segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Aparecida - a revanche

O ano de 2010 no cinema nacional decididamente foi de Chico Xavier e do Capitão Nascimento. Como o primeiro era espírita e o segundo muito provavelmente não acreditava em Deus, a igreja católica deve ter se sentido em desvantagem. É aí que entra "Aparecida - o Milagre", o filme de Tizuka Yamazaki. Eu não teria nenhum interesse em conferir o filme se ele não tivesse sido rodado aqui na minha cidade - então acabei movido pela curiosidade.

E o filme é tudo que eu já imaginava: uma canastrice sem fim em uma história piegas feita propositadamente para emocionar sem conseguir. Quando o filme começou eu já tinha a certeza que a última cena seria algo em tom apoteótico com a "Ave Maria de Gounod" ao fundo - pimba!! acertei em cheio.

Eu continuo achando incrível como os católicos costumam atribuir todo grande evento bom a uma interferência divina, um milagre, e não conseguem explicar então porque o tal Criador benevolente tem acessos de fúria e às vezes resolve matar milhares de homens, mulheres e crianças em um tsunami. Também nunca me conseguiriam explicar porque uma santa intercederia para salvar da morte o filho de um rico empresário (a história do filme) enquanto deixa uma criança morrer arrastada por um carro roubado por ladrõezinhos assassinos adolescentes.

Mas ver a minha cidade como cenário de um filme de cinema foi interessante. Se a sua cidade não aparece no filme, então nem perca seu tempo.

7 comentários:

  1. Nessas horas é que eu começo a respeitar os ateus e pensar que fé rima com atraso de vida... céus...

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  2. Sou uma pessoa inteiramente crédula e piamente acredito q esta imbecilidade religiosa de nosso tempos, dignas da idade média, ainda será superada por uma nova idade de luzes ...

    ;-)

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  3. O q mais me espanta é q cineastas do nível de Tizuka se prestem a isto ... o que o dinheiro fácil não faz né?

    bjux

    ;-)

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  4. Eu tenho dito: sou ateu, graças a deus!

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  5. Também nunca entendi, aqueles sobreviventes de catastrofes gritando "foi Deus q me salvou", será que não param para pensar que se ele o salvou, também foi quem matou todos os demais? Ou seja os outros eram todos pecadores que mereciam morrer.. é de um desprezo com o sofrimento alheio incrivel

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  6. EU SINTO VERGONHA ALHEIA PELA DIRETORA DO FILME!

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