Guerra Mundial Z (World War Z, 2013) acabou se transformando em um dos mais caros filmes de horror da história porque foi praticamente feito duas vezes. Deveria ter estreado há um ano, mas os produtores não ficaram satisfeitos e resolveram refazer toda a segunda metade (leia aqui se tiver curiosidade de saber como era a primeira versão). Considerando-se todos os percalços (houve uma hora em que até se cogitou engavetar todo o projeto) é surpreendente que o resultado final tenha sido tão bom. Em vez da alternativa de ação desmiolada da versão original, optou-se pelo suspense. Assim, todas as cenas grandiosas de ação que enchem os olhos dos espectadores acontecem nos primeiros dois terços do filme, que então passa a se valer de menos ação e mais suspense para arrematar a história.
Os zumbis de Guerra Mundial Z são mais perigosos do que os mortos-vivos de qualquer outro filme do gênero. Movem-se a uma velocidade incrível (nada de ficar vagando com cara de tédio e sacudindo os braços como um sonâmbulo) e agrupados em verdadeiros enxames. A história é simples e sem grandes pretensões ou elucubrações filosóficas (como é o caso de "The Walking Dead") e tem o objetivo único de distrair. E inclui boas sacadas, como a cena em que os zumbis começam a aparecer a bordo de um vôo comercial lotado a dez mil pés de altura - onde ninguém tem para onde correr!
O final deixa as portas abertas para uma sequência. Os fãs do gênero certamente vão aguardar ansiosamente.