segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Intocáveis


Eu sempre gostei mais das histórias de grandes amizades do que das histórias de grandes amores.  As grandes paixões levam a estados alterados que normalmente envolvem posse e ciúme acompanhados de processos dolorosos. Já as amizades são despretensiosas, não implicam cobranças exageradas, e não requerem exclusividade.

Intocáveis é a história de uma grande amizade, nascida de forma improvável entre um francês tetraplégico podre de rico e um rapaz negro pobre que vive à margem da sociedade. O filme se vale da fórmula super batida milionário-vive-vida-monótona-até-pobretão-lhe-mostrar-a-verdadeira-razão-de-viver-através-das-coisas-simples-da-vida, mas isto não lhe serve de demérito. O desempenho dos dois protagonistas é tão bom que cativa desde o primeiro instante, e a história é leve e edificante sem ser piegas. O fato de ser inspirada em um caso real também a deixa mais interessante.

Durante todo o filme fiquei pensando na condição dos inválidos e dos idosos, que acabam se tornando figuras invisíveis com as quais evitamos contato olho no olho por não sabermos como lidar com eles. Costumo acompanhar meus pais idosos às consultas médicas e é realmente incrível como os médicos em geral os tratam como crianças, falando no diminutivo e demonstrando condescendência.

A grande amizade de Intocáveis começa justamente quando Phillipe (François Cluzet) percebe que Driss (Omar Sy) o trata como um igual, sem se intimidar pela sua condição física ou financeira. É um filme delicioso. Não perca!


5 comentários:

Unknown disse...

Este filme deve ser lindo, falando dos idosos, nosso País está envelhecendo e não vejo nada sendo feito para acolher a quantidade de idosos que este País já possui e vai possuir, esta conversa de País jovem já era, está no passado!!! Fora a falta de acessibilidade para os portadores de necessidades especiais, nós que não temos este problema físico, sofremos no dia a dia pelas ruas imaginem esta parte da população!!!! E não se vê nada sendo feito para acessibilidade de todos.

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

gostei da dica ... quero ver ...

Unknown disse...

O filme é realmente excelente! Vale a pena assistir!

:D

M. disse...

A questão do idoso é realmente dolorosa. As pessoas parecem se esquecer de que eles ainda são seres pensantes e tem vontade própria. Deixam de conversar com eles e por vezes o ignoram dentro de suas próprias casas.

O filme parece ser bom...já ouvi outras críticas muito boas.

Beijos Luciano.

railer disse...

filme muito bom mesmo. também falei na minha crítica a mesma coisa que você, que a questão de ser tratado como igual pelo outro fez muita diferença.