Há muito tempo atrás, quando a Vera Fisher ainda era referência de mulher gostosa e desejável, alguém escreveu que se um homem se visse em uma ilha deserta sozinho com a Vera Fisher provavelmente morreria de aflição em poucas semanas. Ficar toda noite com a Vera Fisher seria ótimo, o problema era não ter para quem contar.
Somos assim. Temos uma necessidade quase aflitiva de compartilhar nossas glórias e conquistas. Felizmente, as modernas traquitanas eletrônicas, elevadas à posição de símbolos de status, já vêem programadas para espalhar a novidade. Ou você nunca recebeu uma mensagem que termina com "@sent from my Blackberry"? É claro que é possível desabilitar esta mensagem cafona, mas daí ninguém vai ficar sabendo que o remetente é o feliz possuidor de uma das sensações do momento.
No ano passado eu fiz parte por algum tempo de um grupo de discussões na internet. A maioria das mensagem vinha com rótulos "@enviado do meu iPad" ou "@sent from my Android", coisas assim. Para entrar na brincadeira comecei a adicionar às minhas mensagens rótulos do tipo "@enviado do meu secador de cabelos", "@sent from my electric iron" ou "@enviado da minha cafeteira".
Diverti-me sozinho só de imaginar a cara de quem estava lendo aquilo, até que um dia recebi um e-mail sério perguntando "Sua cafeteira manda e-mails mesmo?" Não me contive. Respondi "Além de fazer café, minha cafeteira manda e-mails, toca mp3, cerze, cose, hachura, e prega botões.". Nunca mais recebi resposta nenhuma.
Isto me fez lembrar uma das coisas mais horrendas que já vi na minha vida. Na Arábia Saudita, em uma loja, em cima de uma banco, estava um ventilador que terminava em um receptáculo de plástico transparente usado como vaso de flores e no corpo tinha um dial de rádio AM e lâmpadas para funcionar como lanterna na falta de luz. Eu juro.
Adoro esses momentos, adoro!
ResponderExcluirTenho pena dessa geração perdida... não te responderam por não saberem o que é coser, cerzir, hachurar, nem terem afinidade com o Sr. Aurélio, um senhor austero e solitário que vive pelas prateleiras de centenas de bibliotecas públicas do país... Pior que isso: nem perceberam sua ironia por também não saberem o que é uma ironia, sutileza então 'num rola' sem os prefixos @ ou # na frente...
ResponderExcluirHahahahahahah pois é, esses tempos muódernos...
ResponderExcluirEu sou das antigas tenho 39 anos.
ResponderExcluirAliás algúém se lambra da CB Casas da Banha, não sei pelo resto do País tinha este supermercado, o dos porquinhos TCHÁ, TCHÁ, TCHÁ musiquinha!!!!
Concordo com vc em grau, número e gênero.
ResponderExcluirAbs Kleber
@enviado pelo meu pombo correio
pois é, "cerze, cose, hachura" são verbos que eu não lia há muito tempo.
ResponderExcluirhehehehe
ResponderExcluirmuito bom, ri alto aqui com o "cerze, cose, hachura"!!!
além de ficar até com um pouco de inveja da nimbus T3000 hehehehehehe
abraços!
Huahuahua...
ResponderExcluirPois eu mal consigo enviar coisas do meu PC, imagine de outros equipamentos? Sou proprietário de cada carroça... rs
Abraços!
@enviado da minha tartaruga!
Desculpa Luciano mas o verbo correto é chulear(Pontear ou coser a ponto ligeiro a orla de um pano, para que este não se desfie). Não conheço "hachura". Meu pai foi alfaiate aí eu convivi com estes termos boa parte da minha vida...rsr.
ResponderExcluir@Paulo:
ResponderExcluirSão duas coisas diferentes. Existe 'chulear' e 'hachurar'. Hachurar é preencher desenho com efeito de sombra normalmente por meio de vários traços paralelos muito finos.
Abraço,
**
Cerzir nossa é tão antigo, e é muito difícil fazer isso, trabalho manual e com agulha.
ResponderExcluirValeu Luciano pela explicação, não sabia do hachurar. Só conheci o chulear que era mais usado por papai nos trajes masculinos que fazia. Abraço!
ResponderExcluirlembrei de vc ao ler essa reportagem hoje.
ResponderExcluirhttp://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/google_apresenta_sistema_que_integra_android_aos_eletrodomesticos
Olha, não vai demorar mto pra sua cafeteira mandar email.