Até mesmo a odiosa Igreja Batista de Westboro que usa do expediente baixo de orquestrar protestos de ódio em funerais de fuzileiros navais americanos mortos em combate está dentro da lei e protegida pelo direito de expressão.

Já o México, que está em um estágio mais próximo do nosso na solidificação das instituições, das garantias, e da democracia, aprovou ontem uma lei sem precedentes. Com todas as letras e de maneira claríssima, a Suprema Corte julgou que ofender homossexuais com palavras homofóbicas como cabrón ou puñal é, sim, crime de ódio não protegido pela lei da liberdade de expressão, mesmo quando as expressões são usadas em tom de brincadeira. O texto original pode ser lido aqui.

O trecho chave da sentença: "La Primera Sala determinó que las expresiones homófobas, esto es, el discurso consistente en inferir que la homosexualidad no es una opción sexual válida, sino una condición de inferioridad, constituyen manifestaciones discriminatorias, ello a pesar de que se emitan en un sentido burlesco, ya que mediante las mismas se incita, promueve y justifica la intolerancia hacia la homosexualidad". Até o México está deixando o Brasil para trás.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Kabuletê



Com toda a popularidade conquistada pela Turquia nos últimos tempos aqui no Brasil, principalmente pela novela das nove, é difícil entender como ninguém teve ainda a ideia de divulgar a tradicional luta turca do óleo. A audiência da novela ia subir ao píncaro, o consumo de azeite de oliva ia aumentar, e eu ia dedicar mais tempo aos esportes na TV. Todo mundo sairia ganhando. Bu harika. Vanda, me leva!

Lado B


A novela Lado a Lado chega ao fim esta semana mostrando um capítulo perverso da nossa história: a internação em hospitais psiquiátricos de mulheres que não se conformavam com as normas vigentes na época. Na história, Laura (Marjorie Estiano) foi internada e presa a uma camisa-de-força porque quer ser independente, quer trabalhar, e acredita na igualdade entre homens e mulheres. A história se passa em 1910 e este momento dramático é baseado em fatos reais.

Por mais chocante que possa parecer, este tipo de procedimento continua acontecendo até hoje. As vítimas atuais são os adolescentes gays de famílias religiosas radicais. Nos Estados Unidos há relatos comprovados de adolescentes internados à força em clínicas e submetidos a terapias de reversão. Aqui no Brasil, os pastores evangélicos homofóbicos que decidiram invadir a vida civil dos cidadãos através da política anunciam a tudo isto com desfaçatez e cinismo. Isto é absolutamente monstruoso.

Peixe podre

A indicação do pastor Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara é só mais um sinal do que acontece há anos: o nosso legislativo vive em uma quinta dimensão completamente apartada da sociedade para a qual deveria estar trabalhando. Marco Feliciano é do PSC, o partido que já criara celeuma há pouco mais de 1 ano com as propagandas na TV anunciando que "família é formada por homem e mulher".

A Folha de S. Paulo deu a ele o direito de defesa oferecendo espaço no jornal mais lido do Brasil - e Marco Feliciano publica hoje o artigo "Ditadura gay e direitos humanos", onde só confirma tudo de que o acusam. Cheio de citações bíblicas, o artigo é uma comprovação da pequenez da mente deste indivíduo tacanho, retrógrado, obscurantista, homofóbico, e racista, que insiste na falsa premissa de que "vivemos uma ditadura gay" para ver se a falácia cola. Eu sinto um desprezo enorme por gentinha deste tipo, que de mim não merece nem uma gota de respeito.

Como bem disse o deputado Chico Alencar (PSOL): "‎Essa indicação vai inviabilizar a comissão que é dos direitos humanos. Será a comissão dos valores religiosos, do fundamentalismo e da higienização da raça".

sábado, 2 de março de 2013

Pombo-correio

Agora que todas as grandes empresas de tecnologia da informação - como Microsoft, Apple, Google, Facebook, e Twitter, entre outras - declararam abertamente seu apoio ao casamento igualitário nos Estados Unidos, a Organização Nacional para a Defesa do Casamento e outras entidades homofóbicas vão ter que buscar outras formas de comunicação. Ou será que vão enfiar o rabo entre as pernas, murchar as orelhas, e continuar utilizando os serviços de empresas amigas dos gays?

A página no facebook que convoca para a grande marcha pró-igualdade no final de março está sugerindo a eles uma volta ao pombo-correio.

E no Brasil, será que os homofóbicos vão continuar usando os produtos e serviços de empresas amigas dos gays? A resposta é óbvia. Afinal, homofobia e hipocrisia sempre andaram de mãos dadas.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Milagre na Rua 14


Uma história comovente que começou há 12 anos e só agora veio a público por meio de um artigo publicado há dois dias no New York Times está arrebatando corações ao redor do mundo. É a história de um bebê recém-nascido abandonado em uma estação de metrô de Nova York que foi encontrado por um rapaz, Danny, que acionou imediatamente a polícia e as autoridades. Danny cuidou do bebê até a chegada dos policiais, e não conseguiu se desligar dele mesmo no período em que o bebê estava sob os cuidados do estado. Os pais biológicos da criança nunca foram localizados. Três meses depois, quando Danny estava prestando o depoimento formal da ocorrência em juízo, surpreendeu-se ao ouvir da própria juíza: "você gostaria de adotar este bebê?".

Agora, 12 anos depois, quem revela a história é Peter Mercurio, no artigo intitulado "Achamos nosso filho no metrô". Peter e Danny já estavam juntos há 3 anos quando o bebê foi encontrato. Em julho último, Peter e Danny se casaram em cerimônia celebrada pela mesma juíza que há doze anos deu a eles a dor e a delícia de serem pais. Ao entrarem na sala para o casamento, o garoto Kevin, agora com 12 anos, estendeu a mão para a juíza em agradecimento. A juíza olhou emocionada para o menino e só conseguiu dizer "Posso lhe dar um abraço?".

Salve geral


Salve Jorge não é de todo ruim. Começou chata, com personagens demais, mas depois engrenou uma trama policial interessante sobre tráfico de pessoas que está sustentando o folhetim. O problema são as incoerências, os vilões caricatos, os furos gigantescos e óbvios que irritam quem tenta acreditar na história. Os escorregões são tantos que a novela está correndo o risco de virar cult. Aquela velha história do 'tão ruim, mas tão ruim, que fica boa sem querer'.

Mas a próxima jogada de Glória Perez deve ser uma tremenda bola dentro. (alguém sabia que o nome da personagem é Joyce?), a auxiliar da delegada, faz a linha masculinizada. É feita pela Thammy Gretchen, que é lésbica assumida. Pois na história a vai precisar se infiltrar entre as garotas traficadas e para isto precisará se passar por mulherzinha feminina e graciosa para ser assediada pelos chefões do tráfico.

Thammy Gretchen já posou para a revista Sexy e fez bonito. A insólita transformação da personagem tem tudo para ser convincente. Pelo visto até agora, quem deve continuar com cara de travesti é a Cláudia Raia.

Não provoque. É cor de rosa-shocking!

O Muque de Peão se enfeita hoje de rosa-shocking para comemorar a chegada do casamento igualitário ao estado de São Paulo.