Ela era uma policial lésbica que lutou para que sua companheira fosse reconhecida como sua dependente e herdeira, principalmente depois de descobrir que tinha câncer de pulmão em estágio terminal. Com o título de Freeheld, esta história comovente, que já foi contada em um documentário há alguns anos, está prestes a ganhar as telas de cinema com ninguém menos que Julianne Moore e Ellen Page nos papeis principais. E ainda tem Steve Carell interpretando um ativista gay.
O curta de mesmo nome foi feito em 2007, e pelo trailer a gente pode conhecer um pouquinho dos verdadeiros personagens dessa história de luta de pessoas que batalharam no passado para chegarmos onde estamos hoje.
Daí você pensa: eu adoro fotografar e agora que tenho um gatinho vou fazer milhares de fotos super fofas. Errado. Nenhum manual de instruções explica que um gato macho filhote ainda não castrado é o equivalente de uma batedeira elétrica de 110V que foi ligada por engano no 220. As tentativas de fotos invariavelmente viram imagens fantasmagóricas de uma mancha passando na frente da lente em alta velocidade. Lembram aquelas fotos de ectoplasma apresentadas pelos estudiosos de fenômenos sobrenaturais.
E quando a gente consegue uma foto mais ou menos, fica achando que acabou de produzir uma obra prima da fotografia. Só porque a foto está minimamente em foco.
Há coisa de uns quatro anos eu fui levar uns documentos na casa de uma pessoa onde eu nunca havia estado antes e, assim que entrei e sentei, um gato apareceu na porta. Ele me olhou de longe e em passos largos e rápidos correu até mim, pulou no meu colo e ali se aninhou. A moça se desculpou, e disse ter ficado muito surpresa porque a gata era normalmente muito arisca e nunca chegava perto de estranhos. Foi nesse dia que eu tive a certeza de algo que já desconfiava há muito tempo: eu sou o que muita gente chama em inglês de "cat person".
Gatos sempre me fascinaram. Sou incapaz de passar perto de um felino sem parar para olhar com admiração. Há uma conexão invisível entre a gente.
Pois no último sábado eu finalmente venci a resistência e resolvi adotar um gatinho para exercitarmos de perto este estranho amor. Procurei o CAV (Centro do Amigo Viralata), que faz um trabalho lindo de resgate de animais abandonados e intermedeia adoções responsáveis. Quando entrei no local eu e o Pipo nos escolhemos de imediato.
O Pipo tem quatro meses, é muito lindinho, e tem uma energia inesgotável. Ele tem o péssimo hábito de lamber a minha orelha e a minha barba, mas ainda estamos estabelecendo limites. Ele já destruiu uma planta que eu tenho na cozinha e está arranhando todo o sofá. E eu estou absolutamente maravilhado. De que vale um sofá se não tiver marcas dos momentos felizes que você já viveu nele?
Parabéns para a revista de esportes italiana Sportweek que esta semana atacou de frente a questão da homofobia nos esportes publicando na capa um beijo do casal Giacomo e Stefano, que são um casal na vida real e jogam no Free Rugby Roma.
A novela Sete Vidas acabou hoje e vai deixar saudades. Sem dúvida um dos textos mais deliciosos, inteligentes, e sensíveis da teledramaturgia brasileira recente. Foi particularmente interessante o desfecho dos dois amigos de meia idade que até então eram heterossexuais casados, mas que descobriram uma afinidade enorme que se transformou em amor no decorrer da trama. No último capítulo, os dois, já separados de suas esposas, se encontram para uma conversa de amigos e combinam um cinema. A cena pode ser vista aqui.
A última cena, que infelizmente não foi disponibilizada em vídeo, mostra os dois no cinema, assistindo a um filme mudo de Charlie Chaplin. Lentamente um amigo toca de leve a mão do outro, e ao tentar retirar a mão é brecado pelo outro, que segura a mão mais fortemente. Os dois se entreolham discretamente, e continuam a assistir ao filme de mãos dadas. Uma cena sem palavras, de uma beleza intensa, e de uma sutilidade imensurável.
Esperando o dia em que a comemoração de uma conquista da comunidade LGBT aqui no Brasil conte com a participação animada de um policial como aconteceu em Nova York neste final de semana.
Hillary Clinton, próxima presidente da nação mais poderosa do planeta, não apenas apoia os direitos da comunidade gay. Hillary Clinton é ativista incansável pela causa LGBT. Este é o vídeo que ela divulgou hoje como parte da campanha à presidência.
Até algum tempo atrás havia um político americano que começara uma verdadeira cruzada contra os gays. Rick Santorum, do partido republicano, era um pé no saco e perseguia os gays assim mais ou menos como o Malafaia aqui no Brasil. Daí o ativista Dan Savage, em uma jogada sensacional, lançou uma campanha para que seus seguidores sugerissem novos significados para a palavra 'santorum'. Com isso acabaram designando à palavra algo nojento que até então não era conhecido por nenhum nome próprio: passaram a chamar de 'santorum' as fezes que eventualmente aderem ao pênis depois de uma relação anal. O uso massivo da nova denominação contaminou o Google e a nova palava pegou, para desespero do político.
O jornalista Ricardo Boechat, ao mandar Malafaia "procurar uma rola" acabou, talvez sem planejar, lançando uma ótima campanha para se desmoralizar o pastor idiota falastrão de forma semelhante à que foi usada para desbancar Santorum. "Malafaia, vai procurar uma rola" virou refrão fácil de repetir, gostoso de falar, que contém em uma frase simples a malícia típica do brasileiro e resume o que sempre tivemos vontade de gritar para este pastor estúpido. O refrão pegou. Ontem, durante show na Virada Cultura de São Paulo, Lenine estreou a frase para delírio da plateia.
