sábado, 7 de agosto de 2010

Delírio onírico

Desde que vi o trailer pela primeira vez que eu aguardava ansiosamente pelo lançamento de A Origem (The Inception, 2010). E todo mundo sabe que a expectativa alta é o caminho mais curto para a decepção. Não me interpretem mal, eu até que curti o filme bastante. O problema é que o roteiro é tão rocambolesco que a uma determinada altura a gente é obrigado a abrir mão de tentar seguir a lógica da história. Imagine uma história que se passa dentro de um sonho que acontece dentro de outro sonho que acontece dentro de outro sonho, e em cada um destes três níveis de sonhos acontecendo simultaneamente o tempo avança em velocidades diferentes. Ah, e some-se a isto o fato que a realidade dos sonhos não segue as leis da física ou da lógica, muito menos da construção civil. Em resumo, o filme subverte as dimensões do tempo e do espaço sem a menor cerimônia.

Talvez a intenção dos realizadores tenha sido que o filme seja visto como uma obra de arte - para ser admirado mesmo que não seja compreendido. E neste ponto acerta em cheio. É, sem dúvida, um dos maiores espetáculos visuais já mostrados na tela do cinema. As cenas de Paris deixam o espectador perplexo - em uma cena a cidade é dobrada ao meio, em outra é multiplicada por espelhos que criam caminhos infinitos. E perto do final do filme há uma sequência de ação em um hotel em que a gravidade desaparece, com efeito espetacular. O diretor Christopher Nolan descreveu a realização de uma outra cena impressionante gravada em uma rua de Paris, que pode ser vista aqui com os comentários do diretor ou com o som original.

A Origem
se enquadra facilmente naquela categoria "como será que eles conseguiram fazer isso?".

5 comentários:

  1. Oi, Daniel,
    O filme tem um visual bem diferente de Matrix, menos cara de ficção científica. Tudo parece muito real, menos fantasia, acontece em um mundo com elementos que estamos cansados de ver, mas que não obedecem às leis naturais que estamos acostumados. Matrix era mais diferente, mais estranho, menos comum.
    Abraço,

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  2. Entendi o filme de uma maneira bem diferente...

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  3. Vi o trailer há um tempo.
    Achei louco, mas quero ver. Gostei da opinião.

    [j]

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