Esta versão americana de Os Homens Que Não Amavam As Mulheres (The Girl With The Dragon Tatoo, 2012) consegue ser tão boa quanto a versão sueca. Impossível ficar comparando porque a tendência é, obviamente, gostar mais da primeira versão que se vê - da segunda vez muito do impacto é perdido pela antecipação. Lembro-me bem do quanto me impactou o desempenho de Noomi Rapace (que também pode ser vista no papel da cigana Sinza Heron na nova versão de Sherlock Holmes que está em cartaz). Rooney Mara, que faz a Lisbeth na versão americana, é igualmente boa, mas eu já sabia o que esperar e não fiquei tão impressionado quanto da primeira vez. Noomi Rapace me convenceu mais como a fodona fragilizada por abusos do passado.
Os títulos, tanto em português quanto em inglês, ficam devendo. O autor Stieg Larsson, que era traumatizado por ter presenciado um estupro na adolescência, escreveu um livro que é uma denúncia bastante clara da misoginia nas famílias e na sociedade. O título original sueco Homens Que Odeiam Mulheres encaixa feito uma luva neste libelo contra a misoginia. Em inglês optaram por um nome mais comercial e desapareceram com a denúncia do título. Em português erraram menos, mas "não amar" não é sinônimo de "odiar", e o significado pretendido acabou se perdendo - muita gente acha que o filme é sobre um grupo de homossexuais.
Não é fácil para um filme de 2 horas e 40 minutos de duração ser tão empolgante do começo ao fim, mas esta tarefa é conseguida com facilidade. Principalmente porque o filme começa como duas histórias aparentemente sem conexão que acabam se fundindo lá pelo meio quando os dois personagens principais já provaram a que vieram. E mostra uma das mais horripilantes famílias ricas de toda a história. Perto dos Vanger qualquer outra família é uma bênção.
Os Homens Que Não Amavam As Mulheres é diversão de primeira qualidade. Agora estou ainda mais ansioso para ver os outros dois filmes que fecham a trilogia. Vou procurar as versões suecas, que já estão disponíveis desde 2010 e que têm a melhor versão da heroína na minha opinião. Mesmo porque a versão americana do segundo livro não deve ser lançada antes de 2013.
Luciano, unrelated, mas em um forum que eu participo indicaram esse texto horripilante e estarrecedor.
ResponderExcluirhttp://www.rollingstone.com/politics/news/one-towns-war-on-gay-teens-20120202
Me deu arrepios. Mas de qualquer modo recomendo a leitura. Sinto mto ódio da humanidade neste exato momento.
Eu fui assistir sem ver o sueco nem ler o livro, e achei o máximo! Mesmo!
ResponderExcluirMas creio que realmente perca muito do impacto se você já conhece a história.
Luciano, aqui tem a trilogia completa (sueca) para download
ResponderExcluirhttp://filmeshunter.com/drama/trilogia-millennium/
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Sou apaixonada por essa saga, li os livros, vi os filmes ... E a versão americana deixou um pouco a desejar sim,não pelos atores, mas por ter "desviado" um pouco da história. E acredito que se forem fazer a continuação da saga, vão ter que [correr] muito para encaixar o que ficou faltando no primeiro. Por exemplo, falaram pouquíssimo do pai da Lisbeth, da mãe ... Da história da Lisbeth. Mas enfim, o filme não é tão péssimo quando dizem. Deixou a desejar quanto a história dos livros, nada mais.
luciano, eu já tinha lido os três livros quando vi a versão sueca do primeiro e depois a americana. ou seja, não tive impacto em nenhum dos dois pois já conheço a história.
ResponderExcluirconfesso que gostei muito mais da americana. o clima é mais tenso, como o livro e a trilha sonora melhor. além disso, a nova lisbeth me passou mais sofrimento que a sueca.
agora vou ver os dois outros suecos também e esperar pelas novas versões de david fincher.