segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Adeus ano velho
Segundo o Towleroad, o maior site americano agregador de notícias para os LGBT, 2012 foi um ano para comemorar. O site lista 150 acontecimentos que fizeram de 2012 o ano mais gay de toda a História da humanidade - comprovando que o momentum a que me referi antes deve entrar arrebentando em 2013 para conquistas ainda mais importantes.
Aproveito para deixar aqui meus agradecimentos a todos os leitores amigos que se tornaram em amigos leitores e que me têm dado o privilégio da convivência por meio deste blog. Que todos consigamos aprender com as lições de 2012 para transformar 2013 em um ano memorável! Um abraço apertado, um beijo gostoso, e nos vemos em 2013!
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Quem eram os Irmãos Coragem na primeira versão?
O texto leve, bem-humorado e cheio de verdades ditas de forma rápida e casual foi uma preciosidade. Como quando Dona Picucha cochicha com a vizinha: "meu filho mais novo gasta uma energia enorme para ninguém perceber que ele é gay. Mas todo mundo sabe e ninguém está ligando para isto". A relação dela com o filho Fernando e com o namorado dele - que ele insiste em apresentar como "amigo" - rendeu cenas ótimas, como aqui:
Reveja também esta outra cena de Dona Picucha caminhando distraída pela cidade com o discman no ouvido, e tente não se apaixonar por ela.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Momentum
A aceitação do casamento entre duas pessoas do mesmo sexo atingiu um momentum extraordinário que parece ganhar força a olhos vistos.
Muita gente está começando a perceber que está ficando do lado errado da História. A reação de alguns é o desespero, como é o caso do papa em sua mensagem de Natal. Outros começam a perceber que está ficando cada vez mais difícil remar contra a maré, como o político americano Newt Gingrich, que sempre foi arqui-inimigo dos gays e absolutamente contra a igualdade no casamento, e nesta semana teve que jogar a toalha: "temos que admitir que o casamento igualitário é uma realidade". Quando há massa crítica para manter o momentum, não há força da Natureza que consiga brecar o fenômeno.
As Aventuras de Pi

O diretor Ang Lee parece estar se especializando em tirar leite de pedra. O Segredo de Brokeback Mountain era um conto de quinze páginas que podia ser lido em uma sentada de menos de meia hora. Ang Lee e sua equipe o transformaram em uma história sublime de amor e renúncia sem deturpar o original. Imagino que com As Aventuras de Pi não deva ter sido muito diferente. Embora eu não conheça o livro que inspirou o filme, é preciso muita habilidade para que tão poucos elementos rendam na tela uma história tão instigante e tão linda visualmente.
Eu tinha lido muitas críticas positivas do filme e fui ao cinema com a expectativa de assistir a um dos filmes mais bonitos do ano. Saí da sala com a certeza de ter visto um dos filmes mais bonitos da década.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
O Impossível
Uma movimentação de placas tectônicas no fundo do mar perto da meia noite do dia de Natal de 2004 provocou uma onda gigante que atingiu 14 países e matou cerca de 260.000 pessoas na manhã seguinte. A Tailândia foi o país mais atingido, e nenhum filme vai conseguir mostrar as dimensões reais desta tragédia épica que é considerada um dos maiores desastres naturais de todos os tempos. O Impossível foca na história de uma família inglesa de cinco pessoas em férias em um resort tailandês durante o tsunami, e se baseia na história real de uma família espanhola que sobreviveu à tragédia.
O filme é impressionantemente chocante, e há muito tempo eu não via uma plateia assistir a um filme no mais absoluto silêncio; tanto que nos momentos mais tensos era possível ouvir a respiração nervosa do espectador do lado. Em poucos minutos a história apresenta a simpática família chegando à Tailândia para as férias (Naomi Watts, Ewan McGregor e três garotinhos lindos com desempenhos bastante convincentes), atravessa os festejos do dia de Natal, e chega à manhã ensolarada do dia 26 quando estão se divertindo à beira da piscina e são subitamente pegos pelo que parece ser o fim do mundo.
A partir daí o filme foca na tragédia pessoal desta família na luta por sobreviver a algo cuja dimensão é impossível de se avaliar, e principalmente na busca pelos outros familiares em uma região do país completamente destroçada.
O diretor espanhol Juan Antonio Bayona optou por descrever uma saga familiar, e acertadamente não caiu no erro de tentar explicar uma tragédia de dimensões incompreensíveis. O impacto e a desorientação pela tragédia são tão grandes que ninguém questiona o quê está acontecendo. É quando o ser humano volta àquele estágio mais primário da vida onde o essencial é apenas reunir forças para se juntar aos seus e continuar vivendo.
Um conselho: não esqueça de levar um lenço. Bem grande. Eu esqueci o lenço em casa e acabei encharcando o carpete do cinema. Mas o filme valeu cada lágrima.
domingo, 23 de dezembro de 2012
Cala a boca, Ratzinga!
Por isto é de se estranhar muito que a mensagem natalina oficial do papa, a autoridade suprema dos católicos, tenha vindo carregada de preconceito, de ódio, e de acusações. Mais uma vez o papa aproveita para destilar todo seu preconceito homofóbico sobre os cidadãos homossexuais e culpá-los pelas tragédias do mundo. Justamente o papa, o chefe de uma organização que proíbe a formação de famílias e que está atolada até o pescoço em acusações de pedofilia, se acha no direito de defender a família apontando o dedo para os homossexuais.
