O caldo entornou ontem em Império com a descoberta por Enrico (Joaquim Lopes) que o pai é gay. Você viu?
terça-feira, 23 de setembro de 2014
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Until we could
O poeta americano Richard Blanco (eu já havia falado dele aqui) compôs este poema lindo em comemoração aos dez anos da chegada do casamento igualitário aos Estados Unidos. Muito bom poder começar a primavera sendo tocado por um texto tão intenso e tão cheio de significado, que ganhou este vídeo lindo aí em cima.
Richard Blanco
‘Until We Could,’ 2014
I knew it then, in that room where we found
for the first time our eyes, and everything—
even the din and smoke of the city around us—
disappeared, leaving us alone as if we stood
the last two in the world left capable of love,
or as if two mirrors face-to-face with no end
to the light our eyes could bend into infinity.
I knew since I knew you—but we couldn’t...
I caught the sunlight pining through the shears,
traveling millions of dark miles simply to graze
your skin as I did that first dawn I studied you
sleeping beside me: Yes, I counted your eyelashes,
read your dreams like butterflies flitting underneath
your eyelids, ready to flutter into the room. Yes,
I praised you like a majestic creature my god forgot
to create, till that morning of you suddenly tamed
in my arms, first for me to see, name you mine.
Yes to the rise and fall of your body breathing,
your every exhale a breath I took in as my own
wanting to keep even the air between us as one.
Yes to all of you. Yes I knew, but still we couldn’t...
I taught you how to dance Salsa by looking
into my Caribbean eyes, you learned to speak
in my tongue, while teaching me how to catch
a snowflake in my palms and love the grey
clouds of your grey hometown. Our years began
collecting in glossy photos time-lining our lives
across shelves and walls glancing back at us:
Us embracing in some sunset, more captivated
by each other than the sky brushed plum and rose.
Us claiming some mountain that didn’t matter
as much our climbing it, together. Us leaning
against columns of ruins as ancient as our love
was new, or leaning into our dreams at a table
flickering candlelight in our full-mooned eyes.
I knew me as much as us, and yet we couldn’t....
Though I forgave your blue eyes turning green
each time you lied, but kept believing you, though
we learned to say good morning after long nights
of silence in the same bed, though every door slam
taught me to hold on by letting us go, and saying
you’re right became as true as saying I’m right,
till there was nothing a long walk couldn’t resolve:
holding hands and hope under the street lights
lustering like a string of pearls guiding us home,
or a stroll along the beach with our dog, the sea
washed out by our smiles, our laughter roaring
louder than the waves, though we understood
our love was the same as our parents, though
we dared to tell them so, and they understood.
Though we knew, we couldn’t—no one could.
When the fiery kick lines and fires were set for us
by our founding mother-fathers at Stonewall,
we first spoke defiance. When we paraded glitter,
leather, and rainbows made human, our word
became pride down every city street, saying:
Just let us be. But that wasn’t enough. Parades
became rallies—bold words on signs and mouths
until a man claimed freedom as another word
for marriage and he said: Let us in, we said: love
is love, proclaimed it into all eyes that would
listen at every door that would open, until noes
and maybes turned into yeses, town by town,
city by city, state by state, understanding us
and the woman who dared say enough until
the gravel struck into law what we always knew:
Love is the right to say: I do and I do and I do...
and I do want us to see every tulip we’ve planted
come up spring after spring, a hundred more years
of dinners cooked over a shared glass of wine, and
a thousand more movies in bed. I do until our eyes
become voices speaking without speaking, until
like a cloud meshed into a cloud, there’s no more
you, me—our names useless. I do want you to be
the last face I see—your breath my last breath,
I do, I do and will and will for those who still can’t
vow it yet, but know love’s exact reason as much
as they know how a sail keeps the wind without
breaking, or how roots dig a way into the earth,
or how the stars open their eyes to the night, or
how a vine becomes one with the wall it loves, or
how, when I hold you, you are rain in my hands.
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Barbra Streisand - Partners
Não é o primeiro disco de duetos que a Barbra Streisand faz, e seis das músicas deste álbum já apareceram em trabalhos anteriores, algumas interpretadas com parcerias diferentes (como What Kind Of Fool que ficou famosa na parceria original com Barry Gibb e aqui rendeu um dueto tocante com John Legend). Mas isso não tira o brilho do lançamento.
