sábado, 25 de julho de 2015

Freeheld

Ela era uma policial lésbica que lutou para que sua companheira fosse reconhecida como sua dependente e herdeira, principalmente depois de descobrir que tinha câncer de pulmão em estágio terminal. Com o título de Freeheld, esta história comovente, que já foi contada em um documentário há alguns anos, está prestes a ganhar as telas de cinema com ninguém menos que Julianne Moore e Ellen Page nos papeis principais. E ainda tem Steve Carell interpretando um ativista gay.


O curta de mesmo nome foi feito em 2007, e pelo trailer a gente pode conhecer um pouquinho dos verdadeiros personagens dessa história de luta de pessoas que batalharam no passado para chegarmos onde estamos hoje.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Fotografando gatos


Daí você pensa: eu adoro fotografar e agora que tenho um gatinho vou fazer milhares de fotos super fofas. Errado. Nenhum manual de instruções explica que um gato macho filhote ainda não castrado é o equivalente de uma batedeira elétrica de 110V que foi ligada por engano no 220. As tentativas de fotos invariavelmente viram imagens fantasmagóricas de uma mancha passando na frente da lente em alta velocidade. Lembram aquelas fotos de ectoplasma apresentadas pelos estudiosos de fenômenos sobrenaturais.

E quando a gente consegue uma foto mais ou menos, fica achando que acabou de produzir uma obra prima da fotografia. Só porque a foto está minimamente em foco.

terça-feira, 21 de julho de 2015

O Pipo


Há coisa de uns quatro anos eu fui levar uns documentos na casa de uma pessoa onde eu nunca havia estado antes e, assim que entrei e sentei, um gato apareceu na porta. Ele me olhou de longe e em passos largos e rápidos correu até mim, pulou no meu colo e ali se aninhou. A moça se desculpou, e disse ter ficado muito surpresa porque a gata era normalmente muito arisca e nunca chegava perto de estranhos. Foi nesse dia que eu tive a certeza de algo que já desconfiava há muito tempo: eu sou o que muita gente chama em inglês de "cat person".

Gatos sempre me fascinaram. Sou incapaz de passar perto de um felino sem parar para olhar com admiração. Há uma conexão invisível entre a gente.

Pois no último sábado eu finalmente venci a resistência e resolvi adotar um gatinho para exercitarmos de perto este estranho amor. Procurei o CAV (Centro do Amigo Viralata), que faz um trabalho lindo de resgate de animais abandonados e intermedeia adoções responsáveis. Quando entrei no local eu e o Pipo nos escolhemos de imediato.

O Pipo tem quatro meses, é muito lindinho, e tem uma energia inesgotável. Ele tem o péssimo hábito de lamber a minha orelha e a minha barba, mas ainda estamos estabelecendo limites. Ele já destruiu uma planta que eu tenho na cozinha e está arranhando todo o sofá. E eu estou absolutamente maravilhado. De que vale um sofá se não tiver marcas dos momentos felizes que você já viveu nele?


terça-feira, 14 de julho de 2015

Quem tem medo de um beijo?


Parabéns para a revista de esportes italiana Sportweek que esta semana atacou de frente a questão da homofobia nos esportes publicando na capa um beijo do casal Giacomo e Stefano, que são um casal na vida real e jogam no Free Rugby Roma. 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Duas Vidas


A novela Sete Vidas acabou hoje e vai deixar saudades. Sem dúvida um dos textos mais deliciosos, inteligentes, e sensíveis da teledramaturgia brasileira recente. Foi particularmente interessante o desfecho dos dois amigos de meia idade que até então eram heterossexuais casados, mas que descobriram uma afinidade enorme que se transformou em amor no decorrer da trama. No último capítulo, os dois, já separados de suas esposas, se encontram para uma conversa de amigos e combinam um cinema. A cena pode ser vista aqui.

A última cena, que infelizmente não foi disponibilizada em vídeo, mostra os dois no cinema, assistindo a um filme mudo de Charlie Chaplin. Lentamente um amigo toca de leve a mão do outro, e ao tentar retirar a mão é brecado pelo outro, que segura a mão mais fortemente. Os dois se entreolham discretamente, e continuam a assistir ao filme de mãos dadas. Uma cena sem palavras, de uma beleza intensa, e de uma sutilidade imensurável.