Quem anda no meu carro deve estranhar que eu utilizo o Google Maps com navegação turn-by-turn até para ir à padaria a três quarteirões de distância. A ideia é simples: a melhor forma de aprender e dominar uma nova ferramente é quando você não precisa dela desesperadamente. Não adianta achar que você vai conseguir ler o manual e aprender a pilotar quando o avião estiver caindo. Da mesma forma, você provavelmente não vai conseguir sair de uma região perigosa e hostil usando o GPS se não souber previamente muito bem como ele funciona.
Usei o Waze (que também é da Google) durante anos, mas o Google Maps se atualizou a ponto de deixar o Waze comendo poeira. Além disso a navegação do Google Maps utiliza um algoritmo que simula mais fielmente as decisões de um motorista humano, e evita aqueles inexplicáveis ziguezagues que todo mundo que utilizou o Waze conhece muito bem.
Com a integração aos comandos de voz do Google Now que entendem muito bem o português, eu apenas digo ao smartphone "OK Google", "Navegar para casa" e voilà! o visor mostra a rota e vai emitindo instruções do tipo "vire à direita na Avenida Andrômeda" ou "faça curva leve à esquerda para entrar na Avenida Cidade Jardim". Mais claro, impossível!
Com as últimas atualizações a navegação pelo Google Maps chegou a níveis que eram inimagináveis há alguns anos. A versão mais recente inclui instruções preditivas (do tipo "mantenha-se na faixa da direita para tomar rampa de acesso ao Anel Viário em 400 metros") e utiliza instruções que o programa lê nas placas de trânsito fotografadas pelo Google Street View.
Isso mesmo que você leu. O Google Maps inclui instruções com base nas placas de trânsito que vão aparecendo no seu caminho. A caminho da minha casa, por exemplo, sempre ouço a instrução "Mantenha a sua direita e tome rampa de acesso para o Bequê dos Eucaliptos". "Bequê dos Eucaliptos" é a placa "Bq. dos Eucaliptos" (Bosque dos Eucaliptos) lida nos servidores da Google.
Quer um conselho? Aprenda a usar bem a navegação pelo Google Maps - você provavelmente ainda vai precisar dele um dia.
Nada como um capítulo atrás do outro. Apesar da edição pouco didática e da trama aparentemente confusa do primeiro episódio, Sense8 entrou nos trilhos já no segundo capítulo. Cenas lindíssimas filmadas nos oito locais do planeta (Chicago, San Francisco, Londres, Mumbai, Nairobi, Seul, Berlim, e Cidade do México) onde habitam os principais personagens, protagonistas cheios de nuances (um personagem é uma transexual que namora uma lésbica, um é um ator machão gay enrustido, outra é uma viciada em drogas, e por aí vai), e recheado de cenas com alto erotismo (inclusive de sexo gay com o gatíssimo ator mexicano Alfonso Herrera - ex "Rebeldes"), a definição dos personagens e os mistérios da trama começam a adquirir algum sentido a partir do segundo capítulo. Sinto que se eu assistir mais meia hora já estarei completamente fisgado.
Sense8 estreou hoje no Netflix. Dos mesmos criadores de Matrix e Babylon 5, a série chega cheia de promessas. Vi o primeiro episódio e fiquei com a impressão de que o responsável pela edição bebeu todas antes de ir para o trabalho, mas ainda é muito cedo para ter uma ideia definitiva.
Ontem eu fiz uma viagem de urgência a Santos para participar do velório de um primo jovem muito querido que sucumbiu a um câncer devastador em poucos meses. E fiquei muito surpreso de conhecer o Memorial Necrópole Ecumênica - esta construção enorme aí da foto (a torre maior está em construção). É um cemitério vertical, talvez o maior do mundo. Um lugar todo dedicado à disposição de restos mortais, com lóculos, ossário, cinerário, crematório, espaço para velórios, e uma infinidade de outras facilidades. O espaço é ecumênico e não tem absolutamente nenhum símbolo religioso, como cruzes ou imagens. O hall dos velórios parece uma entrada de shopping center, é amplo, confortável, com sofás. E para os frequentadores o espaço oferece restaurante, um museu de carros antigos, jardins com pequenos riachos e peixes, um viveiro de aves exóticas - que contribuem para relaxar um pouco as pessoas que normalmente estão ali sob forte emoção.
E quando qualquer pessoa quiser visitar o local onde estão os restos mortais de um ente querido, basta tomar o elevador, ir até o andar onde fica o lóculo que guarda os restos mortais. Ali o visitante tem privacidade para cultivar a memória do morto na mais absoluta paz, com vista para a cidade.
Eu nunca havia ido a um lugar assim e gostei muito da solução. Fiquei levemente tentado a reservar um espaço na torre mais alta para quando chegar a minha hora.
A Google é, para mim, a empresa mais cool da atualidade. Ela oferece inteiramente grátis o melhor buscador (Google), o melhor visualizador de vídeos (YouTube), a melhor plataforma para blogueiros (Blogger), o melhor gerenciador de mapas (Google Maps), o único visualizador a nível de ruas (Google Street View), um excelente aplicativo GPS (Waze), o melhor gerenciador de e-mails (Gmail), o melhor aplicativo armazenador de dados na nuvem (Google Drive), e o sistema para smartphones mais utilizado no mundo (Android).
Como se tudo isso não bastasse, a Google apresentou na semana passada uma ferramenta absolutamente revolucionária para quem curte fotografia e fotografa com frequência: o Google Photos. Inteiramente gratuita e com capacidade inesgotável, o aplicativo reúne em um único local todas as fotos que o usuário fizer, em qualquer aparelho (mesmo os da Apple), interligados por meio da conta Google.
