Magic Mike

Eu não tinha entendido porquê Magic Mike fez uma carreira tão curta nos cinemas americanos e porquê não causou o estardalhaço que anunciava. Menos de meia hora de filme já é suficiente para se entender a razão: falta tesão.

Magic Mike reúne os homens mais gostosos do planeta na atualidade mas cria um clima comparável a ver o irmão tomando banho - pode parecer erótico quando a gente conta, mas na realidade tem gosto de chuchu. Todo mundo é muito fofo, todo mundo é bonzinho, todo mundo é uma graça, e até o cara que aparece com uns capangas para cobrar dívida de um traficante pede desculpas. Como se isto não bastasse o filme tem um descolorido cansativo que dá a impressão de estar sendo assistido no Instagram.

Não é um desastre total. É até divertidinho embora fique bem chatinho no meio, e depois rume para um final edificante. Alguns dos números dos gogo boys são criativos e Channing Tatum dança bem pra cacete além de ter um rostinho para o qual dá pra se ficar olhando horas a fio sem que ele precisasse fazer nada para agradar.

Surpreendentemente, o personagem que mais me agradou foi o de uma mulher, feito pela Cody Horn. No filme ela é Brooke, a irmã do Adam (feito pelo gatinho Alex Pettyfer), e é a única personagem adulta no meio de um bando de marmanjos com complexo de Peter Pan.