terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Os seus, os meus, os nossos


Os inimigos dos gays foram programados para combater um bando de estranhos degenerados transviados viciados em sexo. Por isso ficam sem ação quando se deparam com seres humanos absolutamente normais. Quando a luta pela igualdade de direitos assume um ar familiar, os inimigos ficam sem ação.

Em países onde a causa está em estágios mais avançados já existe um forte engajamento de familiares. O vídeo do jovem Zach Wahls (postei aqui no começo do ano) defendendo suas duas mães na câmera legislativa de Iowa teve muita repercussão na época, e na semana passada ressurgiu nas redes sociais. As palavras e os argumentos de Zach são atemporais, e o vídeo realmente merece ser revisitado de tempos em tempos.


Esta semana surge outra preciosidade. A candidata potencial à presidência dos Estados Unidos, inimiga dos gays, doida varrida e casada com um enrustido que tem uma clínica para "consertar" gays, Michele Bachmann, já foi confrontada na semana passada por garotos de uma escola do interior do país sobre suas posições contrárias ao casamento igualitário. Nesta semana, outra saia-justa que deixa sua habitual cara de louca sem palavras: ouve ao pé da ouvido o garotinho Elijah, de 8 anos, dizer: "My mommy's gay but she doesn't need any fixing". Será que agora ela entendeu ou vai precisar que se faça um desenho?

9 comentários:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

Até as crianças já começam a ter consciência né? Mas ainda existem estas excrementos como esta "senhora" na sociedade ...

Thiago de Assumpção disse...

lindo o video.. adorei...

Ricardo Marques disse...

Não gostei. Eu me senti constrangido, pois, parece que a mãe pediu para o menino falar isso, e ele estava bem constrangido, tadinho. Lute, e não peça para outros lutar por você. P.s. Sou gay e tenho um filho.

Mr. Ácido disse...

Concordo com o Ricardo Marques! O menino está constrangido e parece obrigado a dizer o que disse. Não foi espontâneo. Fiquei desconfortável ao ver a cena. QUero que meu filhos me respeitem como pessoa gay que sou e não obrigá-los a me defender... complicado. Mas que a Michele loka ficou com a passada ae toda torta, ah, isso ela ficou!

Coruja disse...

Concordo com o Ricardo e o Mr. Ácido, constangedor. A mãe quase empurrando o menino, e ele sem a menor vontade de dizer... Fiquei um pouco envergonhado.

Coruja disse...

*constrangedor

Anônimo disse...

Também não gostei. Realmente constrangedor. E não acho que a cara dela seja de quem ficou na saia justa, muito pelo contrário, ela fez aquela cara odiosa de quem diz "ah, olha aí. Eles estão usando as pobres criancinhas..."
Isso é ruim, pois dá argumentos a eles para nos atacarem e dizerem que estamos corrompendo crianças.
Mas me fez lembrar de um outro vídeo de uma outra criança que não lembro se foi aqui neste blog que eu vi, mas era de um menino que, na apresentação de dia dos pais cantava uma homenagem a seus dois pais. Na música ele descrevia sua rotina e falava do preconceito que enfrentava, mas que ele não ligava. E o refrão era cantado por todos os coleguinhas dele. Realmente lindo!

railer disse...

muito bom...
tomou?

Uma Cara Comum disse...

Discordo totalmente que esse vídeo dá argumentos para que digam que estamos corrompendo crianças ou usando-as em nosso benefício.

Bom, pode parecer constrangimento na visão de quem está de fora.
Mas creio que o vídeo mostra uma família num momento onde a mãe auxilia na educação do filho. Porque é preciso que os pais ensinem para os filhos que eles precisam lutar pela própria dignidade e se defender de ataques vindo dos outros, mesmo que se fique constrangido em fazer isso porque a pessoa que atacou tem mais "autoridade" que a pessoa que está se defendendo.

E pode ter certeza de que este menino, tendo uma mãe gay, precisará saber lutar pela própria dignidade, quando for alvo do preconceito de ser filho de quem ele é.

Minha mãe me ensinou exatamente o contrário: a engolir a humilhação alheia, levar desaforo pra casa, meter o rabo entre as pernas e engolir o choro.

Hoje, tenho que trabalhar tudo isso em terapias para aprender a lidar com minha falta de auto-estima que criou um buraco negro em mim...

Que mais famílias ensinem os filhos a lutar pela sua dignidade!

Abraços!!