terça-feira, 31 de março de 2015

Fuel/Friends Chapel Sessions



Trinta e quatro artistas já gravaram participação no Fuel/Friends Chapel Sessions. O projeto apresenta gravações acústicas realizadas no interior de igrejas e capelas dessacralizadas, tirando vantagem de todo o potencial acústico e do incrível visual das construções de naves altas. Em seguida, as gravações são todas disponibilizadas para os fãs em mp3's de alta qualidade (320 kpbs) que podem ser baixados no blog do projeto (no link acima), totalmente de graça. Uma verdadeira arca do tesouro.

Eu ainda não me recuperei dessa gravação do meu queridinho Gregory Alan Isakov interpretando a lindíssima The Trapeze Swinger (originalmente do Iron & Wine), uma daquelas coincidências felizes de ter um de meus cantores favoritos cantando uma de minhas músicas favoritas. 

segunda-feira, 30 de março de 2015

Quem tem boca vaia Cunha

Ao chegar à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul hoje, o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha foi recebido com vaias e com beijos de casais gays, exatamente como em São Paulo há apenas alguns dias.

Vivemos tempos estranhos. A expressão "representante do povo" certamente já não se aplica mais. Eduardo Cunha deve estar com tanto medo do povo quanto Dilma de uma panela. 


A gaiola das loucas

Uma história interessante e com grande potencial começou a se desenvolver no final do capítulo de sábado em Babilônia. Rafael (Chay Suede) conheceu Laís (Luísa Arraes) e a química foi imediata. Laís é a única filha do político corrupto que se passa por santo e que tem a candidatura mantida por grupos religiosos fundamentalistas. Rafael foi criado por um casal de lésbicas e sente grande orgulho de suas duas mães.

Já estou até prevendo a quantidade de situações deliciosas que podem surgir desta trama e mal posso esperar. A história da hipocrisia explícita explorada em A Gaiola das Loucas nunca perde a atualidade.

domingo, 29 de março de 2015

E viveram felizes para sempre...



Nestes tempos bicudos, poder se refugiar no escurinho do cinema e se divertir bastante com um conto de fadas clássico não tem preço! Cinderela é bem produzido e foi feito para agradar tanto as crianças pequenas quanto os tiozinhos que as levam ao cinema. Tem Cate Blanchett fazendo otimamente a madrasta má, e Helena Bonham Carter no papel de uma fada-madrinha meio atrapalhada. E ainda traz dois rostos bem conhecidos de Downton Abbey: Lily James (Cinderela) e Sophie McShera (fazendo a irmã Drisella). Capriche na pipoca e vá sem medo de ser feliz!

sexta-feira, 27 de março de 2015

Tempo, tempo, tempo, tempo...

Acaba de sair o vídeo de Time, música inédita do álbum de Steve Grand lançado esta semana. Esta poderia ser a história da vida de qualquer um de nós.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Asas germânicas


Estamos acostumados a associar pilotos comerciais a atos heroicos e de bravura. Por isso os detalhes do desastre com o vôo da Germanwings são ainda mais chocantes. Este sentimento que as notícias do acidente provocam é bastante parecido com aquela frustração terrível que acomete todos nós quando nos damos conta que nossos pais são seres humanos normais, falíveis e cheios de defeitos, e não os super-heróis que crescemos acreditando. 

quarta-feira, 25 de março de 2015

Garoto americano

Se você acompanha este blogue há bastante tempo, então certamente vai se lembrar que em meados de 2013 eu e o Steve Grand estávamos namorando firme. Na ocasião falei dele aqui, aqui, aqui e aqui, e só não falei mais para não parecer obsessão. O namoro continua firmíssimo embora eu ainda não tenha conseguido descobrir uma forma de fazer ele saber da minha existência.

Durante este tempo todo eu pude acompanhar pelo facebook o trabalho deste garoto lindo desde o lançamento do vídeo de All-American Boy, que causou frisson na época. Ele buscou financiamentos e patrocínios, dedicou tempo a composição e gravação, trabalhou duro - e compartilhou todo o esforço com os fãs pelo facebook. Nesta semana, quase dois anos depois, Steve Grand está finalmente lançando seu álbum composto de 13 faixas que inclui All-American Boy, a música que o projetou para a fama há dois anos e que dá título ao disco.



terça-feira, 24 de março de 2015

Vem pra rua



Fiquei muito bem impressionado com o Rogério Chequer, que foi entrevistado no Roda Viva da TV Cultura ontem. Para quem nunca ouviu falar dele, o Rogério é um dos idealizadores do movimento Vem Pra Rua, que tem organizado os protestos populares recentes contra a presidente Dilma.

O Rogério Chequer disse na entrevista que até seis meses atrás tinha aversão por política e jamais se imaginou fazendo o que está fazendo hoje. Essa descrição encaixa em perfis de muita gente que eu conheço, que até bem pouco tempo se limitava a protestar do sofá e não tinha esperança por dias melhores, mas que nos últimos meses atingiu um nível de indignação que as impulsionou para as ruas.

