Eu ontem acordei cansado, resultado de ter trabalhado intensamente nos dias anteriores para cumprir prazos muito apertados. Quando acordo assim eu demoro um pouco para deixar a cama. Normalmente me ajeito sobre dois travesseiros, alcanço o iPad no criado-mudo e dou uma olhada rápida nos e-mails, nas manchetes dos jornais, nas previsões para o dia. Dependendo do que vejo eu me animo a saltar da cama e ir até a cozinha para uma xícara de café antes de encarar o dia. Ou não. Às vezes me presenteio com mais meia hora na cama, me espreguiçando e ouvindo música, sem pressa para efetivamente começar o dia.
Pois ontem, ainda na cama e no meio dessa preguiça letárgica, eu recebo um link pelo facebook para esta palestra sobre amor e aceitação incondicionais. Fiquei quase hipnotizado ouvindo tudo aquilo, os argumentos tão interessantes sobre amor dos pais (principalmente quando a gente ouve tanta história de rejeição) que acabei tomado por uma energia boa que me acompanhou o dia todo. Eu sempre tentei imaginar o quê deve passar pela cabeça dos pais dos adolescentes que assassinaram quinze colegas na escola de Columbine em 1999, por exemplo, se o amor pelos filhos continua intacto após um trauma dessa magnitude. Andrew Solomon fala sobre este tipo de amor e aceitação nesta apresentação quase poética, com texto inspirador.
2 comentários:
Muito bom !!
Luciano, não deixe de ler "Far from the Tree: Parents, Children, and the search for Identity", de Andrew Solomon. Um calhamaço sensacional de mais de 1000 páginas. Já lançado no Brasil pela Companhia das Letras com o título "Longe da Árvore".
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