Estou usando o Google Photos desde o dia do lançamento e não canso de me surpreender. Tiro uma foto com meu smartphone ou minha câmera (as melhores lentes) e em seguida abro o iPad (que tem a tela maior) e a foto já está me esperando lá para eu fazer qualquer edição necessária. Sim, ao contrário do iCloud da Apple - que só funciona nos dispositivos Apple, o Google Photos é multiplataforma e funciona indistintamente em qualquer dispositivo que tenha o aplicativo.
Como se isso não bastasse, o Google Photos reuniu todas as fotos de quem já utilizada o PicasaWeb. Resultado: o meu Google Photos já começa com quase 5.000 (cinco mil!!!!) fotos que tirei ao longo dos últimos dez anos, devidamente armazenadas, catalogadas, separadas, tagueadas, e facilmente acessíveis de qualquer lugar e de qualquer aparelho. No dia do lançamento o aplicativo já estava disponível em versões para iOS e para Android, inteiramente grátis, além da versão web para desktops. Para mim, isso é ser totalmente cool!
Veja abaixo a apresentação do Google Photos feita na semana passada e entenda porquê esta ferramente é realmente revolucionária.
Já lá se vão mais de quarenta anos desde que o filme Terremoto, de 1974, trouxe um toque de realidade para as salas de exibição com a introdução do efeito sensurround que fazia a sala literalmente tremer às custas de excessos de decibéis. Terremoto inaugurou uma onde de filmes catástrofe que por várias décadas destruiu cidades, povos, planeta, ao ponto de saturação. E ninguém aguentava mais ver cenários e maquetes que se mostravam cada vez mais falsos com a evolução da imagem para níveis de resolução cada vez mais altos.
Terremoto: A Falha de San Andreas traz novo vigor para o gênero. O filme não tem nada de novo no quesito roteiro, muito pelo contrário. "Casal que enfrentou uma tragédia familiar recente e está em processo de separação mas descobre que ainda se ama no meio de uma grande catástrofe" é o resumo de uma linha que se aplica a todos e também a este. O que é diferente agora é o realismo. Os efeitos tridimensionais muito bem realizados, a ação ultra realista, e o suspense constante fazem o espectador ficar sentado na pontinha da cadeira. E o filme não economiza em imagens espetaculares e vertiginosas desde o começo até o fim.
Nunca antes no cinema uma hecatombe dessa natureza havia sido mostrada com imagens tão realistas, e os fãs do gênero certamente vão adorar. É o cinema catástrofe se redescobrindo exatamente onde começou.
Se você está aí com uns quinze minutos sobrando enquanto espera o bolo assar para o café, aproveita para assistir a este curta argentino. O Primo. Tensão sexual em estado bruto.
O mundo ficou hoje um pouquinho mais verde, a cor oficial da Irlanda que normalmente marca as festividades do dia de São Patrício, padroeiro oficial do país. E a própria Irlanda ficou muito mais colorida, com todos os espectros do arco-íris. O país acaba de aprovar o casamento gay.
Por que é tão importante? Porque a Irlanda é o primeiro país do mundo a sondar a questão por meio de referendo popular. O país todo foi às urnas ontem para votar se aprovava a modificação da constituição, que anteriormente previa apenas o casamento entre um homem e uma mulher. O resultado acaba de sair dando vitória esmagadora para a aprovação do casamento gay: dois terços do país votaram SIM.
A história de heróis anônimos que libertam um povo de um tirano opressor já foi contada milhares de vezes. Nesta volta da franquia Mad Max, trinta anos depois do último filme, a história é recontada em ritmo vertiginoso, alta octanagem, efeitos especiais de encher a tela, muita testosterona, violência à enésima potência, muita poeira, ritmo frenético - tudo isso junto e misturado e servido com dois ovos fritos em cima.
A experiência proporcionada pelo diretor George Miller pode ser comparada a uma viagem lisérgica por uma montanha russa descontrolada em alta velocidade ligada em loop infinito. Só para os de coração forte.
Estou impressionado com a beleza do Maurício Destri e com o talento com que ele está conduzindo seu primeiro papel de destaque como protagonista de uma novela. Lembro-me dele fazendo o principezinho rebelde em Cordel Encantado e, de lá pra cá, ele simplesmente desabrochou.
Não estou acompanhando I Love Paraisópolis religiosamente mas o pouco que vi me surpreendeu positivamente. Se conseguirem baixar uns dois tons da Letícia Spiller a novela tem tudo para ser um grande sucesso.
Em tempos em que todo mundo resolveu meter a colher no beijo entre Fernanda Montenegro e Natália Thimberg, Glória Menezes, de 81 anos, afirma sem titubear: "se eu tivesse que beijar outra mulher em cena, eu beijaria". Que Ziraldo e Bibi Ferreira a escutem e morram de vergonha!
Glória está estreando nesta semana a nova montagem da peça Ensina-me a Viver, que ela já havia protagonizado há alguns anos. Se você ainda não conhece a história e não viu o filme de 1971 (com a incrível Ruth Gordon no papel que agora é reprisado por Glória), corre lá porque todo mundo tem que ver este filme pelo menos três vezes antes de morrer.
Eu tenho uma certa resistência a tudo relativo à religião, e consequentemente não nutro nenhum sentimento especial por padres, cardeais ou bispos - e sinto até mesmo uma certa aversão por padres metidos a pop. Mas não tem como não admirar o senso de humor aguçado e inspirado do padre Fábio de Melo destilado através das mensagens curtas do Twitter. Veja aqui e aqui. Já começo a achar que ele seria boa companhia em momentos de descontração.
