E a Apple apresentou hoje o aguardado iPhone 6. Em duas palavras: não impressionou.
Adoro os produtos da Apple, acho o iPod uma das melhores invenções do mundo, o meu smartphone é um iPhone, mas...
Depois dos últimos lançamentos em dispositivos móveis da Samsung, Sony, e LG na Feira de Berlim na semana passada, a gente percebe a falta que faz Steve Jobs. A Apple, que revolucionou o mundo dos smartphones com o iPhone em 2007 e determinou a cara que todo celular teria dali para a frente, foi atropelada e hoje está dois ou três anos atrás da concorrência.
O iPhone 6 tem melhor câmera, melhor processador, e melhor tela que os iPhones anteriores, mas estas melhorias são naturais e esperadas em todo lançamento. A maior novidade do novo iPhone é o tamanho grande (com telas de 4,7 e 5,5 polegadas) mas a concorrência já faz telas destes tamanhos há alguns anos, tendo inclusivo sido alvo de piadas por parte da Apple que achava que as telas grandes não teriam aceitação do público. Tiveram que baixar a cabeça e copiar a concorrência.
Quantidade de megapixels não é sinônimo de qualidade, mas é sinônimo de tamanho - o que é extremamente importante em câmeras de smartphones que, via de regra, não têm muito zoom óptico pela própria limitação do espaço. A Apple anuncia com estardalhaço que a câmera do iPhone 6 passou para 8 megapixels - ora, a Sony já está em 20,5 megapixels, o Samsung K zoom tem 20 Mpixels e o Galaxy S5 tem 16 MP.
Apple Pay? Talvez pegue, talvez não, mas para os brasileiros não vai ter nenhuma grande utilidade nos próximos dois anos - quando você já estará pensando em trocar de telefone de novo.
Apple Watch? Ficou completamente apagado perto do Samsung Gear, que já está no mercado desde o ano passado e portanto já passou por grandes melhorias. O modelo da Samsung lançado na semana passada (o Gear S), por exemplo, já é a segunda geração e funciona com chip próprio e não depende do telefone - você pode sair de casa só com ele, sem o telefone, e receber e fazer chamadas.
E, por fim, a Apple está pouco ligando para o Brasil. Ninguém sabe quando o iPhone 6 chegará por aqui. Já o presidente da Samsung anunciou que o Brasil é prioridade para a empresa e o Galaxy Note 4 anunciado na semana passada estará à venda no Brasil em outubro - o Brasil integra o primeiro lote mundial de vendas. Ah, e a Siri da Apple ainda não fala ou entende português. Já a S Voice do Samsung entende perfeitamente recados de voz como "ligar para Marcela no celular", "programar despertador para as 6 horas da manhã", "abrir facebook", ou "ligar para 9966-8485" (falar com o telefone nunca é muito normal, mas quando se está dirigindo é, literalmente, uma mão na roda!).
Quem tem contato com a funcionalidade multitarefa em tela dividida da linha Samsung Galaxy Note ou com a luminosidade das telas Amoled fica se questionando: por que a Apple não faz assim?
2 comentários:
Seu comentario foi incompleto.
Faltou o design.
E aí, me desculpe, não tem para ninguém: a Apple é puro prazer.
Lú,nunca caí nessas armadilhas dessas empresas: sou bem pé no chão, compro de acordo com o que preciso, necessitava de uma smartphone com dois chips,gosto de tela maior, tive de 4,7 e agora um de 5, tv digital, bom processador, aceita cartão de memória de 64g...enfim, paguei menos de R$ 1300, e tá ótimo!! o que quero dizer é que as pessoas compram pelos status, chega a ser brega, os preços no Brasil são absurdos e o povo compra mesmo assim. É como um amigo diz: iphone virou coisa de aluna do ensino médio, rsrs.
Postar um comentário