Novela das 8, mesmo quando é ruim, vira assunto nacional. Principalmente quando está no final.
Silvio de Abreu já escreveu maravilhas como
Guerra dos Sexos e
A Próxima Vítima mas errou a mão em
Passione. O enredo não tem nenhum compromisso com a verossimilhança e quase nenhum personagem é crível. Até a grande
Fernanda Montenegro passa o tempo todo só fazendo cara de rica fina e repetindo "
isso não pode ser possível!". A maioria dos personagens tem um sotaque irritante. Eles só não ganham o troféu máximo de sotaque irritante porque esta posição vitalícia é da
Susana Vieira desde
Senhora do Destino.
Mas parece que o
Silvio de Abreu está reservando surpresas para a última semana. Eu arrisco um palpite: Vão descobrir que
Clara (Mariana Ximenes) tem uma psicopatia herdada da mãe
Flora (Patrícia Pillar) - aliás, as duas estão mancomunadas mas isso só vai ser revelado no último capítulo.
Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) vai perder tudo no final da novela e terminar seus dias escrevendo cartas para analfabetos que passam pela Estação Central do Brasil.
Totó (Tony Ramos) não morreu. A cada vez que tentam matá-lo ele vira dois, e já tem dois destes clones morando em Portugal que atendem pelos nomes de
Quinzinho e
João Victor, um morando na Índia que atende por
Opash e um morando na Grécia que atende pelo nome de
Nikos. No último capítulo todos vão se encontrar por acaso na sala de espera de uma clínica de depilação masculina em São Paulo.
Gemma (Aracy Balabanian) vai sair em busca de seu grande amor,
Nino, o italianinho (Juca de Oliveira). Mas
Nino estará trancado em um laboratório tentando criar um clone do Murilo Benício, então
Gemma, depois de ser atazanada por um certo
Caco Antibes que insiste em afirmar que é genro dela, vai voltar para a sua vila natal, a Vila Sésamo, onde passará o resto dos dias brincando com seu grande amigo
Garibaldo. E quem matou o
Saulo? Taí a grande sacada.
Saulo (Werner Shüneman) também não morreu. Ele simplesmente se encheu de tudo e voltou para a Casa das Sete Mulheres.