Agora que a administração do PT realmente desandou e que parece que não existe nada pronto de imediato para colocar no lugar, é interessante observar as vozes das novas lideranças que começam a surgir para ocupar este vácuo. O Rogério é carismático, muito bem informado, bem articulado, e consegue transmitir o equilíbrio exato entre sensatez e indignação. Torço por ele. E por todos todos nós.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Sean Connery, Lassie e Passenger


Alguém disse há algum tempo que apenas duas celebridades internacionais não haviam sido influenciadas pela fama: o Sean Connery e a Lassie. A esta lista já podemos acrescentar mais um nome: Passenger (nome artístico adotado pelo inglês Mike Rosenberg).

Mesmo após o sucesso mundial do mega hit Let Her Go e as vendas animadoras do último álbum, os fãs continuam se surpreendendo com as apresentações gratuitas do Passenger em esquinas de ruas movimentadas e vagões de metrô, onde ele sempre diz estar fazendo o que mais gosta: cantar junto dos fãs.

Como se isso não bastasse, o Passenger anunciou esta semana o lançamento de seu próximo álbum, Whispers II, para o próximo dia 20 de abril, menos de um ano depois de Whispers, que havia sido lançado em junho do ano passado. Whispers II traz dezoito faixas de composições inéditas, algumas delas em duas versões - normal e acústica. Mas isso ainda não é o mais interessante. Mike Rosenberg abriu mão de todo lucro com o novo álbum e doou o resultado das vendas integralmente à UNICEF para a campanha de combate à fome infantil na Liberia. Esse é o cara!

Travelling Alone é a primeira música divulgada de Whispers II.

Um tiro no coração



O novo álbum A Quien Quiera Escuchar foi lançado há cerca de um mês sem muito estardalhaço. E neste último final de semana Ricky Martin divulgou o vídeo oficial de Disparo al Corazón, com letra em tom confessional e vídeo que celebra a igualdade no casamento.

Aqui va mi confesión
Antes de ti no fui un santo
He pecado, como no...

Sim, Ricky Martin continua sendo um dos homens mais bonitos da atualidade.

domingo, 22 de março de 2015

Maricota


Quando eu percebi que a música era ao vivo já era tarde demais. A recepcionista já tinha laçado o nosso olhar com um sorriso aberto de orelha a orelha, e fazer meia-volta-volver e bater em retirada ficaria muito feio. Procuramos uma mesa o mais afastado possível do burburinho, e acabamos encontrando um canto prosaico que recebia a sombra de uma jabuticabeira carregada de frutos. Dali a cantante - que se esforçava para encarnar um cruzamento de Nara Leão com Joyce - não chegava a incomodar muito.

Mas bastou a comida ser servida para a proximidade com a Natureza passar do céu ao inferno. Todos os mosquitos da margem do Rio Paraíba resolveram que a nossa mesa era realmente o melhor local da região para se estar, a ponto de uma garçonete oferecer uma toalha extra para cobrir as travessas e os pratos da mesa para que conseguíssemos comer sem ficar estapeando a comida. Eu estava só esperando que alguma barata cascuda voasse no meu pescoço para mostrar àquele restaurante o que é um escândalo de proporções bíblicas (e eu, obviamente, passaria a próxima década sem nem passar em frente ao portão, de tanta vergonha).

A conexão de internet parecia movida à lenha. Até os garçons, que recolhem os pedidos por meio de modernos tablets, reclamaram que é difícil enviar o pedido eletronicamente para a cozinha. O nosso pedido, por exemplo, evaporou-se no éter eletrônico e o garçom precisou voltar à mesa e digitar tudo de novo. "Acontece sempre", disse ele, resignado.

Mas, tudo terminou relativamente bem. Ah, estava quase esquecendo de contar que a carne estava dura, e que a conta ficou caríssima. Até agora não entendi de onde vem a reputação deste lugar tão disputado que chega a ter filas na porta. @Maricota, na Freguesia da Escada.

sábado, 21 de março de 2015

Sem nenhuma ginástica mental ou alquimia interpretativa

Nesta semana a ministra do STF Carmem Lúcia jogou uma pá de cal sobre as pretensões de nossos congressistas de definir "família" no Brasil apenas como a união de um homem e uma mulher. A decisão do STF foi assinada no começo do mês e publicada esta semana, em um processo de adoção por um casal homoafetivo em que a ministra atuou como relatora da decisão ao recurso interposto pelo Ministério Público do Paraná. Interessante observar que a ministra Carmem Lúcia não se limitou a conceder a adoção. A decisão publicada no acórdão é bastante didática e deixa bem claro que a Constituição Brasileira nunca deu à entidade "família" qualquer significado ortodoxo, e é possível entender isso "sem nenhuma ginástica mental ou alquimia interpretativa".

Fica claro que a decisão do STF procurou destruir todas as brechas que poderiam permitir qualquer contestação. A decisão menciona inclusive o caso de outros tipos de agrupamentos familiares - como dois homens e uma mulher, por exemplo - excetuando-os desde já da configuração de união estável (um argumento comum dos religiosos conservadores é que a aprovação da união homoafetiva abriria a porteira para o reconhecimento de qualquer outro tipo de agrupamento familiar, até homens com animais).

