Os casos recentes de bullying motivado por homofobia em escolas americanas revoltaram a opinião pública. Várias personalidades, incluindo Ellen Degeneres e Cindy Lauper, estão usando do prestígio para exigir medidas que previnam outras tragédias. E no Brasil, como anda a situação?
Uma pesquisa recente sobre a Homofobia nas Escolas realizada em 11 capitais brasileiras com o apoio do Ministério da Educação revela que o ambiente estudantil brasileiro é bastante hostil aos estudantes gays. Outro dado muito importante levantado pela pesquisa é que, embora os estudantes gays, lésbicas, bissexuais e travestis sejam percebidos e hostilizados pelos colegas, as direções das escolas negam a homofobia. Segundo as escolas, "aqui não existem estudantes gays, lésbicas, bissexuais ou travestis".
A última pessoa que eu me lembro negando oficialmente a existência dos gays, lésbicas, bissexuais e travestis foi o Mahmoud Ahmadinejad. E este senhor não é nenhum modelo a ser seguido. É triste quando a gente descobre que o Irã é aqui.
7 comentários:
No dia em que nas rodas familiares as piadas não forem mais homofóbicas, aí talvez a gente comece a melhorar os ambientes. Mas piada de bicha ainda é top na preferência nacional.
Eu já tive alunos que nem sei se eram realmente gays ou não, mas tinham muitos trejeitos. E eram maltratados... e como eram...
É foda isso de não se ter apoio de canto nenhum...
Um dos problemas nas escolas do país. Um dos menores problemas, aliás... o que é mais assustador.
Sempre comento com meus amigos que quem sobrevive à escola, sobrevive á qualquer coisa. É engraçado e triste!
Em 2004 foi realizada uma pesquisa intitulada: Juventude e Sexualidade nas escolas, resultado de uma parceria entre UNESCO e Governo Federal, coordenada pelas pesquisadoras Mary Garcia Castro, Miriam Abramovay e Lorena Bernadete da Silva, onde foi observado, entre outras coisas, que 37,5% dos alunos do sexo masculino e 16,3% do sexo feminino, rejeitam à presença de homossexuais na sala de aula. E que 6,3% dos professorEs e 14,5% das professorAs (tomando-se Salvador como panorama para a Bahia) consideram a homossexualidade uma doença. Mas este índice chega a 22,4% entre professorEs e 13,9% entre as professorAs de Goiânia
Mesmo em posse dessas informações o governo brasileiro não incluiu, ainda, nos cursos de Pedagogia uma matéria especifica sobre Sexualidade Humana. Embora os professores sejam orientados a debater o tema quando surge nas salas de aula, mas sem receber orientação para isso. Eita Brasil porreta!
Luciano, voce viu o Projeto It gets better? http://www.youtube.com/user/itgetsbetterproject
Um canal do YT em que gays tentam confortar os adolescentes gays com dificuldades de se encaixar no meio social, para evitar o crescimento da taxa de suicídios. Bem bacana.
abraço
[j]
@[Joe],
Vi sim sobre o It Gets Better e achei muito legal. O Tony escreveu sobre este projeto na semana passada, neste post.
Abraço,
**
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