quinta-feira, 22 de julho de 2010

E se os gays fossem verdes?

A luta contra o preconceito e pelos direitos civis dos gays é muitas vezes comparada à batalha travada pelos negros ao longo da história. Mas há que se lembrar uma diferença fundamental: os negros trazem sua condição escrita na própria pele e não podem disfarçá-la quando estão em um ambiente hostil. O que seria, então, diferente, se os gays nascessem verdes?

Será que uma mãe ao ter um filho verde depois de tê-lo carregado no ventre por nove meses o rejeitaria? Será que haveria altas taxas de infanticídio de bebês verdes, como há na China altas taxas de infanticídio de bebês do sexo feminino?

Como seria o mundo se o homossexual não pudesse esconder sua condição? Haveria segregação e guetos, colônias e cidades apenas de homens e mulheres verdes?

Ou estariam os gays adultos melhor preparados por terem crescido aprendendo a aceitar o inevitável? Seriam melhor compreendidos e aceitos pelas próprias famílias, cientes de sua condição desde o nascimento? Haveria mais aceitação de uma condição que não pudesse ser escondida, camuflada ou dissimulada?

Para pensar...

4 comentários:

Daniel Cassus disse...

Acho que boa parte do atraso na conquista dos direitos vem justamente da ocultação, do armário. Se fôssemos verdes, talvez já estaríamos no mesmo patamar de direitos dos negros.

Agora, já imaginou uma bicha Hulk fluorescente no dark room?

kleberlourenco disse...

Pior seria se brilhasse no escuro!!!!
Fluorescente. Poderia ser abatido a bala de noite!
Cuidado... eles estão criando coelhos com genes fluo de águas marinhas para marca-los geneticamente.
Se a coisa pega....

abraço do amigo geneticista de plantão

kleber

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

perfeita reflexão ... concordo com o Daniel ... a culpa é do eterno armário ... ou seja ... nossa mesmo ...

bjux

;-)

[ joe ] disse...

Que ótimo tópico!
Minha opinião: mais provável a primeira alternativa, muito embora a segunda fosse mais razoável. Não sei, mas a humanidade cresce sendo treinada a segregar, a apontar as dessemelhanças. Talvez o comportamento mudasse conforme traçam-se as fronteiras, mas no geral, acho que seria mais ou menos assim. De todo modo, são palpites; que valem o questionamento.

[j]