A mensagem do STF é clara: Este assunto já foi estudado sob todas as suas perspectivas, está decidido, e o Congresso agora deve deixar os homossexuais em paz e começar a tratar de outros assuntos prementes.
"A Constituição Federal não faz a menor diferenciação entre a família formalmente constituída e aquela existente ao rés dos fatos. Como também não distingue entre a família que se forma por sujeitos heteroafetivos e a que se constitui por pessoas de inclinação homoafetiva. Por isso que, sem nenhuma ginástica mental ou alquimia interpretativa, dá para compreender que a nossa Magna Carta não emprestou ao substantivo "família" nenhum significado ortodoxo ou da própria técnica jurídica. Recolheu-o com o sentido coloquial praticamente aberto que sempre portou como realidade do mundo do ser.
Assim como dá para inferir que, quanto maior o número dos espaços doméstica e autonomamente estruturados, maior a possibilidade de efetiva colaboração entre esses núcleos familiares, o Estado e a sociedade, na perspectiva do cumprimento de conjugados deveres que são funções essenciais à plenificação da cidadania, da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho. Isso numa projeção exógena ou extramuros domésticos, porque, endogenamente ou interna corporis, os beneficiários imediatos dessa multiplicação de unidades familiares são os seus originários formadores, parentes e agregados. Incluído nestas duas últimas categorias dos parentes e agregados o contingente das crianças, dos adolescentes e dos idosos. Também eles, crianças, adolescentes e idosos, tanto mais protegidos quanto partícipes dessa vida em comunhão que é, por natureza, a família.
Sabido que lugar de crianças e adolescentes não é propriamente o orfanato, menos ainda a rua, a sarjeta, ou os guetos da prostituição infantil e do consumo de entorpecentes e drogas afins. Tanto quanto o espaço de vida ideal para os idosos não são os albergues ou asilos públicos, muito menos o relento ou os bancos de jardim em que levas e levas de seres humanos abandonados despejam suas últimas sobras de gente. Mas o comunitário ambiente da própria família. Tudo conforme os expressos dizeres dos artigos 227 e 229 da Constituição, este último alusivo às pessoas idosas, e, aquele, pertinente às crianças e aos adolescentes.
Assim interpretando por forma não-reducionista o conceito de família, penso que este STF fará o que lhe compete: manter a Constituição na posse do seu fundamental atributo da coerência, pois o conceito contrário implicaria forçar o nosso Magno Texto a incorrer, ele mesmo, em discurso indisfarçavelmente preconceituoso ou homofóbico. Quando o certo - data vênia de opinião divergente - é extrair do sistema de comandos da Constituição os encadeados juízos que precedentemente verbalizamos, agora arrematados com a proposição de que a isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos somente ganha plenitude de sentido se desembocar no igual direito subjetivo à formação de uma autonomizada família. Entendida esta, no âmbito das duas tipologias de sujeitos jurídicos, como um núcleo doméstico independente de qualquer outro e constituído, em regra, com as mesmas notas factuais da visibilidade, continuidade e durabilidade"
O texto do acórdão pode ser conferido na íntegra aqui.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Litigioso

É admirável a quantidade de histórias cruzadas interessantes que os autores estão empilhando em Babilônia. Só o tempo dirá quais subtramas terão desenvolvimentos mais extensos, mas assistindo ao capítulo de hoje várias possibilidades me passaram pela cabeça. Não li nenhuma sinopse e não sei se é isso o que os autores têm em mente, mas não pude deixar de divagar.

Teresa (Fernanda Montenegro), Vinícius (Thiago Fragoso), Inês (Adriana Esteves), e Paula (Sheron Menezes) são advogados, o que pode demonstrar a intenção dos autores de descrever grandes disputas jurídicas ao longo da trama. Estela (Nathália Timberg) aparenta uma certa fragilidade, o que pode justificar uma doença e morte mais perto do final da novela. Assim os autores fechariam o conflito aparentemente sem solução do sofrimento extremo de Estela que mais cedo ou mais tarde teria que descobrir que a filha Beatriz (Glória Pires) é uma psicopata assassina. O companheirismo e amor de Teresa e Estela durante uma doença terminal poderiam gerar cenas delicadas e comoventes. E o terceiro tempo da novela levaria para o centro da tela as duas maiores atrizes brasileiras do momento no maior embate da trama: o litígio entre Beatriz (Glória Pires) e Teresa (Fernanda Montenegro), quando Beatriz já teria se despido de todos os escrúpulos e mostrado todas as suas garras. Será que viajei muito?

I'm back


Depois de quatro meses preso em uma masmorra escura de um país do Golfo Árabe, sendo sujeitado a toda espécie de infortúnio, inclusive servindo de escravo sexual para um xeique desalmado, finalmente consegui escalar as paredes do palácio, jogar-me ao mar, e nadar até o Brasil. Estou chegando perto da costa e consegui o primeiro sinal de wi-fi para postar este texto. Logo mando mais notícias.