People vai pegar muita gente de surpresa - a parceria com Stevie Wonder resultou lindíssima e carrega a mensagem que permeia o álbum de colaborações ("people who need people are the luckiest people in the world"). O dueto póstumo com Elvis Presley em Love Me Tender certamente vai arrancar alguns suspiros. E a parceria com Babyface em Evergreen resultou ainda melhor do que eu estava esperando - e olha que a expectativa era alta. O encontro com Billy Joel em New York State of Mind também é uma grata surpresa.
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
E viveram felizes para sempre...
O carioca Henrique Mollica se casou legalmente com Giulio Durini di Monza há cerca de um mês. Giulio Durini é da família real italiana e detém os títulos de príncipe, marquês, barão e conde - que agora compartilha com o maridão brasileiro.
Se você ainda não encontrou seu príncipe encantado, não desanime. Mas tome muito cuidado com as bruxas e as maçãs envenenadas pelo caminho.
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Telefone esperto
E a Apple apresentou hoje o aguardado iPhone 6. Em duas palavras: não impressionou.
Adoro os produtos da Apple, acho o iPod uma das melhores invenções do mundo, o meu smartphone é um iPhone, mas...
Depois dos últimos lançamentos em dispositivos móveis da Samsung, Sony, e LG na Feira de Berlim na semana passada, a gente percebe a falta que faz Steve Jobs. A Apple, que revolucionou o mundo dos smartphones com o iPhone em 2007 e determinou a cara que todo celular teria dali para a frente, foi atropelada e hoje está dois ou três anos atrás da concorrência.
O iPhone 6 tem melhor câmera, melhor processador, e melhor tela que os iPhones anteriores, mas estas melhorias são naturais e esperadas em todo lançamento. A maior novidade do novo iPhone é o tamanho grande (com telas de 4,7 e 5,5 polegadas) mas a concorrência já faz telas destes tamanhos há alguns anos, tendo inclusivo sido alvo de piadas por parte da Apple que achava que as telas grandes não teriam aceitação do público. Tiveram que baixar a cabeça e copiar a concorrência.
Quantidade de megapixels não é sinônimo de qualidade, mas é sinônimo de tamanho - o que é extremamente importante em câmeras de smartphones que, via de regra, não têm muito zoom óptico pela própria limitação do espaço. A Apple anuncia com estardalhaço que a câmera do iPhone 6 passou para 8 megapixels - ora, a Sony já está em 20,5 megapixels, o Samsung K zoom tem 20 Mpixels e o Galaxy S5 tem 16 MP.
Apple Pay? Talvez pegue, talvez não, mas para os brasileiros não vai ter nenhuma grande utilidade nos próximos dois anos - quando você já estará pensando em trocar de telefone de novo.
Apple Watch? Ficou completamente apagado perto do Samsung Gear, que já está no mercado desde o ano passado e portanto já passou por grandes melhorias. O modelo da Samsung lançado na semana passada (o Gear S), por exemplo, já é a segunda geração e funciona com chip próprio e não depende do telefone - você pode sair de casa só com ele, sem o telefone, e receber e fazer chamadas.
E, por fim, a Apple está pouco ligando para o Brasil. Ninguém sabe quando o iPhone 6 chegará por aqui. Já o presidente da Samsung anunciou que o Brasil é prioridade para a empresa e o Galaxy Note 4 anunciado na semana passada estará à venda no Brasil em outubro - o Brasil integra o primeiro lote mundial de vendas. Ah, e a Siri da Apple ainda não fala ou entende português. Já a S Voice do Samsung entende perfeitamente recados de voz como "ligar para Marcela no celular", "programar despertador para as 6 horas da manhã", "abrir facebook", ou "ligar para 9966-8485" (falar com o telefone nunca é muito normal, mas quando se está dirigindo é, literalmente, uma mão na roda!).
Quem tem contato com a funcionalidade multitarefa em tela dividida da linha Samsung Galaxy Note ou com a luminosidade das telas Amoled fica se questionando: por que a Apple não faz assim?
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Vivian Boyack e Alice Dubes
Já lhe aconteceu de estar lendo as notícias do jornal despretensiosamente, e de repente deparar com algo que lhe reforça a crença no amor e na cumplicidade que duas pessoas podem desenvolver no decorrer de uma vida conjunta? E, assim de repente, no meio de uma tarde ensolarada, ficar com os olhos marejados...
Aconteceu comigo agora lendo esta história linda destas duas mulheres que resolveram se casar depois de mais de 70 anos juntas.