Tem coisa mais chata do que estes artigos de ciência de araque que alguém publica em algum veículo obscuro e que fica todo mundo repostando à exaustão nas redes sociais? A última é espalhar que a barba de um homem pode ser mais suja do que uma privada. Balela! Tudo que não se limpa fica sujo, e até algumas bocas podem ser mais sujas que uma fossa. Mas os homens que eu vejo e que decidiram adotar o estilo lumbersexual têm barbas muito bem cuidadas e bocas muito beijáveis.
Já não posso dizer o mesmo da cabeleira de algumas mulheres que eu conheço. Vixe! Algumas parecem conter verdadeiros ecossistemas que dariam um extenso tratado de biologia.
O Ed Sheeran passou pelo Brasil na semana passada e arrancou suspiros de fãs de todas as idades. Mas foi ontem, ao vivo na TV americana, que ele causou a maior comoção ao tascar um beijão na boca do ator Brent Morin. E eu que já era fã de carteirinha dele antes disso...
Embora muita gente possa franzir a sobrancelha para esta afirmação, ter talento para o sexo deveria ser tão valorizado quanto ter talento para pintar, desenhar, cantar ou representar. Aliar técnica e aptidão a um talento natural é o segredo do sucesso em qualquer segmento.
Acho interessante conhecer um pouco mais sobre os meandros do mercado do sexo. Sempre que houver demanda haverá oferta, e o ser humano normal nunca deixará de demandar sexo - pago ou não.
Espero que breve possamos ler uma reportagem sobre o outro lado da moeda. Seria interessante conhecer um pouco mais sobre os clientes que costumam comprar sexo e descobrir que eles são gente tão comum quanto eu ou você.
Agora que o panelaço está definitivamente integrado à nossa cultura, é hora de conversarmos sobre o quê usar na ocasião. Comprovando o caráter democrático da manifestação, pode-se usar qualquer coisa, ou até nada, durante o ato. De preferência, o panelaço deve ser realizado em grupo - sendo uma ótima oportunidade para chamar aquele vizinho bonitão solitário que bate panelas sozinho no andar de cima. Depois da bateção de panelas todos se abraçam para trocar energias. Pode-se até roubar um beijo.
Para quem não está familiarizado com a expressão, "good cop, bad cop" é uma tática psicológica utilizada em interrogatórios pela polícia americana que todo mundo já deve ter visto em algum filme policial. Primeiro entra o policial durão que ameaça e toca o terror no suspeito, e quando o policial sai para atender um telefonema providencial entra o policial bonzinho que oferece um café e um cigarro e diz que está ali para ajudar e desarma o suspeito psicologicamente fazendo ele confessar até que roubava doce da vovó na infância.
Lula e Dilma resolveram brincar de "good cop, bad cop". Enquanto deputados se digladiavam ontem para votar as medidas impopulares que cortam benefícios dos trabalhadores enviadas para o Congresso pela "bad cop" Dilma, o "good cop" Lula aparecia em rede nacional de televisão em institucional do PT dizendo, entre outras balelas, que o PT sempre defendeu os trabalhadores.
Deu no que deu. A votação das medidas impopulares foi travada e a fala de Lula foi abafada pelo maior panelaço que o país já ouviu desde a invenção das panelas. O PMDB já percebeu que nesta história de "good cop, bad cop" quem sai com a fama de mau são eles, e o PT só fez aumentar a reputação de personalidade esquizofrênica nesta fase em que seus únicos dois destinos parecem ser a desimportância ou a clandestinidade, ou ambas. Já há um certo tempo que a presidente e o PT deixaram de comandar o roteiro dessa história.
Muito maior do que os comentários homofóbicos do Ziraldo são as palavras do Fabrício Carpinejar publicadas em carta aberta no Globo de hoje.
MEU QUERIDO ZIRALDO,
Você diz que Fernanda Montenegro não poderia interpretar uma mãe gay, a decisão afrontou suas fãs.
Não entendo onde deseja chegar. Não sei o que mais lhe incomoda na novela Babilônia: a homoafetividade em si ou a homoafetividade na velhice ou a homoafetividade entre duas mulheres que dedicaram a vida uma a outra? Acredita mesmo - diante da extrema violência que os homossexuais ainda sofrem hoje, apanhando a troco de nada, sendo espancados na madrugada - que a homossexualidade está hiperdimensionada na tevê?
O que é natural deve ser mostrado. Só deve ser escondido o que provoca vergonha.
Não me convence o falso argumento de que esconder é manter a privacidade, que exibir é apelar e chamar atenção à toa. O inferno está lotado de eufemismos.
Não entendo nem o começo de sua opinião. O preconceito não combina com o humor, o humor é para destruir preconceitos.
E se o Menino Maluquinho fosse gay, deixaria de ser seu personagem? E se Jeremias, o bom, fosse gay, apagaria sua figura generosa de seus cartuns? E se a The Super Mãe fosse gay, será que não seria parecida com o papel de Fernanda Montenegro?
Realmente, Fernanda Montenegro não tem direito de fazer apologia do afeto homossexual. Sendo quem ela é, uma atriz maiúscula, tem o dever.
Um beijo em sua boca no horário nobre. Em caso de nojo ou medo, pode limpar com a manga da camisa.
O meu guru Dan Savage conseguiu resumir de forma brilhante e em menos de três minutos uma verdade com a qual muitas vezes nos debatemos: a monogamia sexual não é natural. É possível, sim, assumir um compromisso com um único parceiro e viver feliz em um relacionamento de monogamia social, mas o desejo de fazer sexo com outras pessoas sempre existirá nas pessoas normais. A monogamia sexual envolve, portanto, uma certa dose de sacrifício. E a sociedade deveria encarar com mais naturalidade o fato de que qualquer casal estável pode cometer alguma "escapada" ao longo dos anos.
