A Nova Zelândia ontem sapateou bonito na cara dos preconceituosos homofóbicos. Primeiro, ao aprovar o casamento igualitário, elevando para 14 (já considerando Uruguai e França desde a semana passada) o número de países onde casais gays podem se casar legalmente. Segundo, pela forma descontraída que os parlamentares celebraram a aprovação, cantando juntos a Pokarekare Ana, música folclórica neozelandeza que fala de amor.
Como se tudo isso não fosse suficiente, os parlamentares protagonizaram momentos gloriosos. O deputado Maurice Williamson, por exemplo, fez um discurso inspiradíssimo e super engraçado sobre a pressão religiosa que sofreu para não aprovar a lei. Em um determinado momento ele diz "um padre católico me disse que eu não podia aprovar o casamento gay porque isso não é natural. Esta história sobre o que é ou não natural é particularmente interessante quando sai da boca de um homem que fez voto de castidade para o resto da vida". Em seguida o deputado descreve sua curiosidade sobre como será o fim do mundo pregado pelos opositores da ideia, e sobre arder no inferno. Inspiradíssimo, arrancou gargalhadas dos colegas e enterrou de vez o atraso religioso que motiva o preconceito homofóbico.
8 comentários:
Que diferença... lá o político que discute o assunto é formado em Física e usa até as leis da termodinâmica para rebater a crítica de que iria queimar para sempre no inferno. Aqui os políticos são pastores evangélicos que querem tomar decisões sobre a vida alheia com base em um livro escrito na idade do bronze (e que de qualquer forma nem eles seguem à risca).
ivan
*____*
Chorei 2 vezes: a primeira de alegria da aprovação e a segunda de tristeza de viver num país tão atrasado!
Em tempo:
Margot, queira ou não, você é parte integrante desse blog, tal como a Vitória de Samotrácia está para o Louvre, a Estátua da Liberdade para a paisagem de New York ou a Rita Lee para o BRock. Assim como não se pode imagina-los sem essas significativas figuras femininas, seus comentários diários, ainda que frugais, são indefectíveis.
Em relação a 'anônimos': são as regras do jogo. O blog oferece essa entre três alternativas - não faço ideia do que sejam as outras duas - e, se você não gosta, fale com o blogueiro, que é seu amigo e pode mudar o esquema. Entretanto, não seria de se esperar que esse blog felicianizasse os anônimos.
E eu não penso que, ao registrar em ficha um nome, o poeta adorado, o filme predileto, um autor inigalável, uma citação que o comove alguém deixa de ser anônimo. As pessoas são melhor conhecidas por idéias. E, além de tudo, sendo o Luciano versado em informática, ele pode saber, se quiser, até o número da cueca que uso.
Também penso que não se demonstra apreço por um blog, blogueiro e conteúdo, apenas com louvação.
Queira me desculpar se a magoei ou ofendi, essa não seria nunca a intenção, nem haveria motivos para tal.
Saudações cordiais
Claudio
@Claudio:
Fiz as verificações e descobri que você não está usando cueca.
Por falar em "natural", dica de post, Luciano:
http://www.nytimes.com/2013/03/30/opinion/natures-case-for-same-sex-marriage.html?_r=0
Pô, nunca me senti tão exposto...
@Claudio
@Cláudio,
Em primeiro lugar fico feliz de saber que vc se chama Claudio – mesmo podendo não ser.
Li sua resposta e a acho mais que justa. Infelizmente como eu deixei claro no primeiro coment, não foi um dos meus “bons dias”. Desculpe-me pela rispidez das palavras, mesmo sabendo que uma palavra dita..... ao vento foi, não volta.
Mas rapaz.... comparar meus frugais, mas indefectíveis(palavras suas)comentários à Vitoria de Sometrácia, à inigualável Estátua da Liberdade e à sempre rainha do rock Brasil...... foi demais. Eu ri. Se foi essa sua intenção, você conseguiu...eu ri de mim mesma. Isso é bom.
Quanto ao blogueiro.... quem dera eu pudesse chamá-lo “amigo”. Seria uma honra e um prazer. Mas levei meses, para que ele me abanasse a mão..... mesmo de longe. Hoje eu o cultivo com cuidado e procuro não aborrecer muito..... assiduidade e apreço, como vc disse, em excesso, cansa! Mas, tenho sido regular por aqui, simplesmente porque me identifico com a inteligência, a cultura e o bom humor (ou não!) do Luciano. Identificar é figura de linguagem, claro, mas eu o admiro.
E sim, é verdade que o anonimato faz parte das regras do jogo. Não, não nego isso, e eu mesma, me sinto uma anônima dentre tantos. Não como tantos anônimos que mudaram e mudam o mundo diariamente, mas como mais uma, junto com tantos outros, que busca devagar, um lugar ao sol. Aliás, correndo o risco de me enganar claro, é a busca na mudança dessa regra específica, no chamado mundo gay (não concordo com o termo), que esse blog busca. A liberdade de ser o que se é, sem temor ou sem pejo, mas com tranquilidade, um sorriso de alegria e vontade de viver.
E em tempo: Cláudio foi meu professor preferido na faculdade. Você me trouxe boas lembranças. O nome não é comum por aqui.
Você não me magoou... procuro não cultivar magoas inúteis e sem motivo e não me ofendeu. Na realidade ...gosto de uma troca de ideias.
Vc não tem Blog “A.Claudio”??? Rsrsr.. e ... cof... cof...cof.... Gostei de saber que não usa cuecas..kkkkkkkk
Abraços
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