segunda-feira, 16 de abril de 2012

Nada haver

Existe uma ideia generalizada por aí que o brasileiro está escrevendo cada vez mais errado. Eu discordo. O caso é mais simples: o brasileiro está cada vez escrevendo mais. Ponto. E isto é bom.

Até bem pouco tempo a necessidade de redigir era rara, mas aí veio a Internet trazendo o e-mail e as redes sociais e de repente todo mundo precisa escrever. E nesta nova realidade surgiu um novo fenômeno: o bullying ortográfico. A atitude do tipo que não perde uma oportunidade de lançar uma grosseria em cima de alguém que cometeu um erro. Ou de pegar o erro de alguém famoso e repeti-lo com fins de humor (daqui dois anos, quando todo mundo tiver esquecido a piada, o texto vai simplesmente ser um texto errado). 

A língua portuguesa é muito complexa e eu prefiro pensar que estamos todos em constante aprendizado. Gosto quando me apontam os erros que eu cometo, e procuro ensinar quando tenho a oportunidade. Mas é importante não esquecer a educação. Bullying, não!

10 comentários:

  1. Um bando de gente caçoando de português de atendente de lanchonete.

    Se alguém precisa disso para se sentir melhor... pohãn...

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  2. Que ótimo, Luciano!

    Amo nossa língua, sempre tive excelentes notas no período escolar. Amo ler, mas, ainda assim, apoio totalmente a ideia que a nossa língua não é fácil.

    Além do que não basta escrever corretamente, é preciso saber exprimir ideias que apoiem a coletividade e auxiliem a humanidade a evoluir para o melhor.

    Abração, Tatá

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  3. Eu sofro muito bulling ortográfico, falam que uma mulher inteligente não cometeria erros de português, snif.

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  4. Eu já cometi o "nada haver", fiquei em dúvida com a expressão correta, que por sinal acho extremamente coloquial, no entanto acreditei que "nada haver" era sinônimo de "nada existe".

    FOFO! FOFO! FOFO! FOFO! FOFO! Nenhuma outra palavra em português define melhor o Luciano.

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  5. Luciano, eu gostei. Não achei que foi bulling!.

    O meu problema até pouco tempo atrás era com o ''a partir'', eu escrevia sempre junto. Uma das minhas professoras na universidade que veio me explicar que ''apartir'' junto não existe, é sempre separado - ''a partir''.

    kiss, my sweetheart.

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  6. As redes sociais nos mostram o quanto as pessoas podem ser chatas ou escrotas. No Facebook, por exemplo, não temos somente o bullying ortográfico de gente que se acha melhor que os outros por ficar caçando erros ou publicando "imagens engraçadas" com erros de ortografia. Outra coisa que eu acho bem desagradável é o bullying social (imagens do tipo "pérolas do Orkut") e ainda temos o bullying estético que visa ridicularizar pessoas pobres e feias. O mais ridículo disso é que quem compartilha e acha graça desse tipo de coisa, e até os "pasquales" mesmo é exatamente o povo que é pobre, que não é bonito e que também mal sabe escrever!

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  7. Pronto, tucanaram o analfabetismo funcional. E a patuleia tosca comemora. Vamo iscreve errado meu povo!

    Aposto que vc foi um dos que caçoaram quando a Carla Perez falou "i" de ESCOLA. Tenho certeza.

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  8. Acho que a qualidade deve sempre se sobrepor à quantidade... Esse é o mal da internet e das redes sociais: A institucionalização da ignorância. O que, aliás, já vem sendo feito de há muito por instituições como a igreja e o casseta & planeta!

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