O distúrbio psicológico realmente existe e tem o nome científico de prosopagnosia, que significa em grego "incapacidade de reconhecer caras". A cegueira seletiva limitada a feições foi coberta em um dos intrigantes contos do livro "O Homem Que Confundiu Sua Mulher Com Um Chapeu" (The Man Who Mistook His Wife For A Hat), do célebre neurocientista inglês Oliver Sacks, cujos relatos baseados em casos clínicos raros já renderam outros filmes interessantíssimos como Tempo de Despertar e Rain Man.
Essas referências científicas nunca são mencionadas em Entre Abelhas, que aborda o problema de um ponto de vista mais pessoal e menos médico. No filme, o protagonista Bruno (Fábio Porchat), sob o estresse da separação recente de sua ex-esposa, de quem ainda gosta, começa gradativamente a deixar de enxergar as pessoas. O que a princípio é um pequeno incômodo começa a ficar cada vez mais sério conforme as pessoas vão desaparecendo da percepção de Bruno em ritmo cada vez mais rápido.
Com excelentes desempenhos e muito bom desenvolvimento, Entre Abelhas lembra muito os filmes do bom cinema argentino atual. Com a grande vantagem de ter, atrelado ao drama do protagonista, o humor tipicamente brasileiro. Entre Abelhas não é comédia, mas tem momentos de descontração inteligentes proporcionados pela própria graça dos personagens, pela ironia natural de alguns diálogos, e pelo absurdo da situação em si.
Entre Abelhas é cinema brasileiro em boa fase, com jeito de produto bem acabado, ótimo roteiro e boa diversão.
Se você está aí sem nada melhor para fazer neste domingo preguiçoso de outono, aproveita para assistir a este curta de pouco mais de quinze minutos. O Melhor Amigo, estrelando Jesuíta Barbosa. E regozije-se!
É uma sacanagem muito grande que duas categorias de servidores públicos que têm muito mais em comum do que podem imaginar estejam nesta situação de confronto tão cruel. Professores e policiais são classes de profissionais pouco valorizados, mal pagos, e que muitas vezes só conseguem enfrentar a batalha do dia a dia por muito amor ao avental ou à farda.
A função primordial da polícia é proteger a integridade dos cidadãos e do patrimônio público e privado. A repressão a uma multidão de manifestantes enfurecidos é uma operação esperadamente violenta, não importa quão nobre a causa e quão dignos e íntegros sejam os manifestantes. Somem-se a isso os fatos de que nossos policiais têm treinamento precário e que nossa polícia é cada vez mais violenta (pela simples razão de que nossa sociedade é cada vez mais violenta).
Nesta batalha campal em curso em Curitiba é muito fácil culpar a polícia como se ela estivesse do lado do governo. A polícia não está do lado do governo e nem está contra os professores, ela está do lado da ordem.
Eu me recuso a tomar lados. Apoio a causa dos professores e entendo o trabalho da polícia. E sofro de ver estas duas categorias de servidores públicos se confrontando em praça pública enquanto os verdadeiros inimigos erguem mais um brinde no conforto de seus gabinetes murados.
Marta Suplicy entregou hoje formalmente o seu pedido de desfiliação do Partido dos Trabalhadores, promovendo o final anunciado de uma novela que já vinha se arrastando há um certo tempo. De fundadora do partido a um de seus membros mais atuantes, senadora em exercício, de família rica e tradicional, famosa também por falar abertamente de sexo nas manhãs da TV brasileira, mãe de roqueiro, ex-esposa de senador, Marta sempre foi uma figura emblemática no partido. Boa de briga, boa de polêmicas (defendeu ferrenhamente a pauta GLBT mas escorregou no preconceito durante a campanha de oposição a Kassab com o "é casado? tem filhos?', e ficou eternamente colada ao "relaxa e goza" durante a crise dos aeroportos), Marta quer alçar novos voos e não vê mais espaço no PT, um partido que ela diz não reconhecer mais.
Marta Suplicy tem a cara de milionária da elite branca que dava diversidade ao PT. Ao se passar a régua, é o PT que sai perdendo mais uma vez, e que parece não conseguir estancar a hemorragia na moral e no moral do partido que sangra em praça pública. Chegamos a uma situação em que quase toda a intelectualidade de esquerda no Brasil tem o carimbo de "ex-PT" no currículo, a maioria deles tendo se desligado do partido com o pote até aqui de mágoa.
Só ontem eu finalmente consegui assistir ao argentino Relatos Selvagens e agora, quase vinte e quatro horas depois, ainda estou com o filme na cabeça. Visualmente bem feito, tem cenas que dariam um quadro para por na parede. Muito bem escrito, bem dirigido, bem interpretado, apresenta seis histórias independentes - cada uma melhor que a anterior - sempre sobre o tema da vingança levada às últimas consequências.
Para assistir e ficar com a alma lavada, mesmo que seja em sangue. Quem nunca matou um chato e escondeu o corpo, pelo menos em pensamento, que atire a primeira pedra.
É impossível olhar para as fotos das consequências do terrível terremoto no Nepal e não ver toda a pobreza e a falta de infraestrutura do país, que agravaram ainda mais a tragédia. Mas tudo parece tão distante e afastado que nem nos damos conta que um terremoto da mesma magnitude no Brasil produziria danos talvez piores.
