Ontem foi o Dia Internacional do Mal de Alzheimer, e eu tenho que confessar que perder o meu arquivo mental é uma das coisas que mais me apavoram. Eu tive uma memória fantástica quando era adolescente, e agora os lapsos mentais corriqueiros que são parte do processo normal de envelhecimento de qualquer pessoa já me deixam bastante preocupado. Felizmente meus pais, ambos com 83 anos de idade, têm excelente memória para a idade, então acho que posso dizer que tenho a genética a meu favor.
Histórias de perda de memória são sempre muito tristes. O corpo ali, a mente não. O filme Longe Dela (Away From Her, 1996), por exemplo, é uma fisgada no coração. A Julie Christie, lindíssima aos quase 60 anos de idade, perdendo toda a memória de uma vida enquanto seu marido a vê desaparecer embora ela continue lá.
Outra história comovente, esta real e recente, é do cantor Glen Campbell. Famoso nos anos 60 e 70, agora com 75 anos de idade, ele estava começando a preparar o novo disco no ano passado quando recebeu o diagnóstico de Alzheimer. Então ele fez de Ghost on the Canvas, lançado há 3 semanas, um disco de despedida. Ele sabe que será o último, e que daqui pra frente a vida começa a se apagar.
7 comentários:
vi uma entrevista de um especialista no assunto no De Frente Com Gabi e ele falou que o problema é maior para os familiares do que para o doente em si, pois ele nem sabe o que está se passando e não tem esse sofrimento. Antes de morrer, meu pai ficou meio "surtado", no meu caso, o histórico familiar não ajuda muito...
Alzheimer é meio rotina no meu trabalho (promotoria do idoso) e como eu já sou uma pessoa ansiosa por natureza, já começo a imaginar como seria a minha vida com isso.
Meu trabalho é 50% direito, 50% psiquiatria e 50% assistência social (e 0% matemática, nota-se).
Pior é que as degenerativas podem acontecer de uma hora p/ outra, um primo da minha mãe tá com Parkinson, é tão triste vê-lo debilitado pelos tiques faciais e tremores nas mãos, p/ os familiares é mesmo difícil acostumar c/ ideia que dali p/ frente nada mais será o mesmo.
na minha família o problema são as tromboses... por isso, vamos correr pra ter um ótimo sistema circulatório né?
Eu lembro-me de muita coisa do passado, mas para memorizar coisas atuais como exemplo estudo,para teste ou concurso, nossa sou uma porcaria, e tenho 40 anos!!!!
Ai como tenho inveja desse povo que tem uma memória espetacular para concurso!
Lu,ntambem tenho um medo danado de perder a memória. Já não a tenho muito desperta (infância é um queijo suíço, cheia de furo imensos), mas a idéia me apavora, confesso.
Minha família tem casos te tal doença do lado materno e do paterno... vou aproveitar enquanto ela ainda funciona mais ou menos... hehehe
Abraços!!
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