Eu sei que eu já deveria ter parado de me importar há muito tempo com as sandices que o João Pereira Coutinho escreve na Folha de S. Paulo. Hoje ele vem com mais um texto onde tenta mostrar perspicácia com a descrição de uma viagem ao Marrocos para dizer que "Espero que Obama agora nos brinde com a defesa da poligamia". Não entendo como um sujeito supostamente esclarecido consegue se posicionar ao mesmo lado da extrema direita religiosa americana, que usa este tipo de comparação como argumento contra o casamento igualitário - a de que a aprovação abriria as portas para que as pessoas se casassem com prédios ou árvores, ou com várias pessoas ao mesmo tempo. A pequenez do pensamento é tanta que nem dá para começar a argumentar.
Por outro lado, o prefeito de Newark, Cory Booker, usou o twitter para fazer uma declaração singela que consegue transmitir todo o significado da histórica declaração de Obama. Booker disse: "vou dar uma entrevista assim que conseguir parar de dançar". Uma grande pena que o Coutinho tenha um espaço tão privilegiado em um jornal de tão grande circulação e continue tão míope e tão tacanho.
3 comentários:
É aquela história: Eu sou mais inteligente pois não penso ou me oriento com o senso comum.
O que soa tragicamente ridículo, já que os direitos dos gays, infelizmente, estão longe de um senso comum.Quem me dera que a maioria da sociedade fosse favorável a proteção dos direitos dos homossexuais.
Nesse caso, ele só está sendo arcaico, mesmo!Nada de vanguarda!
Foi-se o tempo em que a foia era um jornal de verdade, hoje nao passa de um tabloide transvestido de jornaleco
A "Falha" de São Paulo está longe de ser referência a jornal sério.
Quanto ao tal de Coutinho, é fácil, é só deixá-lo escorregar para a irrelevância a que ele pertence.
Irrelevância, aliás, da qual ele só sai, de vez em quando, ao falar bobagem...
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