Grande parte de nós vive em uma bolha de prosperidade como se estivéssemos em um país avançado da Europa. Ás vezes até nos esquecemos do "resto". Pois hoje o estado de São Paulo confirmou 222 mil casos de dengue. Isso mesmo, o estado mais rico do país tem 222.000 casos confirmados de dengue neste exato momento! Como ter esperanças quando não conseguimos acabar com uma epidemia que é causada por um simples mosquito?
O mundo corporativo ainda está se refazendo do choque da divulgação do balanço auditado da Petrobras há dois dias. Com cinco meses de atraso e correndo o risco de sofrer sanções sérias que penalizariam ainda mais a empresa, a Petrobras divulgou o balanço auditado pela Price Waterhouse que trouxe à tona algumas verdades incontestáveis.
Primeiro: a corrupção na empresa atingiu níveis absurdos e ceifou perto de 6 bilhões de reais.
Segundo: embora "corrupção" seja a palavra mais lembrada e o mal mais combatido, não é o problema mais grave da Petrobras. O que realmente a jogou no chão foi a incompetência administrativa. A má gestão levou a empresa a amargar prejuízos de cerca de 21 bilhões e meio (o que representa perdas de aproximadamente 50 bilhões de reais desde 2008) e a contrair endividamento da ordem de 300 bilhões de reais.
Entregar a Petrobras para ser administrada pelo PT foi mais ou menos como dar um carro de corrida para ser pilotado por uma criança de dois meses de idade - um desastre absoluto e de proporções quase bíblicas.
E se tudo isso parece muito longe da sua realidade, lembre-se que é exatamente por causa disso que falta asfalto nas estradas, vagas nas escolas, médicos nos postos de saúde, segurança nas ruas, salário para os professores. No mundo dos serviços públicos falta tudo porque quem deveria estar tomando conta está ou embolsando o dinheiro ou deixando o dinheiro fluir pelo ralo pela mais absoluta e crassa incompetência.
Às vezes eu sou levado a acreditar não apenas que Deus existe mas também que ele gosta de mim. Hoje, por exemplo, foi um desses dias. Cheguei em casa cansado no meio da tarde depois de ter enfrentado filas, chuva, trânsito, mais chuva, conversas complicadas por telefone (odeio falar ao telefone!), gente chata, mais chuva... enfim, aquelas coisas que roubam a energia da gente. Joguei-me na cama e fiquei imóvel e com os olhos fechados por cerca de meia hora esperando a mente chegar. Às vezes tenho a impressão que o corpo chegou em casa primeiro e a mente ainda está a caminho.
Ainda em estado semi-catatônico eu me sentei para continuar os trabalhos e o dia. E foi então que eu vi que o disco novo do John Moreland tinha saído, e fui ouvindo, e fui ouvindo, e aquela era exatamente a música que eu precisava para me recompor. Alguém lá em cima gosta de mim, e muito!
Em High on Tulsa Heat (que significa algo mais ou menos como 'sentir barato com o calor de Tulsa') John Moreland canta a tristeza e o baixo-astral com a característica voz grave e ácida que eu adoro. Era exatamente desse tipo de melodia elegante que eu estava precisando.
O ignóbil deputado Jair Bolsonaro anunciou na semana passada que estava deixando seu partido porque planeja alçar vôos mais altos, ou seja, precisa de uma legenda que possa lançá-lo como candidato à presidência do Brasil em 2018.
Bolsonaro poderia ser apenas mais um candidato folclórico. Mas - segurem-se! - ele tem condições reais de ser eleito e a culpa é do PT!
A mal planejada e mal executada guinada para a esquerda que o PT tenta dar ao país está saindo muito pior do que a encomenda. Especialmente devido aos resultados catastróficos do governo Dilma 2, é apenas natural que surja uma reação igual e contrária e que a direita mão-de-ferro se fortaleça bastante. O Brasil é tradicionalmente um país conservador e resistente a mudanças drásticas. Os primeiros resultados já podem ser sentidos: nas últimas eleições diplomamos talvez um dos congressos mais conservadores de todos os tempos.
Neste feriado de hoje, por exemplo, o governo mineiro do PT ofereceu a comenda da Inconfidência a João Pedro Stédile, líder do MST, entre outros agraciados. Forçações de barra como essa, completamente dispensáveis e que mais parecem deboche, garantem uma enormidade de votos para a extrema direita radical. É bom apertar os cintos porque a jornada vai ser turbulenta!
O Tony Goes descreveu um diagnóstico certeiro para os problemas que acometem Babilônia. Concordo com tudo e acrescento algo mais: Babilônia está sofrendo do efeito Praia do Futuro, aquele filme que muita gente reclamou que estava sendo vítima do preconceito mas que na verdade só era muito chato mesmo.
Tanto em um quanto em outro, as partes são maiores do que o todo: elenco bom, diretor bom, ideia boa - mas quando se coloca tudo junto o caldo não dá liga. Babilônia está ficando chata. Os maus só faltam começar a roubar doce de criancinha na rua e os bons são um porre de chatos. E o casal de lésbicas só falta aparecer em cena com um cartaz "olha só como nós somos bacanas". Desse jeito a gente fica até desejando que elas morram na explosão de algum shopping.
Esta foto feita na extinta TV Excelsior no final dos anos 1960 reúne as grandes damas da teledramaturgia na época: Rosamaria Murtinho, Regina Duarte, Leila Diniz, Fernanda Montenegro e Natália Thimberg. Quem poderia imaginar que quase cinquenta anos depois três destes monstros sagrados estariam interpretando papeis de lésbicas na TV ao mesmo tempo?
