quinta-feira, 26 de julho de 2012

A ladeira da memória


Estou colocando as malas no carro para uma viagem de três dias à minha cidade natal. Na verdade, uma viagem pela ladeira da memória. Pretendo rever alguns colegas que vi pela última vez há mais de quarenta anos e cujo contato retomei graças ao facebook.

Para muitos, a última memória é a desta foto. Eu sou o menino em pé, usando uma japona escura e com o braço esquerdo apoiado sobre o pulso da mão direita. Agachado bem à minha frente está o Ditinho. Eu olho para estes rostinhos e fico imaginando quanta água passou por debaixo da ponte durante todo este tempo - casamentos, filhos, separações, doenças, alegrias, tristezas, morte, angústias, medos, incertezas, depressões, felicidade. Naquela época estas palavras ainda não faziam parte importante do nosso vocabulário.

10 comentários:

  1. Pois é Luciano, desde pequeno querendo se diferenciar dos outros né? (é o + elegante da turma).

    Boa viagem, boa sorte no reencontro!

    Abraços!

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  2. Já era chique desde criança pequena...

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  3. Sugerindo você pode aproveitar e fazer aquela visita à babá que vc mencionou a uns meses. E pro ditinho, faça alguma coisa que vocês gostavam de fazer juntos... ele iria gostar.
    Bom regresso à terrinha.
    Beijos

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  4. Putz q resgate fantástico este eim? Vá e aproveite ... seja bem vindo às Minas Gerais ... vc é daqui mesmo né? ou isto é um devaneio meu? rs

    bjão

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  5. com o termo "JAPONA" vc se entregou! HAHAHA!

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  6. @Paulo:
    Sou nascido e criado nas Minas Gerais. Com muito orgulho!
    Abraço,
    **

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  7. @Paul Belem:
    Usei "japona" de propósito - faz parte deste passado que eu estou revisitando. Diretamente do tempo das blusas de gola olímpica... Ôôôô saudade...
    Abraço,
    **

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  8. @Margot:
    Está tudo no programa... Depois te conto.
    Abraço,
    **

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  9. Seu texto sobre o Ditinho me faz chorar toda vez que releio.

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  10. A propósito dos bons tempos e longe de mim a soberba, não é meu estilo, mas o Estadão, um órgão respeitável, noticiou hoje que o pop está muito barulhento, mas tudo igual. Cientistas analisaram com complexos algoritmos o pop entre 1955 e 2010 e constataram 'evidências de progressiva homogeneização do discurso musical' e que a 'diversidade de transições entre as combinações de notas... acordes+melodias... ' diminuiu consistentemente.
    Felizes essas crianças que ainda podiam ouvir alguma música!

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