Já lá se vão mais de quarenta anos desde que o filme Terremoto, de 1974, trouxe um toque de realidade para as salas de exibição com a introdução do efeito sensurround que fazia a sala literalmente tremer às custas de excessos de decibéis. Terremoto inaugurou uma onde de filmes catástrofe que por várias décadas destruiu cidades, povos, planeta, ao ponto de saturação. E ninguém aguentava mais ver cenários e maquetes que se mostravam cada vez mais falsos com a evolução da imagem para níveis de resolução cada vez mais altos.
Terremoto: A Falha de San Andreas traz novo vigor para o gênero. O filme não tem nada de novo no quesito roteiro, muito pelo contrário. "Casal que enfrentou uma tragédia familiar recente e está em processo de separação mas descobre que ainda se ama no meio de uma grande catástrofe" é o resumo de uma linha que se aplica a todos e também a este. O que é diferente agora é o realismo. Os efeitos tridimensionais muito bem realizados, a ação ultra realista, e o suspense constante fazem o espectador ficar sentado na pontinha da cadeira. E o filme não economiza em imagens espetaculares e vertiginosas desde o começo até o fim.
Nunca antes no cinema uma hecatombe dessa natureza havia sido mostrada com imagens tão realistas, e os fãs do gênero certamente vão adorar. É o cinema catástrofe se redescobrindo exatamente onde começou.