Tem gente que quando está precisando de consolo espiritual procura uma igreja. Eu sou do tipo que procura um café. Adoro tomar um café bom em um lugar gostoso com bom serviço. Recalibro minha alma, acalmo meu espírito - o tempo para. É o meu templo.
É difícil entender como existem tão poucos lugares bons para se tomar café em um país como o Brasil. Talvez nem todo mundo consiga entender o ritual envolvido no processo e todos os pequenos detalhes indispensáveis. Hoje fui conhecer o Grão Espresso e deparei com o primeiro grande erro ao me acomodar na cadeira e ser saudado com um "tem que fazer o pedido no caixa!". Fazer o cliente se levantar a cada vez que precisar de um copo d'água ou quiser mais um pão de queijo é um verdadeiro pecado. Têm um café passável, mas não entendem nada da liturgia de como servi-lo.
O melhor café que já tomei no Brasil é o da marca Fazenda Pessegueiro, atualmente servido no Havanna. É incomparável no aroma e no sabor. Também gosto do Nespresso que é servido no Brou'nē (franquia de Campinas que começa a se espalhar pela região sudeste) e do café illy que aqui em São José dos Campos é servido no café da livraria MaxSigma. São do tipo que se toma rezando.
Há duas semanas em Buenos Aires fui conhecer o famoso Starbucks que se espalhou por toda a cidade no último ano mais rápido do que notícia ruim. Está em quase toda esquina da cidade. Não será surpresa se os centenários Café Tortoni ou Café La Junta virarem Starbucks nos próximos meses. O Starbucks tem um café delicioso, mas peca pela infalível eficiência americana. É tudo na base do self-service (que não combina com café) e não usa xícaras de louça mas copos de papel encerado - um sacrilégio suficiente para condenar direto ao inferno. Café tem muito mais a ver com a relativa desorganização dos franceses e dos italianos do que com a inabalável eficiência dos americanos.
Melhor café que existe na minha opinião são os da Floresta. Na minha casa não entra mais nenhuma outra marca de café. O de aroma de amendoas torradas dá de 10 em qualquer um desses que vc citou. Experimente.
ResponderExcluirTodo mundo adora um paparico. Fazer o pedido no caixa tem muito a ver com corte de custos (salário das pessoas que servem) e volume de clientes (cafeterias muito movimentadas geralmente optam por pagamento no caixa para ter controle mais fácil de quem pagou). Ainda existem nos Estados Unidos cafeterias em que você é atendido à mesa, e os tradicionais diners americanos - que servem café da manhã e refeições - têm serviço à la carte...
ResponderExcluirOs tempos mudaram. Tenho pena das futuras gerações (só que não).
ResponderExcluirVem pra Porto, aqui tenho a impressão de ter um café para cada cidadão, e por pode até parecer que quantidade não gera qualidade, mas nesse caso, temos sorte.
ResponderExcluirNo Mercado Público mesmo tem o Café do Mercado que, além de moido na hora, o serviço é impecável, e cedo da manhã despertar com esse cheiro, não tem preço.
argentina combina com havanna, não com starbucks.
ResponderExcluireu tomo muito pouco café. acho que uma xícara por mês... rs
Luciano, eu sou do tipo que não dispensa um cafezinho após o almoço ou no meio da tarde para dar aquela expairecida. Ja provei quase todos daqui de SJC. Gosto muito do Kopenhague e recentemente, depois de sua indicação, fui conhecer o café da Maxsigma. Muito bom mesmo, embora precise passar pelo caixa antes. Abraços.
ResponderExcluirAh vocês estão muito chiques, eu prefiro mesmo o bom e velho cafezinho coado no saco como antigamente, eu faço assim em casa.Odeio café de cafeteira elétrica não tem gosto de nada!!! Artificial.
ResponderExcluirNão me incomodo em buscar meu café no balcão.
ResponderExcluirAqui em SP a onda de cafés gourmets foi inaugurada pelo Suplicy em 2003. Lá não existem garçons: você pede no caixa e retira o pedido ao lado. E é um dos lugares mais civilizados e agradáveis da cidade.
ESSE DA FOTO É UM DESLUMBRE!
ResponderExcluirSeus cafés me enchem a boca d'agua. Por sorte vivo numa região produtora..mas pobre em cafeterias...
ResponderExcluirCafé em copos descartáveis.... nem pensando.
abraços