sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Oi, Oi, Oi


Avenida Brasil chega ao final hoje com a fama mais do que justificada de ter se transformado em um dos maiores fenômenos de massa da atualidade. Os especialistas têm várias teorias, mas a verdade é que a novela foi uma coincidência feliz de vários fatores: texto, enredo, direção, desenvolvimento, atores, personagens - tudo muito acima da média a que temos sido submetidos ultimamente. Some-se a isto o fato de uma novela boa acontecer no momento exato em que a comunicação em massa atingiu a maioridade. O twitter e o facebook já estavam aí há um certo tempo, mas foi só no último ano que atingiram massa crítica para determinar tendências.

Se algo me incomodou em Avenida Brasil foi constatar que João Emanuel Carneiro, talvez o maior escritor de teledramaturgia da atualidade, ainda não consegue desenvolver um personagem gay com a mesma desenvoltura do Gilberto Braga. O personagem Roni, que carregava tantas possibilidades no inicio, não passou de uma reencarnação do Orlandinho, o personagem de Iran Malfitano em A Favorita. Começa apaixonado pelo melhor amigo e acaba se tornando pai em um casamento difícil de engolir.

Mas não dá para ficar reclamando; se fosse diferente seria a minha história e não a do João Emanuel Carneiro. Cada um dos milhões de espectadores sentados em frente à TV hoje para ver o último capítulo certamente teria algo para acrescentar, tirar, ou alterar na história. Isto é bom sinal, que não estamos assistindo a tudo passivamente, mas nos deixando contagiar pela emoção e aproveitando este momento lúdico para deixar a novela cumprir a sua finalidade mais primária: entreter e divertir.

E agora deixa eu correr e garantir o melhor lugar no sofá para hoje à noite. Ainda falta muito para as 9 horas?


12 comentários:

M. disse...

Faltam 8 horas...kkkkk.
Concordo com você. Li algumas críticas a respeito e apesar de gostar de uma novela menos violenta, AB, cumpriu seu papel em mostrar muito da realidade do Brasil subúrbio, classe média.
Quanto ao Roni, ainda tenho esperança... e entre 4 paredes e um trio... nunca se sabe...kkkkk

Beijos

Anônimo disse...

Meu pai está viciado na novela, é hilário, ele está assistindo ao futebol e muda para AB, quando esta começa.

Eu tô com invejinha branca do João Emanuel, imagine estar finalizando um trabalho que é um sucesso e ainda ter o Carmo no cangote:
-Ah amor, deixa eu ver como termina!
-Não, vc vai ver com todo mundo a noite.

Anônimo disse...

Acima da média mesmo. Mesmo assim eu não gostei e abandonei cedo. Saudade do Maneco e seus núcleos no Leblon, com diálogos primorosos e um viés freudiano ao tratar de família, além de muita ironia na descrição das relações sociais (o que talvez não agrade o pessoal das redes). Novelas que a gente pode assistir de olhos fechados, só ouvindo.
Nossa! Sou quase uma Annie "Daisy" Miller tupiniquim rsssss

Anônimo disse...

eu devo ser a única pessoa que nao assiste a essa novela

Aldo disse...

Não gosto de novelas, não tenho paciência já tentei mas não dá.

Fico feliz pelo fim dessa novela, não aguentava mais a voz dessa tal nova classe C, tampouco sua face. Se realmente essa novela retratou a nova classe c, digo que ela possui gostos bem diferentes do meu, detesto casa cheia de gente e funk ou pagode e gente desbocada, melhor má-educada. Não só, mas também a vulnerabilidade que o povo brasileiro ainda carrega, só porque o zeca camargo, ou o faustão ou Preta gil disseram que eram fãs da novela o povo começou a assistir , sim porque pelo que eu sei, em meados de maio e junho esta novela não dava 35 pontos de audiência e de repente tharã 50 pontos. uau que histórico KKKK.

