Os Homens São de Marte... e é para Lá que Eu Vou é divertido e ágil e vem comprovar mais uma vez que o Brasil deixou para trás a fase do filme-favela para produzir ótimas comédias urbanas (O Divã, Minha Mãe é uma Peça e S.O.S. Mulheres ao Mar são só alguns dos exemplos recentes de comédias muito acima da média que arrastaram multidões aos cinemas).
Fernanda (Mônica Martelli), a personagem central, lembra muito a Carrie Bradshaw de Sex & The City. Uma mulher moderna, liberada e independente, mas completamente imatura emocionalmente e que, embora se julgue muito avançada, ainda pensa exatamente como nossas bisavós que foram criadas para somente ser felizes quando encontrarem um homem a quem possam se dedicar para o resto de suas vidas. Mônica Martelli é muito boa se se sente completamente segura dentro da personagem que idealizou e que já vinha representando nos palcos há quase uma década.
Enquanto Fernanda fica batendo a cabeça para lá e para cá comprovando cada vez mais que "mulheres querem casamento/homens querem se divertir", quem quase rouba o filme é o Paulo Gustavo fazendo mais uma vez (e muitíssimo bem!) o papel dele mesmo - o amigo gay hiperativo de língua ferina e tiradas cheias de humor. Muito boa diversão.