quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Momentum tum tum...

No final do ano passado escrevi aqui sobre o momentum que a luta LGBT adquiriu nos últimos meses. A sensação é que não dá mais para segurar. Nos Estados Unidos, onde a Suprema Corte está prestes a dar a palavra final sobre dois aspectos importantíssimos do reconhecimento do casamento igualitário em nível federal, vários estados começam a correr para não ser o último a reconhecer os casamentos gays. De repente, muita gente está começando a perceber o preço que se paga em ficar do lado errado da História.

Reino Unido e França atravessam momentos importantíssimos. O próprio Vaticano, sempre renitente em assuntos desta natureza, começa a desmoronar. As declarações do Ministro para a Família, suavizadas através de um comunicado emitido em seguida, são mostras de desentendimentos internos. Em outras palavras, o Vaticano está encurralado.

O Oriente também não está parado. Embora recebamos menos notícias do lado de lá, a rede de televisão Al Jazeera (que tem sede em Doha, no Qatar, um país árabe, pasme!!) apresentou hoje um programa bastante completo sobre as conquistas LGBT nos países do Oriente.

Não dá mais pra segurar. A barragem rompeu!

3 comentários:

  1. Quem imaginaria há dez anos um cenário desses...
    Eu vejo essas notícias e me pego pensando na rapidez com que as coisas estão mudando.
    Há alguns anos, aqui no Rio Grande do Sul aconteceu algo inusitado e bastande desagradável, talvez até você tenha visto Luciano, pois repercutiu nacionalmente. Um ativista conhecido aqui como 'Capitão Gay' se infiltrou no desfile de cavalarianos em pleno 20 de setembro (dia do gaúcho - data mais importante e festejada pelos tradicionalistas, pois relembra a revolução farroupilha) e quando passou em frente ao palanque das autoridades empunhou uma bandeira do arco-íris e bradou, entre outras palavras, "essa é a bandeira da verdadeira revolução". A reação foi imediata, ele apanhou de rebenque dos outros cavalarianos ali mesmo em cima do cavalo. Tudo isso ao som de vaias e insultos de todos os tipos. Eu não lembro mais o que ele falou, mas essas palavras, exatamente essas palavras, nunca me saíram na memória. Eu era gurizão e lembro do que eu senti na época. Um misto de medo, vergonha e culpa, como se tivesse sido comigo. Parecia tão absurdo, tão utópico aquele ato e no entanto sempre me vem essa lembrança quando testemunho conquistas recentes como a votação sobre o csamento igualitário no Parlamento Britânico nesta semana.
    Pois é. O mundo está mudando!
    E viva a revolução!!!
    Abraço!
    Ricardo E.

    ResponderExcluir

Reservo-me o direito de ignorar solenemente alguns comentários.