Sombras da Noite (Dark Shadows, 2012) é uma fábula de humor negro divertidíssima. A família Collins foi há cerca de 200 anos da Inglaterra para os Estados Unidos, onde fez fortuna com a indústria do pescado. Barnabas Collins (Johnny Depp), apaixonado pela burguesa Josette DuPres, recusa o amor da criada Angelique, que trama a morte de Josette e transforma Barnabas em vampiro, enterrando-o para sempre em um caixão de metal.
O "para sempre" planejado pela bruxa Angelique tem fim em 1972 quando o caixão é desenterrado por acidente e Barnabas volta à ativa para se vingar. Primeiro Barnabas se reintegra ao que restou de seus descendentes - uma família disfuncional à beira da falência. Os Collins de 1972 são uma comédia à parte: a casa é comandada pela matriarca Elizabeth (Michelle Pfeiffer, mais linda do que nunca aos 54 anos de idade) que tem uma filha adolescente problemática (Chlöe Grace Moretz, que já foi vampira na versão americana de Deixa Ela Entrar e mais recentemente deu outro show em A Invenção de Hugo Cabret) e um irmão parasita que tem um filhinho perturbado, David. Para completar o quadro a família hospeda uma psiquiatra alcoólatra (Helena Bonham Carter) que cuida do pequeno David. No castelo da família, agora caindo aos pedaços, moram também dois serviçais meio parvos.
A família é tão esquisita que nada parece surpreendê-los, nem o fato de ter um antepassado vampiro convivendo com eles, e tudo é motivo para tiradas engraçadas envolvendo principalmente a cultura pop dos anos 70. A trilha sonora é uma delícia que vai de Carpenters a Alice Cooper ("a mulher mais feia que já vi na vida", segundo Barnabas Collins em uma cena em que Alice Cooper aparece ao vivo).
O filme traz uma justa homenagem a Christopher Lee, hoje com 90 anos de idade, que faz uma breve aparição como o capitão de um barco de pesca. Christopher Lee foi o vampiro por excelência em filmes antigos, da mesma geração de Vincent Price, que fez a voz cavernosa da narração de Thriller. Também ótimo é ver como Barnabas Collins praticamente se transforma em Michael Jackson quando passeia pela cidade de óculos escuros protegido por um guarda-sol - uma semelhança que seguramente não é acidental.
O resto é resultado da transformação do macabro e do mórbido em pura diversão para se assistir comendo pipoca com sangue.
A família é tão esquisita que nada parece surpreendê-los, nem o fato de ter um antepassado vampiro convivendo com eles, e tudo é motivo para tiradas engraçadas envolvendo principalmente a cultura pop dos anos 70. A trilha sonora é uma delícia que vai de Carpenters a Alice Cooper ("a mulher mais feia que já vi na vida", segundo Barnabas Collins em uma cena em que Alice Cooper aparece ao vivo).
Barnabas Collins (Johnny Depp) e Michael Jackson: gêmeos separados no berço? |
O resto é resultado da transformação do macabro e do mórbido em pura diversão para se assistir comendo pipoca com sangue.
3 comentários:
não faz meu gênero mas parece interessante ...
bjão
Deve ser muito divertido, gostei, vale apena ver sim, quanto ao Christopher Lee morria de medo dele naqueles filmes tenebrosos de vampiro assistia escondido de meus pais, não tinha idade, e depois para ir para a cama a noite atravessar o corredor para o quarto, que medo, tremia de cima a baixo!!! Teimoso que eu era em assistir esses filmes!!!!
eu gostei muito do filme. adoro tim burton. e essa coisa 'nosferatu' ficou show!
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