Enfim, sem contar as bizarrices deste personagem gay zé ruela do Roni. Este personagem não representa os gays, ele não valoriza a diversidade sexual de cada um de nós, não mostra a realidade. Que pena. Mais uma vez o povo caiu nas lábias da poderosa Tv globo.

Enfim, vá e espero que não volte never more, por tantos papeis exdruxúlos e bizarros essa novela poderia se chamar ''avenida imbecil''.

Anônimo disse...

Adriana Esteves vai continuar sendo a mesma CANASTRONA DE SEMPRE!!!

Unknown disse...

Assisti no começo, mais para frente parei de ver estava muito mas muito ruim, insuportável, só no final é que tive interesse, que por sinal este último capítulo achei horrível, saudade mesmo de Vale Tudo esta sim a melhor novela de todos os tempos, tem outras mais antigas, em qualidade e sucesso, mas Vale Tudo esta marcou mesmo!!!!!!

Eu: Alemberg Santana disse...

Não sou chegado a rotina, já basta ter que bater ponto algumas vezes por dia no trabalho, por isso não consigo me prender a nada que passa na TV. Em relação ao suposto personagem gay, ele tem o merito de representar sim, uma parcela da população que é indecisa ou que decidiu viver assim em cima do muro. O que seria ilusório é representar todos nos gay "normatizados" como deseja os militantes gays. E o respeito por quem quer ficar em cima do muro? Hora nós que sofremos tantos preconceitos, deverimaos não reproduzir preconceitos. E que todos sejam representados, os bi, tri, tetra, penta-gay, durinhos, molinhos, barbies, ursos, trans, metro... Alôoooooooooooo, novela já é a cores, o preto & branco já ficou para trás.

Eu: Alemberg Santana disse...

Não sou chegado a rotina, já basta ter que bater ponto algumas vezes por dia no trabalho, por isso não consigo me prender a nada que passa na TV. Em relação ao suposto personagem gay, ele tem o merito de representar sim, uma parcela da população que é indecisa ou que decidiu viver assim, em cima do muro. O que seria ilusório é representar todos nos gay "normatizados" como deseja os militantes gays. O belo, o correto seria ser gay-publico? E o respeito por quem quer ficar em cima do muro? Hora nós que sofremos tantos preconceitos, deverimaos não reproduzir preconceitos. E que todos sejam representados, os bi, tri, tetra, penta-gay, durinhos, molinhos, barbies, ursos, trans, metro... Alôoooooooooooo, novela já é a cores, o preto & branco já ficou para trás. PS: não tenho problem com minha orientação sexual e nem com a dos outros. Sou gay do meu jeito, não sigo modelos.

Anônimo disse...

Eu quero saber onde está o respeito pelo negro na novela. O autor não arranjou um namorado loiro e rico para a Zezé. Isso é discriminação.

Dimas disse...

Não assistia a novela, segui somente na última semana e o último capítulo foi impecável, o autor fechou muito bem a trama.

O lado ruim foi a gritaria de sempre, a grosseria e a falta de educação ...será que nossa classe "C" se sentiu representada daquela forma?

Euzinha Porém Mais Atenta disse...

Vera Holtz foi a melhor atriz da novela inteira, Benicio canastrou como sempre, Esteves foi ótima porém careteira ao extremo, Marcelo Novaes provou que é ator pra toda obra e surpreendeu nas falas exatamente no capitulo em que o Max se despediu da trama, Debora Falabella segurou a onda e vestiu roupas horrendas a novela inteira, José de Abreu foi o vilão que em três capítulos o Brasil inteiro mudou de opinião à respeito e começou a ter dó, todos os personagens tiveram sua vez e seu brilho dentro da trama. Justifica todo o bafafá e o hype criados. Mandou bem essa avenida, conduziu direto para o sucesso. Agora como telespectador seletivo que sou, vou desligar tv nos proximos meses para não ser alienado por Gloria Perez e suas licenças poéticas do mal.