Dolly darling

Quem não se lembra do episódio de Will & Grace em que Jack finalmente encontra Cher em pessoa em um bar e a trata como se ela fosse um imitador? E ainda por cima a insulta por não conseguir fazer uma imitação tão boa quanto a dele.

Uma situação parecida aconteceu com a cantora Dolly Parton. Ela admitiu recentemente em um programa de TV que foi excluída de um concurso de imitação de Dolly Parton porque os imitadores eram melhores do que a original. Eram todos homens enormes em cima de saltos altíssimos e ela não passava de uma pigmeia perto deles. Quando a repórter mostra a ela 4 fotografias para ela dizer quem é ela e quem são imitadores, Dolly Parton só consegue acertar porque diz que se reconheceu pela roupa!

Dolly adora os gays e é adorada por eles. Pelos meus cálculos ela tem atualmente algo entre 115 e 120 anos, mas está mais esticada que couro de tamborim, com uma carinha de 14 e com lábios de Angelina Jolie. E os concursos americanos de drags personificando celebridades estão sempre cheios de Dollys. Junto de Elvis, Gloria Estefan, Michal Jackson e Cher, talvez seja uma das cantoras mais personificadas.

A desbocada Dolly Parton adora muito tudo isto. Ela é autora da música tema do filme Transamérica (que recebeu indicação ao Oscar de melhor música), autora de I Will Always Love You (que gravou em 1974, bem antes de Whitney Houston estourar em O Guarda-Costas), e continua ferrenha defensora dos direitos dos gays, como mostra nesta entrevista recente a Larry King.