A primeira coisa que fiz pela manhã, antes mesmo de lavar o rosto ou tomar café, foi ligar o computador e baixar o novo álbum do Passenger, Whispers II, lançado mundialmente à zero hora de hoje. Alguns segundos depois, ainda bocejando e com os olhos cheios de ramela, já estava ouvindo o disco novo e me enchendo de energia boa com as músicas novas do meu cantor favorito, contente também por ter podido contribuir com uma boa causa. Mike Rosenberg (o cantor por trás do nome artístico Passenger) decidiu reverter toda a renda das vendas do álbum para o UNICEF. O álbum está disponível em formato digital nas lojas iTunes e Google Play.
Eu uso livros digitais já há algum tempo, mas ainda não posso dizer que "fiz a passagem". Ainda gosto de segurar um livro de papel e não tenho nenhum problema em manipular e utilizar obras literárias nesse formato que era muito utilizado até o último século. Mas, em relação à música digital, encontro-me completa e irremediavelmente convertido.
Ainda tenho uma enorme coleção de CD's enfeitando a minha sala, mas hoje cumprem mais a função de acumular pó. Estão quase todos digitalizados e perfeitamente acondicionados dentro do disco rígido do meu computador, no meu iPod, no meu celular, e em duas plataformas diferentes de nuvens. Eu consigo acessar qualquer música em questão de segundos - diferentemente de quando decido ouvir um CD físico para 'matar as saudades' e quase já não me lembro mais de como programar o tocador de CD's ou, pior ainda, muitas vezes não consigo localizar aquele disco na coleção de quase dois mil títulos.
Mas, voltando ao Whispers II, do Passenger. Eu sou suspeito para falar, porque gosto tanto da voz dele que compraria até um disco em que ele recitasse a lista telefônica. Então vou poupar meu tempo em tentar convencê-lo. Com a tecnologia de hoje, você mesmo pode ouvir as faixas do disco e assistir aos vídeos no YouTube e decidir se essa é a sua praia. E ainda vai poder ajudar a uma grande causa mundial sem sair de casa.
Eles entoam cânticos enquanto esperam a porta abrir, alguns ali desde a noite anterior esperando ansiosamente na fila. Chegam a usar de violência para defender sua crença. E como em qualquer outra seita, ninguém conseguiria demovê-los da ideia de que são seres privilegiados que fazem parte de um grupo pequeno e seleto dos que descobriram o nirvana. Mas esta não é apenas mais uma seita religiosa de fanáticos como dezenas de outras que aparecem todos os dias - estes são os applemaníacos como os que compareceram à inauguração da Loja Apple no Shopping Morumbi em São Paulo hoje, a segunda loja inaugurada no Brasil.
A Apple decididamente merece o troféu de melhor marketing da História e conseguiu - como nenhuma outra empresa em toda a história do Marketing - atrelar a seus usuários a característica de "descolados" e vanguardistas e a seus produtos o mais alto grau de "cool factor". Desfilar com um dos caríssimos produtos da Apple é indiscutível sinal de status.
Eu também gosto muito dos produtos da Apple. Tenho um iPhone modelo antigo que uso para finalidades alternativas, um iPad que eu adoro para leitura na cama, três iPods (ainda o melhor armazenador e tocador de mp3 do mercado) e uma AppleTV para espelhar tudo isso na tela da TV. Mas fiquei com uma certa raivinha da Apple ao comprar um smartphoneNote 4 da Samsung no ano passado e descobrir que a tela é melhor que a tela da Apple, o sistema é melhor que o da Apple, a câmera é melhor que a da Apple, tem mais recursos que o iPhone, permite mais personalização, enfim, está alguns graus acima, embora custe muitos dinheiros abaixo. Foi só aí que percebi o quanto eu também estava afetado pelo efeito seita da Apple e quando finalmente consegui entender o quê Steve Jobs queria dizer com "pense diferente".
Para quem não está assistindo Sete Vidas, a novela das 6 da tarde na Globo, um resuminho rápido de uma historinha interessante. Tem uma família (papai, mamãe e um casal de filhos) muito bacana que acaba de receber a visita da avó (interpretada por Regina Duarte) que veio do exterior para ficar com eles. As duas crianças nunca souberam que a avó era casada com outra mulher e que o pai deles foi criado por duas mães. O pai (Thiago Rodrigues) é super legal, mas a mãe é afetada e preconceituosa e sempre escondeu das crianças a verdade sobre as duas avós. No capítulo de ontem o pai resolveu contar a verdadeira história para os filhos mesmo tendo sido proibido pela esposa de fazê-lo. A cena foi bonita, delicada e natural. Veja aqui.
Gostei do vídeo que a Hillary Clinton divulgou ontem para anunciar oficialmente a candidatura a presidente dos Estados Unidos em 2016. Parece milimetricamente planejado para incluir toda a imensa diversidade que compõe a população dos Estados Unidos hoje, passando por brancos, hispânicos, negros, asiáticos, idosos, mulheres, e obviamente... gays e lésbicas! Por conta do casal gay e do casal de lésbicas o vídeo foi exibido na Rússia com advertência de "impróprio para menores de dezoito anos".
Hoje fomos novamente para a rua, quase um mês depois da primeira grande manifestação contra o governo Dilma. A força da indignação popular, agora dividida por mais de 400 cidades que tiveram movimentos organizados no dia de hoje, é grande, é forte, e não deve arrefecer - principalmente considerando que nos próximos meses os indicadores ruins da economia só podem piorar.
Décadas no futuro estaremos estudando nos livros de História como a incompetência de um governante aliada à falta de escrúpulos dos partidos de sua base aliada podem levar um país à beira da ruína. No momento só nos resta lutar para tentar conter os danos, que já são grandes demais para uma nação do tamanho do Brasil.
