terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O namorado definitivo

Concordo com minha grande amiga Zita quando ela diz que o namorado ideal são vários. Bom seria se pudéssemos ter um namorado para levar ao cinema, outro para bater papo, outro para ir para a balada, outro para curtir grandes silêncios juntos, outro para fazer sexo selvagem, outro para trocar confidências. E se você conseguiu encontrar tudo isto na forma ideal em uma única pessoa, então corra lá, tranque a porta, e amarre-o com uma corrente bem forte no pé da mesa para ele não fugir.

Na vida real, o namorado definitivo vai suprir muitos destes aspectos, mas provavelmente não todos. Para isto existem os amigos. Um grupo de bons amigos já vale meio namorado.

As pessoas normalmente usam critérios errados na busca do parceiro ideal. Quando encontram alguém que faz aquele sexo maravilhoso já acham que este seria o namorado ideal. Não necessariamente. Considerando que o casal não vai passar o tempo todo fazendo sexo, o problema está em como "aturar" o namorado no resto do tempo.

O namorado ideal deveria ser escolhido não pelos momentos em que ele leva você às nuvens, mas pelos momentos em que você tem vontade de jogá-lo pela janela. De que adianta uma hora por dia de sexo vertiginoso se o resto do tempo você tem vontade de assar o coitado em fogo brando? De que adianta se ele é lindo pra burro se quando abre a boca é mais chatinho que cutícula inflamada?

Conviver com as qualidade é sempre muito fácil. O verdadeiro teste está na convivência com os defeitos. Assegure-se que conseguirá conviver com as falhas do seu amado sem sacrificar a relação. E se o seu companheiro ideal não é muito bom justamente em sexo, jogue "fuck buddy" no Google e talvez você ache a solução para o problema.

17 comentários:

Anônimo disse...

Só este post já rende assunto suficiente para uma comédia romântica, com todos seus dilemas e clichês, não que isto seja ruim, longe disto. Ler seu blog é delicioso como ver a um filme leve, divertido, puro água com açúcar. Abraço!

Gui disse...

Sempre fui adepto dessa ideia: conviva com os defeitos pra saber se suportará as qualidades.

Flávio Amaral disse...

A ideia da pessoa única que será a fonte e a satisfação de todas as nossas necessidades não é mesmo simples. Primeiro porque ao se falar disso se assume como desejável - e até mesmo como "natural" ou "o certo" - que uma relação afetiva consiste em tê-la com um - e um só - parceiro. Mesmo com a necessidade de sexo mais seguro em qualquer circunstância, a questão da AIDS foi devastadora em relação às possibilidades de relacionamento que puderam vigorar quando transar era quase tão banal quanto tomar um sorvete (e não era, por isso, uma questão necessariamente central). Tendo vivido - e experimentado - o tempo pré-AIDS, percebo, curiosamente, um afrouxamento das relações e menos paciência com as particularidades dos outros. Todo mundo quer alguém perfeito - mesmo sem sê-lo...

SG disse...

Acredito que o namorado ideal não depende tão somente dele. Depende também do momento e do ambiente em que cada um vive. E, acima de tudo, de nós mesmos.

Uma Cara Comum disse...

Bom, o lance do "Fuck buddy" eu conhecia como "P. amigo"... Agora concordo com vc em parte. A gente deve perceber se é capaz de conviver com os defeitos e não com as qualidades. Mas colocar todas as expectativas de realização em cima de outro ser humano e responsabiliza-lo por uma conquista que é individual e interior (a felicidade) é cair em erro. Bons amigos valem muito mais que meio namorado e a vida, a realização pessoal, vale mais que um namorado inteiro... Abração!

Anônimo disse...

Oi . Também sou de São José dos Campos e adoro o seu blog. Esse assunto já rendeu muitas conversas com amigos pela minha vida afora. Eu acho o seguinte: se formos fazer uma listinha do nosso namorado ideal, vamos acabar fazendo uma imagem que corresponde a idealização de nós mesmo. Como não existe ninguém igual a ninguém, e como não existe uma cópia minha , que seja melhorada a perfeição, acho que sempre acabamos em algum tipo de meio termo entre o que é bom e sustenta a relação e o que é ruim e temos de aturar. Sempre no começo da relação procuramos a semelhança, e sempre no fim procuramos as diferenças. Enfim, baseado nisso que penso, para mim o namorado ideal é aquele que tem minimamente as qualidades que esperamos em alguém, e os defeitos que toleramos. Como cada pessoa tem sua "listinha" , o namorado ideal de cada um é diferente. Beijos e parabéns pela qualidade do blog. Robson / SJCampos

Unknown disse...

não há namorados perfeitos. isso é certo. mas é amando os defeitos que sabemos que encontramos um que valha a pena lutar. abraco

Anônimo disse...

Vc está, particularmente, inspirado esse ano e eu estava precisando ler seus dois últimos posts.
Gostei muito! São bem dentro do que tenho vivido nos últimos anos.
Abraço Forte.
Guilherme

Anônimo disse...

Aiai gente, pra que discutir esses assuntos chatos. Olha o carinha da foto... S2 _ S2

marta matui disse...

Difícil conviver com os defeitos... hoje em dia tenho preguiça... depois de 20 anos em um relacionamento acho um direito meu não conviver mais com nenhum defeito. Fuck Buddy me parece ideal, rs.

Lobo disse...

Pois é. Mais ai vem os namorados malucos possessivos que querem te proibir de ver deus e o mundo, morrem de ciúmes dos seus amigos, e estragam a única coisa que pode tornar a relação suportável.

Difícil demais essa história de procurar alguém legal. Problema é que os defeitos mais irritantes geralmente são os que demoram mais para aparecer...

Daniel Cassus disse...

No nosso meio a gente transa primeiro, depois pergunta o nome, né? o test drive vem sempre primeiro.
Não que isso seja ruim, mas eu já aprendi que pra eu achar um namorado assim, eu vou precisar testar MUITO.
Como recentemente eu elevei meus níveis de exigência, estou meio celibatário (o acidente colaborou também pra essa situação).

Don Diego De La Vega disse...

Eu acho q vc não mencionou um dos pontos mais importantes...

O namorado perfeito leva TEMPO para acontecer, demanda TEMPO até termos certeza de q o fulano é o perfeito, o q faz bom sexo, o do bom papo...não dá pra preencher um cadastro em dois dias....

O tempo é o q está mais do nosso lado nessa questão. Mas, como já foi dito aqui, todo mundo anda sem paciência.

Não é culpa gay, isso. É da vida, da mídia, da nossa velocidade em geral, da nossa época. É tudo pra ontem.

Rodrigo disse...

belíssimo texto.
mas não é para mim

Gabuh disse...

vim parar aqui através do blog do joe [http://dearbenin.blogspot.com/]. ele postou o link deste te último post lá e eu fiquei curioso.

gostei do que li, gostei daqui, viu?? tô seguindo...

Luciano disse...

@Gabuh,
Você é bem vindo!
**

Ro Fers disse...

Ótimo post, realmente nem sempre sexo quer dizer algo, até porq isso não sustenta uma relação.
Não há perfeição, as pessoas fantasiam algo muito perfeito, nos quais nao arruma ngm. Eu msmo sou assim, preciso mudar meus conceitos...
Abraços