terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

É a mãe!

Há muito tempo atrás eu li um texto no blog do Tony Goes que me chamou bastante a atenção e com o qual eu concordo integralmente. O Tony discorria sobre como o movimento pela conquista de direitos pela comunidade GLBT precisava mostrar uma cara mais familiar. Que a adesão por partes mais conservadoras da população aumentaria quando o movimento começasse a mostrar os pais, os avós, os irmãos, os filhos, enfim - as famílias, da população GLBT para reforçar a ideia de que somos pessoas absolutamente normais. Se não me engano, o assunto originou de um comentário sobre como a Parada do Orgulho Gay no Brasil atrai atenção normalmente sobre os gays mais exóticos e fantasiados - reforçando justamente os estereótipos.

É reconfortante ver que nos Estados Unidos o movimento já está nesta fase de os familiares dos gays saírem do armário. Há duas semanas o garotão Zach Wahls apareceu em uma audiência pública no estado de Iowa para defender brilhantemente suas duas mães e a educação que recebeu delas. O discurso de Zach foi tão inspirador que outros familiares resolveram pegar em armas para defender seus entes queridos. Como esta simpática senhora de 80 anos de idade que fez este vídeo para falar do filho, que vive com o parceiro há 30 anos. Ela explica sobre o processo de aceitação que teve que atravessar, que não foi fácil. Ela diz que ama o filho, sente orgulho dele, e exige respeito!

10 comentários:

  1. Infelizmente, pregar para os convertidos acrescenta muito pouco. Precisamos é convener os HTs. Se for com a ajuda deles, melhor ainda.

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  2. É importante ressaltar que eu não estava pregando que todos os gays devem levar vidinhas pacatas e idênticas à dos héteros, com 1.3 filhos e margarina Doriana na mesa.

    Acho que quem quiser ser drag, trans, bicha louca, sei lá, tem todo o direito de ser.

    Mas é importante mostrar que ser gay não é só isto. E que muitos gays contam com o apoio da família, que os ama e apoia. Esses parentes precisam vir em nosso auxilio, para mostrar que não viemos de Marte. É o que esta senhora está fazendo, lindamente.

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  3. cade as legendas, pq gostaria de exibir esse video para professores e pais de homossexuais.

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  4. Que lindo! Lembrei da fala do Harvey Milk dizendo que o preconceito diminui quando os homofóbicos percebem que há muitos gays próximos: amigos familiares, etc

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  5. Esta senhora passa a mensagem de uma forma respeitosa, digna , lúcida e amorosa. Retira do relacionamento homoafetivo o estigma vigente de contravenção. Parabéns a ela e à sua sortuda família.

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  6. Uma amiga abriu um bar para o público LGBT e a presidente dos moradores do bairro, foi logo questionar sobre o bar, público e etc. Ela disse: - Seu bar é familiar?
    E minha amiga: - Claro que sim, afinal gay não nasce de um repolho, todos nós temos familia.

    PS: Pena que nossas familias não freqüente os "nossos bares". E nem deveria, né? Já pensou nossas mães na The Week? Cinemões? Saunas e Parques?

    Pensando bem, a gente não é tão família assim...

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  7. taí uma estratégia de marketing para a causa, tão óbvia, e que é tão pouco explorada. concordo que a Parada reforça estereótipos e pouco traz a mudança que tanto esperamos.
    ótima ideia, muito pratica e com bastante potencial.

    btw, Zach... seu lindinho!

    [j]

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  8. Luciano, lindo isto! Aqui no Brasil tem um movimento com a Edith Modesto que tenta reunir os familíares de pais de homossexuais para conversar, desabafar, entender o filho ou filha lgbt. Mas é uma coisa ainda muito fechada, no anonimato. Dona Edith até já gravou vídeos de apoio ao lado do seu filho, etc. Mas ela mesmo reconhece que é difícil fazer que outros pais e familiares se exponham a favor dos glbts. Por aqui no Brasil vai ser um caminho longo isto ainda!

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Reservo-me o direito de ignorar solenemente alguns comentários.