A declaração do papa arrancou respostas do deputado Jean Wyllys, do ministro das relações exteriores da Holanda, e de outros líderes indignados com o preconceito do chefe de uma igreja que cada vez perde mais contato com a realidade.
sábado, 22 de dezembro de 2012
Eastsiders
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Parentes e serpentes
Mas eu vejo alguns pontos que merecem reflexão: relações extra-conjugais intra-familiares acontecem no Brasil desde o dia em que Cabral aportou nestas terras. Relações extra-conjugais intra-familiares com familiares de sexo diferente também. A diferença é que no futuro mais pessoas devem ter coragem de assumir este tipo de relação. Não é fácil para ninguém envolvido, mas no futuro a filosofia do "eu vou ser feliz e o resto que se foda" deve ganhar muito mais adeptos. Este caso certamente daria um bom filme.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Quer casar comigo?
É uma grande conquista e me faz sentir muito melhor. Muita gente não entende isto, e julga que a medida só tem importância para quem pretende se casar. Não poderiam estar mais errados. A luta por direitos não pode ser limitada pelo egoísmo do interesse apenas pelos direitos que pretende usufruir. Eu nunca QUIS casar. Mas eu sempre quis PODER casar. Agora eu tenho escolha.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
2012, o ano em que o mundo não acabou
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
E assim gira o mundo...
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
The Pink Choice
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Um novo tempo
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Que o homem não separe...
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Leve-me pra sair
Obrigadíssimo, Herbert!!
Trote real
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
A fada do conto
![]() |
Mette-Marit é casada há dez anos com o Príncipe Haakon Magnus e têm dois filhos. |
domingo, 2 de dezembro de 2012
Coração de vidro
sábado, 1 de dezembro de 2012
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Tony e Kevin
Fala que eu te escuto
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Café
domingo, 25 de novembro de 2012
Sexo onde não tem sexo
Que falta que faz um terremoto

quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Pré conceito
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Presentão do Christopher Dallman
Curta!
domingo, 18 de novembro de 2012
Diversidade
sábado, 17 de novembro de 2012
Peru com brilhantina
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Casal real
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Confissões de um homem suave
É até irônico que na mesma semana em que a Veja publica um artigo homofóbico lamentável, a revista Época traga um artigo agradecendo aos gays por tudo de bom que têm feito pelos homens heterossexuais assinado por Ivan Martins, jornalista e editor-executivo da Época, um homem suave.
Homo sapiens
Dos pontos de encontros para homens gays eu sou do tipo que prefere sauna a boate. Não sou da noite, gosto de dormir cedo, prefiro papo a música alta, e não me impressiono por carão em roupinha de grife. Sem contar que na sauna what you see is what you get.
Aqui em Buenos Aires já conheci várias saunas. Todas têm um aspecto decadente como a cidade. Mesmo as que tinham uma cara melhorzinha como a Full Spa estão atualmente gritando por socorro.
Ontem fomos conhecer a Homo Sapiens, na rua Gascón, em um lugar tranquilo de Palermo. Estava super curioso quanto à frequência, que é o que normalmente define a atmosfera do lugar. A Energy Spa, por exemplo, é frequentada por homens mais velhos com cara de casados fazendo arte escondido e a Full Spa é frequentada por garotões sarados que nem te enxergam se você tiver mais do que um grama de gordura no corpo e não tiver sinais de modernidade como brinquinhos e tatuagens.
A Homo Sapiens me surpreendeu pelo ecletismo. É feia na entrada, que mais parece a bilheteria de um cinema velho, e o bilheteiro tem cara de quem já estava morto há algum tempo. Depois atravessa-se umas cortinas de palco vermelhas que dão acesso ao bar. Para quem está chegando pela primeira vez, tudo parece muito estranho.
Depois que a gente se acostuma com o labirinto de corredores, escadas e passarelas (pareceu-me que eram várias casas que foram sendo emendadas), dá pra começar a curtir o lugar. E aí a surpresa: é realmente a sauna mais eclética que eu já vi. Tem homens maduros, garotões, muita gente absolutamente normal - num movimento incrível o tempo todo. O pessoal é simpático, receptivo, e o ambiente do bar é ótimo para um bate-papo assistindo a videoclipes projetados em um telão. A diversidade da fauna com tantas tribos convivendo juntas sem divisões torna o lugar mais interessante
Nestas horas, ser estrangeiro carne nova no pedaço é uma grande vantagem. Conversei com gente interessante, diverti-me bastante e relaxei nas sanas seca e a vapor para curar o corpinho das longas caminhadas dos últimos dias. Saímos de lá renovados.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Cabrón de mierda
Devo ter sido uma das poucas pessoas que gostou do artigo do J. R. Guzzo publicado na revista Veja de domingo passado. Por que o artigo é tão ruim, tão mal escrito, tão imbecil, tão incoerente, tão errado, tão preconceituoso, tão ilógico - que funciona de forma contrária à pretendida pelo autor, e ninguém precisa ser um gênio para perceber isso.
Estou achando que ele usou ironia e sarcasmo para chamar a atenção para a luta pelos direitos civis dos gays. Afinal, um jornalista do conselho editorial da Abril não deve ser tão burro, idiota e tacanho assim.
La prueba
O domingo, dia do meu aniversário, começou com o principal compromisso da viagem: a corrida YMCA-UTN de Buenos Aires. Eu não corro nem para fugir da chuva, mas já acompanhei o Mr. Ed a muitos eventos esportivos de corrida e natação. Já estou familiarizado com toda a dinâmica do processo, e sempre aproveito para exercitar um do meus hobbies favoritos: fotografar gente. Não há nada mais gostoso do que admirar um homem em sua melhor forma.