Ernst Schuh, de 89 anos, e Frederick Marvin, de 91, casaram-se na última sexta-feira depois de 52 anos de convivência. Eles se conheceram em 1959 na Áustria, onde viveram por 15 anos antes de voltarem aos Estados Unidos. Agora eles moram em Syracuse, no estado de Nova York, e aproveitaram a legalização da igualdade no casamento para oficializar a relação.
Eles gozam de boa saúde e têm uma vida confortável. A repórter que escreveu a reportagem parece ter se encantado com estes dois senhores tão simpáticos, cheios de vida, e cheios de histórias interessantíssimas colecionadas ao longo deste meio século de convivência.
Agora alguém poderia me tentar explicar como o partido do peixe podre (adorei a expressão usada pelo Tony) e outras entidades políticas e religiosas incluindo a igreja católica não conseguem enxergar que Ernst e Frederick formam uma família. Para estas organizações, família é o casal Nardoni - capaz de jogar uma filha do 5º andar de um prédio, ou o casal que abandonou um filho com síndrome de Down no Rio esta semana. A pior cegueira é realmente a dos que não querem ver.
6 comentários:
Ai que fofos ;___;~
Luciano,
Desculpa mudar de assunto(por sinal, do tipo que me faz suspirar e me deixar triste, pois eu tb quero um amor assim), vc viu que o Zachary Quinto tb se assumiu.
Na boa, eu acho que já não somos minoria(no que há de pior que essa palavra evoca). FODAM-SE HOMOFÓBICOS!
Abraço,
do seu leitor de Salvador-BA.
é verdade!
mas também eu entendo o PSC. pensa bem, qntas famílias como essas nós conhecemos? qntas estórias como essa são veiculadas todos os dias? e não é porque elas não existem, mas são tantos anos de preconceito que homens como eles se escondem, e não os vemos orgulhosamente dizer "somos casados".
Luciano,
Imagine a seguinte situação: Fulano de Tal nasceu em uma época na qual ser homossexual era doença. Ele fez de tudo pra gostar de mulher, inclusive casou-se com uma e hoje é avô.
Por sua vez, Cicrano, contemporâneo de Fulano de Tal, percebeu que gostava de homens, mas tentou sublimar essa atração seguindo a vida religiosa.
Hoje, Fulano e Cicrano assistem à conquista de direitos civis pelos homossexuais, vêem que é possível se relacionar com homens sem romper com família e amigos. Só que pra eles tudo isso chegou "tarde demais". O que eles fazem, então?
-Se eu não pude quando era mais jovem, não vão ser esses de agora que vão poder!
Eu não tô, de maneira nenhuma, generalizando (toda generalização é preconceituosa). Mas você não concorda que pode ser assim pra muitos "opositores" dos gays?
O outro Lucas aí em cima tocou num ponto importantíssimo e que eu sempre pensei a respeito. Faz absolutamente todo sentido. Os maiores empata-fodas (ou empata-direitos para os homos) são esses caras que infelizmente nasceram em uma época onde precisava ter 100 vezes mais coragem de se assumir do que hoje em dia, e por isso seguiram o caminho aceitável de se casar com uma mulher, ter filhos, ser avô. Ou avós. Imagine que difícil deve ser para essas pessoas estar diante de tudo que está acontecendo hoje em dia.
Também não quero generalizar, mas acredito sim que todos homofóbicos mais vêementes sejam gays ou bi enrustidos. Talvez eles precisem ser jogados pra fora do armário à força pra dar uma agilizada no processo evolutivo da sociedade referente aos direitos igualitários.
Pra mim, a questão ainda fica na necessidade de ter um inimigo do qual somente essas instituições possam proteger...
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