Desde quando tomei conhecimento há mais de um ano que estavam refilmando Carrie, a Estranha que fiquei ansioso. Fariam justiça com este clássico do cinema de horror lançado em 1976 com direção de Brian de Palma, roteiro baseado no livro de Stephen King, e com elenco impecável que trazia Sissy Spacek e Piper Laurie (que foram indicadas para Oscars de melhor atriz e melhor atriz coadjuvante), Amy Irving, e até John Travolta novinho em início de carreira? Com um grande alívio, a resposta é sim. E em alguns aspectos este remake consegue superar o original.
O filme de 1976 sempre foi um dos meus filmes favoritos de horror. Vi várias vezes no cinema, comprei o VHS, e li o livro na época. A história da garota diferente vitimizada pelo bullying cruel na escola e que se vinga de todos em uma cena apoteótica durante a formatura da turma é de fácil identificação. Quem nunca sentiu vontade de torcer uns pescoços por aí só com a força do pensamento?
Esta versão atual é bastante fiel à versão original. A maior diferença é apenas uma cena extra que constitui o prólogo do filme e mostra o nascimento de Carrie e que não existia na versão original. A história foi modernizada onde possível (as ferramentas do bullying de hoje - especialmente a disseminação de vídeos pelas redes sociais - são mais cruéis e foram transpostas para o filme), mas segue o original quase à risca.
O grande trunfo está no par de atrizes principais. Piper Laurie teve desempenho digno de Oscar em 1976, mas a mãe fanática religiosa feita por Julianne Moore é absolutamente apavorante e real. Coincidência ou não, lembra muito a Shirley Phelps Roper, fanática religiosa da Westboro Baptist Church, que vive de atormentar os gays e todo mundo que quer ter uma vida normal. Julianne Moore está assustadoramente ótima e apavorantemente perfeita no papel.
Ponto também para Chloë Grace Moretz, que já arrebentou a sapucaia em Deixe-me Entrar e A Invenção de Hugo Cabret - entre outros, e que aos 16 anos é uma das atrizes mais promissoras de sua geração. Sissy Spacek tinha 27 anos de idade quando interpretou Carrie e conseguiu passar a ilusão de ser uma adolescente, mas Chloë Grace Moretz obviamente tem o olhar, o rosto, e o físico muito mais apropriados para o papel sem precisar de nenhum artifício para aparentar menos idade.
Hoje eu provavelmente vou precisar dormir com a luz acesa.
Uma mãe ou qualquer pessoa que se conviva com alto fanatismo religioso ou qualquer outra coisa e uma pessoa por não se encaixar no ditos padrões da sociedade e perseguida e mal tratada por todos não poderia dar coisa boa mesmo, muita pena desta garota, não vi o original e quanto ao filme não sei se verei, dá uma aflição este tipo de filme, sou muito fã não.
ResponderExcluirFico feliz de saber que o filme é tão bom - as refilmagens são sempre lamentáveis - e assim me sinto liberado de ter de ve-lo para ter uma opinião.
ResponderExcluirPassar muito bem, Senhorita Carrie.
Saca o vídeo como é lindo!
ResponderExcluirhttp://gnt.globo.com/chegadasepartidas/videos/_2984392.shtml
Se não estou enganado, assisti 03 vezes no antigo Cine Palácio, aí em SJC. Foi um dos melhores filmes de suspense/terror , e além de tudo com a interpretação impecável das atrizes (mãe e filha).
ResponderExcluirOutra obra do autor que virou filme, e também é muito interessante é " Cristine, o carro assassino", meio trash, mas que assustava muito.