segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Vingador / Ditador / Procura-se

Há algum tempo não vejo um filme daqueles que tocam e fazem a gente ficar dias digerindo o que viu. Os três últimos filmes que vi no cinema perdem fácil para os capítulos eletrizantes de Avenida Brasil.

A nova versão de O Vingador do Futuro perde para a versão de 1990 com Arnold Schwarzenegger. É claro que a tecnologia 22 anos depois permite que o filme tenha um visual mais elaborado - a cenografia é realmente exuberante e a representação futurística do planeta é de encher os olhos. Mas isto não salva o filme. A história é interessante, inspirada em um conto de Philip K. Dick, mas o filme ficou devendo. Parece ter copiado descaradamente algumas soluções visuais de A Origem.

O Ditador sofre do maior mal que pode acometer um filme: é chato. As piadas são rasteiras e antes da metade a gente já está olhando para o relógio impacientemente. Há uma cena com uma mulher grávida em trabalho de parto que me fez mentalizar com força para que terminasse logo porque o constrangimento beirava o insuportável. Sasha Baron Cohen já provou ser excelente ator e deveria considerar investir em uma carreira de filmes sérios.

Procura-se Um Amigo Para o Fim do Mundo é bonitinho, mas anda em círculos sem conseguir se decidir se é uma comédia romântica ou um romance de humor negro. Tem a vantagem de partir de uma premissa interessante: em três semanas a Terra será destruída por um asteroide gigante e todo mundo tem que decidir como quer passar os últimos dias. O tema da destruição do planeta, que normalmente gera filmes de ficção científica cheios de efeitos pirotécnicos, fica aqui concentrado nas pessoas, principalmente nos personagens de Steve Carell e Keira Knightley, dois perdidos à procura de um sentido para a vida nestes últimos dias. 



3 comentários:

railer disse...

fui ao cinema ver intocáveis e gostei muito. estes três eu deixarei pra quando passar na tv...

M. disse...

Não consigo gostar desse Steve Carell... o camarada não me chama a atenção... acho ele chato.
Esses tbem vão passar.
bjs

CriCo disse...

Eu adorei O Ditador, nunca ri tanto em um filme como eu ri nesse. Nem em Borat e nem em Brüno.