segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Questão de pele

Eu era assim...
Quem assistiu aos intervalos comerciais do Jornal Nacional de hoje deve ter reparado que a propaganda da Caixa Econômica mostrando o Machado de Assis foi refeita para ser fiel à realidade e mostrar o escritor como o mulato que ele sempre foi.

Acho muito positivo que uma questão que pode ser tão sensível para muita gente seja corrigida assim de forma tão rápida. O equilíbrio entre licença criativa e verdade história tem que ser especialmente cuidadoso nas questões mais sensíveis.

E fiquei assim...
Nos Estados Unidos no momento discute-se até que ponto o diretor Clint Eastwood vai permitir que o poderoso diretor da CIA Edgar Hoover, interpretado por Leonardo DiCaprio no filme J. Edgar a ser lançado em 9 de novembro, seja mostrado como o homossexual que seus amigos mais íntimos conheciam.

(Os vídeos com a versão antiga e a nova do comercial da Caixa Econômica podem ser vistos aqui).


9 comentários:

DPNN disse...

Agora vão reclamar que esse novo Machado ficou negro demais para ser o Machado...

Daniel Cassus disse...

Também acho que ficou negão demais. Ele era mulato. KD IRANY???

Anônimo disse...

MUQUE, GOSTARIA QUE VC ASSISTISSE O CQC DE ONTEM, O TIRIRICA REVELOU TER UM FILHO GAY, ISSO É MUITO BOM, JÁ QUE A ANOS ATRAS ISSO NUNCA ACONTECERIA, AS PESSOAS ESCONDIAM COMO SE FOSSE UMA DOENÇA, HEBE É UM EXEMPLO DISSO, JÁ QUE O FILHO DELA...

Anônimo disse...

Pois é. Acho Tb que ele ficou negão demais. É comum ver em fotos históricas que ele era mulato de pele clara, ou seja, daqueles que por racismo latente poderiam se passar até por branco.

Um exemplo famoso, hoje no Brasil, poderia ser a Camila Pitanga, tenho certeza que se o grande público não conhecesse as origens dela essa confusão aconteceria, como sempre aconteceu com Sônia Braga.

E disso eu posso falar com propriedade, pois sou filho de uma branca com um negão, e na minha casa existem texturas de cores que adoramos.

Abraço,
de Salvador/BA

Anônimo disse...

Machado de Assis não era branco, isso é um fato! Ele era afrodescendente, assim como o ator escolhido para fazer o novo comercial, agora se sua pele era mais clara ou mais escura, isso não importa.
Iniciativas como essa são importantíssimas, pois nos mostram que em nossa história também existiram afrodescendentes importantes e não apenas brancos como estamos costumados a ver nos livros de história, programas de televisão, etc.
Acho engraçado essa questão referente a tonalidade de pele no Brasil, na grande maioria dos países não existe isso de ser pardo, mulato, moreno, ou a pessoa é negra ou branca. Nos E.U.A. mesmo que você nasça com a pele branca e um de seus pais seja negro você é considerado negro.

Willian Silva

Anônimo disse...

Quem diria, aquele preto velho do quadro primo-irmão do "menino chorando" e do "cavalos fugindo da floresta pegando fogo" é o Machado de Assis! Poxa, só aqui mesmo pra eu ficar sabendo disso. Excelente post!

Uma Cara Comum disse...

Esse tipo de sensibilidade para assuntos que precisam ser melhor abordados é fundamental. Por isso, acho que é coerente defender esse tipo de "cuidado" e não apedrejar a Iriny Lopes que tenta fazer, á sua maneira, que isso seja implantado no Brasil.

Pedras chovendo sobre mim em 5, 4, 3, 2...

Anônimo disse...

Gostei da iniciativa e achei estranho o primeiro comercial. Machado não sofreu o que seus contemporâneos sofreram porque não dava na vista suas origens, fato. Nesse daí, carregaram na melanina, mas deixa pra lá, é válido porque derruba por terra o eterno argumento de que "negro não tem vez" no Brasil.

Alexandre Lucas disse...

Um país de tolos.