Ontem eu voltei a ser menino de novo pelas quase duas horas de duração de As Aventuras de Tintim (The Adventures of Tintin, 2012). A história não demora muito para carregar a gente para dentro da aventura frenética, e mesmo o tom juvenil não deixa o filme desinteressante para os adultos. Principalmente para aqueles que ainda têm as aventuras de Tintim bem vivas na memória afetiva.
Confesso que demorei alguns minutos para me desgrudar da técnica. Fiquei assim meio pasmo com a perfeição da animação, passeando os olhos por todos os cantos de cada cena e maravilhado com os mais pequenos detalhes. Se as técnicas de animação com as quais estávamos acostumados nos colocavam diante de um quadro, pode-se dizer que agora somos colocados na frente de uma janela. Na maior parte das cenas é difícil discernir o que é real e o que é desenho. E o 3D (que nas produções popularescas não passa de uma desculpa para fazer coisas voarem da tela em direção à sua testa) é usado de forma eficiente para dar profundidade às cenas e aperfeiçoar a sensação de tridimensionalidade. Aliás, não deveria ser este o grande propósito desta técnica?
A petizada vai, seguramente, embarcar na história desde o primeiro segundo. Tintim é cativante e inspirador. Sempre inteligente, sempre disposto, sempre tem uma solução, nunca cansa ou esmorece. O lado escuro da fraqueza de todo ser mortal normal é deixado para o Capitão Haddock, que é bom de alma mas vive bêbado feito um gambá e tem tantos defeitos que nem daria para listar todos em uma única página. Juntos os dois representam o equilíbrio ideal.
Se você ainda guarda as aventuras de Tintim na memória afetiva, então prefira a sessão dublada (a dublagem é excelente!) para não perder toda a correspondência que foi utilizada para os nomes próprios desde os primeiros lançamentos da obra de Hergé no Brasil há décadas. E prepare-se para uma ação em ritmo de quase montanha-russa. Prepare-se também para se maravilhar com um filme tecnicamente perfeito. Ainda não consigo acreditar que a cidade marroquina de Bagghar só exista em desenho.
Eu tenho um fraco por animações. Foram poucas as que eu não gostei. O bom de animações é que a dublagem não soa estranha por causa dos movimentos labiais, em muitos casos eu achei as versões dubladas das animações muito melhores que as originais. Por exemplo, Toy Story eu só consigo ver dublado.
ResponderExcluirO visual é mesmo de cair o queixo. E como eu gosto muito de animações, essa deve ser mais uma da lista! Abraços!!
ResponderExcluireu adoro animações e também curto ver dublado. apesar de tintim não fazer parte das minhas memórias estou curioso pra conhecê-lo!
ResponderExcluirabraços!
r.