quinta-feira, 10 de maio de 2012

¡Hola! ¿Qué tal?

Eu fico triste de ver o caminho que a Argentina tem escolhido em sua trajetória econômica. O Brasil também já viveu sob governos populistas no passado e a gente sabe muito bem onde vai dar. Mas tenho me surpreendido muito positivamente com o avanço dos direitos individuais naquele país, que tem conseguido implementar mudanças que seriam impensadas na atual conjuntura brasileira. A aprovação do casamento igualitário há dois anos, por exemplo, foi um passo que colocou o país pelo menos dez anos à frente do Brasil em termos de direitos dos homossexuais.

Mas os progressos não param por aí. No começo desta semana foi aprovada a lei da morte digna para pacientes terminais. Esta lei envolve muita sensibilidade e leva em conta o respeito pelo paciente terminal, e só aumenta a dignidade da condição humana. Alguém já parou para imaginar o barulho que os políticos evangélicos e as igrejas fariam se aqui no Brasil fosse tentada iniciativa semelhante? Seria algo como aquele teatro patético da época da votação da interrupção da gravidez de feto anencéfalo, só que multiplicado por dez.

E ontem foi aprovada, por ampla maioria, a lei da identidade de gênero que autoriza travestis e transexuais a alterar o sexo no registro civil para ajustá-lo à condição real do indivíduo. Alguns estados brasileiros já permitem que travestis e transexuais utilizem o "nome social" em documentos da rede de saúde, mas isto está muito aquém de uma efetiva alteração civil de gênero.

A Argentina também é um pais latino de forte tradição religiosa. Ainda precisamos aprender com eles como se expulsa a religião da política. Urgentemente.

8 comentários:

M. disse...

Além da trajetória econômica caótica, também tem me chamado a atenção, as sanções impostas a imprensa argentina. Com tantos progressos na área social de direitos aos de gêneros diversos é estranhamente constrangedor ver o retrocesso em outras áreas tão ou mais importantes ao cidadão argentino, como as finanças e a livre imprensa.
Abraços Luciano

Red disse...

colega, ia postar no tópico da North Carolina mas acabei esquecendo. vc que gosta de fotos, essa seria uma boa pra ter ilustrado aquele tópico:
http://a1.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash3/526280_3945578767576_1523227984_33387250_1306676691_n.jpg

Anônimo disse...

Como se Lula e Dilma não fossem governos populistas, no pior sentido.

P. Florindo disse...

Embora o povo argentino não seja tão simpático como o brasileiro (ou menos cínico), eles tem uma visão social e política que deveria nos servir de exemplo. São mais politizados, mais patriotas (sem extremos) e são socialmente menos egoístas. Pensam mais no coletivo do que nós.

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

Estes paradoxos da sociedade Argentina não são compreensíveis mesmo ... mas enfim ... vivas aos hermanos ...

Anônimo disse...

A economia argentina é uma das que mais cresce na América do Sul

Andre.BH disse...

Ela toma essas atitudes porque tem baixo custo politico! Falo isso porque moro aqui.Com os indigenas de Formosa nao fez nada?Uma vergonha.Nao moveu uma palha e ainda foram expulsos do protesto que faziam na 9 de julio e a razao?O governador eh um aliado politico.E os casos de corrpucao do vice? Legal dizer que eh uma das que mais cresce, e porque alguns amigos estao pensando em ir para o Brasil?Isso sem mencionar a grande investida comercial:Angola!Vive se uma alienacao politica...Explode os escandalos e o que da em nada? Ficam repetindo que clarin e la nacion mente, pq o resto esta comprado pelo governo e tem medo de fazer oposicao. Comparemos o custo politico de uma decisao da Cristina e Dilma, de quem eh o maior?Eh um pai catolico sim, mas os jovens nao possuem muita ligacao como antigamente. Lembremos que eh uma instituicao que contribuiu em larga escala com o golpe militar, mais que no Brasil!

pop disse...

Os brasileiros lêem em média um livro por ano e os argentinos quatro.
Arrisco um palpite que essa é a principal diferença a alimentar esse pensamento progressista.