sexta-feira, 9 de julho de 2010

Alma Penada

Eu não gosto de teatro cabeça. Também não gosto muito de peças que dependam muito da imaginação do espectador. Sabia que Bertold Brecht não é de fácil digestão. Mas mesmo assim eu fui ver A Alma Boa de Setsuan. E vivi as duas horas mais longas da minha vida - a ponto de sair do teatro com a sensação de que havia envelhecido durante o espetáculo. A peça parecia interminável.

A história da prostituta chinesa que fica rica com um presente dos deuses e passa ser explorada por todos do vilarejo a ponto de ter que se disfarçar de homem é simpática. O elenco encabeçado por Denise Fraga e Ary França é de primeira. Mas eu realmente não consegui me transportar para a história, e fiquei o tempo todo com a sensação que estava em uma sala escura cheia de gente vendo um monte de outras pessoas tentando ser engraçadas em cima do palco. E parecia interminável.

Perto do final do suplício eu conferi a cara de desânimo do meu amigo que parecia estar sofrendo ainda mais do que eu. Eu já disse que parecia interminável?

A gente é assim mesmo, sempre acha que desta vez vai ser diferente. Quem sabe um dia a gente aprende.

2 comentários:

  1. Olá querido, olha q coincidencia, somos da mesma cidade, somos blogueiros, somos gays hehehh... admiro seus textos. Gostei de Shan-tê! Mas gosto é gosto. Seu blog é um bom "gosto". Parapa'bens!

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  2. Obrigado, Valter, pela visita. Que bom que você gostou da peça. Talvez eu não estivesse em um bom dia - não consegui me deixar "transportar". O elenco é formidável. Eu sou fãzão do Ary França desde que vi Durval Discos e achei muito legal a intervenção dele desde antes de o começo da peça propriamente dita, com o pessoal na fila da entrada.
    Abraço,
    **

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