Senta que o assunto é sério: andropausa. Sim, para todo homem normal chega uma hora na vida em que ele não sente mais vontade de fazer sexo cinco vezes por dia.
Eu estou passando para a segunda metade da década dos cinquenta anos e sinto os efeitos da andropausa em praticamente tudo que faço. Dificuldade para criar músculos, facilidade para engordar, diminuição da libido, fadiga, dificuldade para concentrar, ereções menos firmes, calores, diminuição de desejo sexual. Eu mencionei diminuição do interesse por sexo?
Neste mundo de cobranças de juventude eterna, e principalmente no ambiente gay de valorização exacerbada do vigor físico jovem, envelhecer pode se tornar um pesadelo pirante. Eu, felizmente, consigo me apoiar na premissa que envelhecer é um privilégio, e toda vez que sinto algum sintoma da idade me lembro dos amigos que morreram jovens e não puderam chegar até aqui.
Aliás, gostei muito daquela entrevista da Elke Maravilha à revista Sexyno ano passado. Tem mais ensinamento prático ali do que em muitos compêndios de psicologia. Tudo tem seu tempo e o certo é aproveitar as coisas ao máximo na sua hora certa. Gostaria de poder chegar com boa saúde aos noventa anos, mas nunca tive mesmo a intenção de ser um velho de noventa anos tarado.
As letras do alfabeto já não são mais suficientes para expressar toda a gama de sentimentos e emoções demandados pela nova era da comunicação escrita e das mensagens curtas trocadas pelas redes sociais. Emoticons, emojis, e smileys já fazem parte das textos de grande parte das mensagens trocadas pela Internet.
A atualização 8.3 do sistema operacional da Apple liberada ontem já introduz no teclado de emojis alguns símbolos para representar famílias de pais gays e namorados gays em status de relacionamento. Bora usar com os amigos!
Às vezes eu até esqueço que já fui fã da Madonna - não gosto muito do que ela produziu nos últimos anos. Mas Ghosttown me fez lembrar da Madonna que gostei um dia.
São acontecimentos como este que mudam o mundo e dão forma ao novo futuro, e têm mais alcance e resultado prático do que quaisquer políticas inclusivas impostas pelo governo. Porque o combate à homofobia é mais eficaz quando feito de dentro para fora, movido por convicções pessoais e amparado no anseio de um futuro melhor para todos.
O sonho de qualquer fotógrafo é ter uma câmera suficientemente boa, leve e pequena que ele possa carregar junto de si o tempo todo. São especificações quase incompatíveis entre si uma vez que uma boa câmera tende a ser grande e pesada e necessitar de lentes que ocupam espaço. No entanto, este sonho está cada vez mais perto se considerarmos as câmeras de um bom smartphone de hoje, cada vez melhores e com mais recursos. Eu, que embora não seja fotógrafo adoro fotografar, costumo dar muita importância às especificações da câmera quando analiso um smartphone.
Atualmente tenho um Samsung Galaxy Note 4 com câmera de 16 Mpixels com a qual tenho feito fotos bastante satisfatórias. Há quatro ou cinco anos atrás não era possível obter este tipo de resultado com a câmera de um smartphone.
Eu queria muito amar e idolatrar o Jean Wyllys como já o admirei um dia. Mas não consigo mais entender o que aconteceu com ele. Deixei de segui-lo no facebook depois de ser maltratado em uma discussão em que eu o havia cumprimentado por algo que já nem me lembro mais. A equipe de assessores dele parece sentir prazer em disparar impropérios contra qualquer pessoa que tente participar de qualquer discussão civilizada na página do deputado. E eu estava tentando cumprimentá-lo, imagine então se eu tivesse entrado para criticar!
No início da carreira política o deputado abraçou a luta pela igualdade e conseguiu dar visibilidade a muitas causas nobres. Enfrentou preconceitos e oposições com tenacidade. Mas ultimamente se transformou em um radical chato, um político quase folclórico.
Foi com uma certa decepção que constatei hoje que, nesta resposta que o Kim Kataguiri (do Movimento Brasil Livre) divulgou para o Jean Wyllys ontem, eu me identifico muito mais com o Kim do que com o Jean.
Não há nada mais vergonhoso para a sociedade americana do que lembrar do apartheid racial que vigorava em muitos estados até pouco mais de cinquenta anos atrás. Havia bebedouros separados para brancos e para negros, cinema só para brancos ou só para negros, assentos reservados para negros no fundo dos ônibus. A cara da segregação é muito feia, por isso o preconceito só prospera nos dias de hoje quando é dissimulado.
Foi baseando-se nesta premissa que a deputada americana Emily Virgin teve uma ideia brilhante. O estado de Oklahoma está prestes a aprovar uma lei odiosa que permitiria que estabelecimentos comerciais recusem serviço aos gays com base em convicções religiosas. A deputada Emily Virgin propôs então uma emenda: caso a lei seja aprovada, os estabelecimentos que não concordam em atender aos gays deverão fixar uma placa na entrada e mencionar em todas as suas propagandas "não atendemos gays" para evitar o constrangimento de um homossexual entrar no estabelecimento e ser desprezado. Foi o que bastou para os legisladores do estado entrarem em polvorosa.
A identificação clara dos estabelecimentos homofóbicos permitiria que os simpatizantes e amigos dos homossexuais também identificassem e boicotassem estes lugares, e numa sociedade cada vez mais liberal e permissiva isso seria o mesmo que decretar a própria ruína.
Uma loja elegante dos Jardins em São Paulo cometer um ato de racismo contra uma criança negra, como aconteceu esta semana, é uma coisa. Ostentar na porta um cartaz dizendo "não atendemos negros" é outra coisa bem diferente.