Fiquei particularmente tocado com o artigo publicado no New York Times ontem (original aqui) pelo Dr. Manuel A. Eskildsen, médico geriatra. O Dr. Manuel descreve a tristeza e frustração ao perder um paciente de quase cem anos de idade por quem ele havia desenvolvido um carinho muito especial.
O paciente em questão era professor de história aposentado e havia lutado na Segunda Guerra. Era um homem muito culto, refinado, e extremamente gentil. E o que mais doeu no Dr. Manuel foi vê-lo morrer só, sem sequer um familiar por perto para lhe fazer companhia.
Mas a relação especial entre médico e paciente foi despertada quando o Dr. Manuel percebeu que seu paciente era gay, embora nunca tivessem discutido este fato abertamente.
O Dr. Manuel A. Eskildsen também é gay e vive uma vida tranquila com seu marido e dois filhos. É médico geriatra respeitado e professor assistente no curso de medicina da Universidade Emory de Atlanta. No artigo ele descreve de forma emocionada a dor de perceber que uma pessoa tão digna e nobre como seu paciente não tenha tido a oportunidade de viver sua sexualidade com a mesma abertura a que muitos, como ele, o médico, já têm acesso nos dias de hoje.
6 comentários:
Tocante.
E com tanta liberdade hj em dia ainda assim muitos gays sentem-se perdidos e desnorteados... uma lição de vida.
Pois é, realmente é foda! Mas o mais legal de tudo é que acredito que, quem sabe um dia, também seremos pessoas que serão consideradas como podadas de viver uma vida mais plena... Bora melhorar essa bagaça de mundo!!!
Abraços!!
Meu maior temor é envelhecer. Pela aparência tbm, confesso, mas principalmente pela perda de autonomia e liberdade decorrentes das limitações físicas e muitas vezes mentais e pela possibilidade (probabilidade???) de ter que lidar com a solidão a qual a maioria dos gays são condenados na velhice.
Comovente, lindo, triste.
Tks por compartilhar. Abraços
Cheers to those who paved the way!
RIP.
[j]
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