quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Os três mosqueteiros

Eu normalmente não gosto de filme em 3D. Acho que tira a impressão de realidade do filme em vez de aumentá-la. Acho os óculos cansativos, me dão a impressão que estou assistindo ao filme através de um tubo. Sem contar que é normalmente só uma desculpa para o diretor inventar cenas ridículas em que alguma coisa voa da tela.

Os Três Mosqueteiros é o primeiro filme em que realmente gostei do 3D. O efeito tridimensional é usado de forma inteligente para estimular a ilusão espacial principalmente nas cenas dos luxuosos interiores dos palácios franceses e nas coreografias dos duelos de espadas. Na apresentação dos créditos iniciais, com a câmera sobrevoando um mapa animado da Europa e traspassando os letreiros, a gente já percebe que o uso do 3D evoluiu.

O filme é pura diversão juvenil elevada à máxima potência. É divertimento descompromissado com apuro técnico nos mínimos detalhes. Figurinos e cenários deslumbrantes e efeitos especiais de primeira linha. O que eles aprontam com a Torre de Londres, a catedral de Notre Dame e o palácio de Versalhes é inimaginável, mas mostrado com muito realismo.

Além de toda esta diversão, o filme tem bons atores, como Christoph Waltz, talvez um dos melhores atores da atualidade (morro de medo dele desde Bastardos Inglórios), que faz o cínico, malvado, vingativo e poderoso Cardeal Richelieu. E tem Milla Jovovich e Orlando Bloom.

Mas quem rouba as cenas é mesmo o trio de mosqueteiros formado por atores de meia-idade sedutores e cheios de charme como Ray Stevenson (o bonitão da foto grande lá em cima), este irlandês de 47 anos de idade com um sorriso de desarmar qualquer inimigo, que interpreta o Porthos. Que seja um por todos e todos por mim.

6 comentários:

Uma Cara Comum disse...

Eu tinha a mesma impressão que vc sobre o 3D nos cinemas! Mas, já que vc recomendou e disse que não é só um "espetáculo desnecessário", vou ficar de olho nesse aí...

Abraços!!

CriCo disse...

Eu nunca vou me esquecer do Titus Pullo, do seriado Roma. Ray delícia!

Dimas disse...

Que gato!!! é o meu número!
Vou tentar ver o filme só por ele!

Alan Raspante disse...

vou deixar pra assistir em dvd mesmo, rs

Fernando Sobrinho disse...

Um ator desse filme, Luke Evans, voltou para o armário. Ele era assumido no início da década passada. Agora, como periga se tornar astro de filmes de ação, qualquer menção às declarações do passado têm sido apagadas. Já alteraram até o seu verbete na Wikipedia. É uma pena, mas você ainda encontra alguns indícios do passado na Internet:

http://www.advocate.com/News/Daily_News/2011/08/10/Can_an_Advocate_Interview_Hurt_Rising_Action_Film_Star_Luke_Evans_/

http://www.eonline.com/news/marc_malkin/openly_gay_immortals_hobbit_star_luke/257449

Luciano disse...

@Fernando Sobrinho:
É verdade. E é uma pena que a pressão dos empresários tenha feito ele tomar o caminho inverso - o Luke Evans é um puta pedaço de mal caminho. O consolo é saber que independente do que ele disser a gente sabe o que ele é.
Abraço,
**