terça-feira, 24 de abril de 2012

The times they are a-changing

Bob Dylan encerra hoje sua passagem pelo Brasil sem ter provocado muito barulho. Parece que seu significado ficou perdido lá nos distantes anos 70 quando suas músicas eram tão obrigatórias para qualquer jovem contestador quanto fumar um baseado ou ter um poster do Che na parede do quarto. Todo historiador sabe que é impossível entender as transformações sociais que o mundo atravessava nos anos 60 e 70 sem passar por Bob Dylan e suas canções que se tornaram hinos nas lutas por direitos.

Eu curtia Bob Dylan, mas não era muito fanático pela voz meio esganiçada que me lembrava um violão com as cordas frouxas. Fui redescobri-lo décadas depois através de sua própria música na voz de outros grandes cantores. E fui ficando cada vez mais impressionado ao ir descobrindo que todas aquelas músicas que eu adorava eram dele. Bob Dylan criou um repertório invejável de clássicos.

Falco - It's All Over Now, Baby Blue:

Antony & The Johnsons - Knockin' On Heaven's Door:

Jason Mraz - A Hard Rain's A-Gonna Fall:

Randy Travis - Don't Think Twice, It's All Right:


2 comentários:

Matheus Hist disse...

O problema do Dylan, pode ter sido exatamente esse: ter ficado datado. No que as gerações seguintes não se viram representadas mais na sua figura.
Faltou aí o Jokerman com o Caetano (http://matheushist.blogspot.com.br/2012/04/best-nightingale-tune.html), que é infinitamente melhor que o original!

Sandro Fortes disse...

Dylan é - como definiria Freud - um daqueles prazeres difíceis, que exigem mais esforço.